29 de setembro de 2009

Etapas da vida

A nossa vida é feita de etapas. Pelo menos é o que eu acho. Ela é feita de etapas que se interligam, que vão e quem, ou então que só vão ou só vêm.

Isso é muito confuso. Os deja vus (não sei se é assim que se escreve), acontecem o tempo todo. Ás vezes, a gente quer voltar no tempo, pra fazer as coisas diferentes, para mudar o modo como passamos por cada uma dessa etapas.

Mas será que valeria a pena voltar no tempo? Não tenho religião, mas acredito em Deus, e que ele está olhando pra gente. Não só sinto ou acho que, mas após um tempo posso dizer que SEI, simplesmente sei que assim é melhor.

Pode parecer que a gente poderia ter se dado melhor se tivesse feito outra coisa no passado, mas não trocaria a minha segurança de hoje pela incerteza da reconstrução do tempo. Gosto de me sentir segura, de ter o prazer de lutar de forma um "tanto" justa com o tempo, com o espaço com as coisas que se apresentam na vida.

Estive pensando numa boa metáfora para essa coisa louca que chamamos simplesmente de vida. Porque se a gente for pensar é uma coisa bem louca mesmo. A gente só pensa, busca experiências, sabedoria, pra no fim das contas morrer mesmo. Talvez nossa vida seja um jogo de tabuleiro. Mas é um jogo complexo. tudo dependo da sorte, dos atos, dos objetivos, da inteligência. A gente não volta todas as casas. Podemos ter uma chance de voltar umas duas ou três casas, mas não mai. O que importa, é que a gente termina na linha de chegada. E depois da morte, vai valer a pena ter sido feliz, triste, pobre, rico, velho ou jovem? Nem adianta ficar refletindo, eu não sei mesmo, já que ainda não morri. Após morrer, eu faço um balanço.

Mas ainda estou viva e pretendo continuar assim por um bom tempo. Como disse no começo, essa segurança de que estou aqui, agora, escrevendo, colocando minhas idéias no computador e tal, vale ouro.

20 de setembro de 2009

conto de uma noite de verão

Às vezes eu acordo à noite, e até o sono voltar, eu fico obervando o céu da janela do meu quarto. Eu não entendo como isso me dá sono, mas é o que acontece. O que não faz o menor sentido, porque nada de empolgante acontece. Ou até faça, porque se nada de empolgante acontece, isso é bem chato, o que dá sono.
O que importa é que, em uma dessas noites, fiquei bolando histórias a partir das estrelas. Não sei qual a graça das estrelas, mas sou fascinada por elas.
Uma dessas histórias é essa aqui:

Conto de uma noite de verão

Estávamos os dois observando o céu. Era o céu à noite, é claro, senão o sol já teria queimado nossos olhos. Eu não estou brincando: o sol em um país tropical em plenos verão não é nada legal. Quente e forte demais, sabe?

Na verdade eu não gosto muito de observar o céu, nem mesmo à noite. É que ele nunca muda. Para mim, está sempre igual. Pensando bem, acho uma coisa bem idiota ficar observando um grande manto negro cheio de pontinhos brilhantes. Às vezes a Lua está lá, outras vezes não.

Eu poderia ver o céu pela TV ou por fotografia, dentro do meu quarto com o ar-condicionado ligado ao máximo para fugir desse calor. Nem durante a noite refrescava um pouco, fala sério.

Ele virou pra mim e falou: “Olha quantas estrelas!”. Caramba, às vezes eu acho que deveria dar um toque nele. Tipo, tudo bem que a gente já namora há alguns meses, mas ficar admirando estrelas? Na boa, isso é meio gay. Tipo, nada contra os gays. Mas eu não preciso que o cara que está comigo tenha esse comportamento com estrelas, sinceramente.

“É, muito legal.” Eu menti, pode querer me condenar. Mas se você quiser seguir em frente me julgando vai quebrar a cara no final. É que eu preferiria não ver tantas estrelas. Quanto menos estrelas, maior a chance de chover no dia seguinte. E talvez a chuva diminua o calor, entende?

“Você sabia que muitas dessas estrelas nem existem mais? É que estão tão longe, que a luz demora a chegar.” Ah, ta, to muito interessada nisso.

“Sério? Que máximo! Então a gente ta aqui vendo estrela morta?”

“Uhum” ele sorriu. Desisto, ele é muito idiota. Como que não percebeu a ironia no que eu disse?

Olhei meu relógio. “Caramba, tenho que ir, senão minha mãe me mata!”.

“Mas ainda é cedo”, ele disse. Que era cedo eu sabia. Não eram nem dez horas. E minha mãe não iria me matar. Infelizmente, a minha mãe é boazinha demais. Deixa eu ficar fora de casa até a meia-noite. O que seria muito legal, se meu namorado não estivesse se revelando um chato. Além disso, eu só tenho 14 anos e ele 18. Onde minha mãe está com a cabeça?

Eu vi que ele iria falar alguma coisa, mas interrompi. “Eu sei que é cedo, mas minha cabeça ta doendo muito. Acho que é o calor.”

“Ah, tudo bem.” Ele ia me beijar, mas eu virei o rosto e fingi tossir. “Quero ir logo. Eu posso estar com uma doença mortal e não quero passar pra você.”

É óbvio que eu não estava com nenhuma doença mortal. Eu só estava, como posso dizer, estressada. Não, revoltada. Assim, de saco cheio, querendo gritar até todos os vidros de todas as janelas de todas as casas quebrarem. Depois dar uns bons socos num saco de pancadas. Mas se ele soubesse, não iria entender. Homens, nunca entendem o que é a raiva feminina.

Voltei pra casa e o pior é que a minha cabeça começou a doer. Doer muito. E comecei a tossir. No dia seguinte, fui para no hospital. Agora estou internada, porque tive a grande sorte de pegar pneumonia em pleno verão. Pelo menos é uma doença. Não realmente mortal, mas eu posso ter salvado a vida dele, certo? Graças às estrelas. Estrelas estúpidas.

14 de setembro de 2009

Escrito nas estrelas

Ontem eu estava assistindo ao Quem Quer Ser Um Milionário, já que todo mundo sempre disse que é bom demais e tal, e bem, fiquei pensando muito sobre o destino.
Será que realmente a gente é enviado pra cá com um objetivo ou a gente que faz a nossa história? Ou os dois? Droga, isso me deixa confusa. Mas depois de queimar alguns neurônios, cheguei a uma conclusão.

A verdade é que não há conclusão. Não dá pra saber se Deus virou pra gente e falou você nascerá tal dia, vai estudar em tal escola, ter tal emprego, casar com certa pessoa e morrer com tal idade. Ninguém nunca soube. Acho que pelo menos ninguém nunca vai saber. Ninguém vivo, claro. O pós morte é outra história.

Acho que todo nós passamos por situações que não entendemos direito. Por exemplo, hoje eu tive um caso muito sério e sobrenatural que me obrigou a fazer o dever de casa. O meu computador ficou dando pane e só depois que eu terminei meu exercício de biologia, ele ficou perfeitamente normal. Tipo, devem haver forças por aí que querem que eu estude biologia, só pode.

Olha como um fato simples afeta a humanidade. Pode ser que meu destino seja gravar esse exercício sobre enzimas do estômago porque eu vou casar com um cara que tem gastrite e estou me preparando desde já. Ou quando eu tiver 40 anos eu vou ser uma médica muito famosa especializada em estômagos. Apesar de que eu não gostaria nada de nenhum desses destinos. Não é trágico, só não parece interessante.

Ou então meu computador e meu dever de casa, por pura coincidência, trabalharam em plena harmonia. Eu poderia ter me aborrecido com o computador e a biologia e ido assistir televisão ou ler um livro. Nesse caso, não haveria nenhuma palhaçada de destino e eu teria meu livre-arbítrio na santa paz.

Assim, cada um pensa uma coisa. Eu sei que é chato pra caramba eu ficar ilustrando conflitos existenciais da humanidade com meus problemas, mas na maioria das vezes é a maneira mais fácil de passar a idéia. Eu não sou filósofa pra ficar supondo, pensando, pensando e pensando sem chegar a um objetivo. Ou talvez seja pelo simples fato de ser humana.

Como aqueles caras que ficavam se perguntando daonde a vida surgiu. Eles gastaram a vida pensando tanto, que acabaram doidos. O coitado do Platão chegou a dizer que os sapos surgiam por geração espontânea da lama dos pântanos. Esse é um sinal claro de loucura, só pode.

Então acho que não vou mais ficar pensando em destino ou livre-arbítrio. Nada disso vai resolver os meus problemas nem o dos outros. Acho melhor pensar em coisas práticas. Como decidir logo se eu vou comer bolo de chocolate ou torta de limão. Tá, foi um exemplo bem estúpido. Mas eu acho que deu pra entender. Se não deu, paciência.

É nisso que dá pensar demais. A gente se perde. Eu não sei nem quero saber se existe livre arbítrio ou destino. Mas não tenho nem um pouco de raiva de quem sabe. Pensando bem, quero saber sim. Se você sabe - eu disse SABE, não "acha" - e quiser me contar, vai ser muito bom.

Ótimo, vou parando por aqui, pois já pensei demais. Isso é algo que me irrita no ser humano. A gente pensa tenta e não chega a conclusão alguma. Se chega, é porque paramos no meio do caminho.

Definitivamente, não somos um ser qualquer. Somos o tipo de criatura que tem a incrível capacidade de arrumar mais problemas para si mesmo. Algo que certamente não precisaríamos - principalmente eu - mas que insistimos em fazer.

Deixa pra lá, isso é muito complicado para mim.

13 de setembro de 2009

Tá, só para ter um post logo, vou colocar uma poesia que eu fiz. Na verdade iria ser um texto que virou poesia, então acho que é um texto-poesia. Ah, sei lá o que isso quer dizer afinal. Mas como eu quero inaugurar isso decentemente - qual é, pelo menos tô tentando - vou colocar aqui, ok?

Ah, e se achar legal, chato, repulsivo, fofo ou sei lá mais o quê, comentar ajuda muito. Muito mesmo!!

Vício

Todo o romantismo acaba, uma hora cansa
Jantares românticos à luz de vela enjoam
Flores murcham
Decidimos então mudar o estilo de amar
O melhor dos encontros consistia em tomar sorvete de chocolate na praça, no pôr-do-sol, com céu rosado,
Os filmes do cinema eram os mais engraçados
E trocávamos o cinema pelos parques de diversão aos domingos
Trocamos os shows de MPB pelos de rock’n roll
E as flores?
Foram substituídas por músicas, por fotografias,
E por receitas culinárias que nós mesmos inventávamos
Assim nada enjoou.
Porque ser feliz não enjoa.
Sorrir acompanhado vicia
Víamos as borboletas entrarem pela janela e brincávamos com elas
Acompanhar o crescimento das plantas de nosso jardim com certeza foi mais interessante que admirar a Lua
Assim nada enjoou.
Porque ser feliz não enjoa.
Sorrir acompanhado vicia
Bem, finalmente criei meu blog. Ufa!!

Já estava há um tempão pensando em criar isso logo, pra postar quando eu quisesse, mas vivia adiando...

Mas eu consegui, não é mesmo?

e é isso o que importa!!!

= D

p.s.: agora tenho que pensar no que postar...

29 de setembro de 2009

Etapas da vida

A nossa vida é feita de etapas. Pelo menos é o que eu acho. Ela é feita de etapas que se interligam, que vão e quem, ou então que só vão ou só vêm.

Isso é muito confuso. Os deja vus (não sei se é assim que se escreve), acontecem o tempo todo. Ás vezes, a gente quer voltar no tempo, pra fazer as coisas diferentes, para mudar o modo como passamos por cada uma dessa etapas.

Mas será que valeria a pena voltar no tempo? Não tenho religião, mas acredito em Deus, e que ele está olhando pra gente. Não só sinto ou acho que, mas após um tempo posso dizer que SEI, simplesmente sei que assim é melhor.

Pode parecer que a gente poderia ter se dado melhor se tivesse feito outra coisa no passado, mas não trocaria a minha segurança de hoje pela incerteza da reconstrução do tempo. Gosto de me sentir segura, de ter o prazer de lutar de forma um "tanto" justa com o tempo, com o espaço com as coisas que se apresentam na vida.

Estive pensando numa boa metáfora para essa coisa louca que chamamos simplesmente de vida. Porque se a gente for pensar é uma coisa bem louca mesmo. A gente só pensa, busca experiências, sabedoria, pra no fim das contas morrer mesmo. Talvez nossa vida seja um jogo de tabuleiro. Mas é um jogo complexo. tudo dependo da sorte, dos atos, dos objetivos, da inteligência. A gente não volta todas as casas. Podemos ter uma chance de voltar umas duas ou três casas, mas não mai. O que importa, é que a gente termina na linha de chegada. E depois da morte, vai valer a pena ter sido feliz, triste, pobre, rico, velho ou jovem? Nem adianta ficar refletindo, eu não sei mesmo, já que ainda não morri. Após morrer, eu faço um balanço.

Mas ainda estou viva e pretendo continuar assim por um bom tempo. Como disse no começo, essa segurança de que estou aqui, agora, escrevendo, colocando minhas idéias no computador e tal, vale ouro.

20 de setembro de 2009

conto de uma noite de verão

Às vezes eu acordo à noite, e até o sono voltar, eu fico obervando o céu da janela do meu quarto. Eu não entendo como isso me dá sono, mas é o que acontece. O que não faz o menor sentido, porque nada de empolgante acontece. Ou até faça, porque se nada de empolgante acontece, isso é bem chato, o que dá sono.
O que importa é que, em uma dessas noites, fiquei bolando histórias a partir das estrelas. Não sei qual a graça das estrelas, mas sou fascinada por elas.
Uma dessas histórias é essa aqui:

Conto de uma noite de verão

Estávamos os dois observando o céu. Era o céu à noite, é claro, senão o sol já teria queimado nossos olhos. Eu não estou brincando: o sol em um país tropical em plenos verão não é nada legal. Quente e forte demais, sabe?

Na verdade eu não gosto muito de observar o céu, nem mesmo à noite. É que ele nunca muda. Para mim, está sempre igual. Pensando bem, acho uma coisa bem idiota ficar observando um grande manto negro cheio de pontinhos brilhantes. Às vezes a Lua está lá, outras vezes não.

Eu poderia ver o céu pela TV ou por fotografia, dentro do meu quarto com o ar-condicionado ligado ao máximo para fugir desse calor. Nem durante a noite refrescava um pouco, fala sério.

Ele virou pra mim e falou: “Olha quantas estrelas!”. Caramba, às vezes eu acho que deveria dar um toque nele. Tipo, tudo bem que a gente já namora há alguns meses, mas ficar admirando estrelas? Na boa, isso é meio gay. Tipo, nada contra os gays. Mas eu não preciso que o cara que está comigo tenha esse comportamento com estrelas, sinceramente.

“É, muito legal.” Eu menti, pode querer me condenar. Mas se você quiser seguir em frente me julgando vai quebrar a cara no final. É que eu preferiria não ver tantas estrelas. Quanto menos estrelas, maior a chance de chover no dia seguinte. E talvez a chuva diminua o calor, entende?

“Você sabia que muitas dessas estrelas nem existem mais? É que estão tão longe, que a luz demora a chegar.” Ah, ta, to muito interessada nisso.

“Sério? Que máximo! Então a gente ta aqui vendo estrela morta?”

“Uhum” ele sorriu. Desisto, ele é muito idiota. Como que não percebeu a ironia no que eu disse?

Olhei meu relógio. “Caramba, tenho que ir, senão minha mãe me mata!”.

“Mas ainda é cedo”, ele disse. Que era cedo eu sabia. Não eram nem dez horas. E minha mãe não iria me matar. Infelizmente, a minha mãe é boazinha demais. Deixa eu ficar fora de casa até a meia-noite. O que seria muito legal, se meu namorado não estivesse se revelando um chato. Além disso, eu só tenho 14 anos e ele 18. Onde minha mãe está com a cabeça?

Eu vi que ele iria falar alguma coisa, mas interrompi. “Eu sei que é cedo, mas minha cabeça ta doendo muito. Acho que é o calor.”

“Ah, tudo bem.” Ele ia me beijar, mas eu virei o rosto e fingi tossir. “Quero ir logo. Eu posso estar com uma doença mortal e não quero passar pra você.”

É óbvio que eu não estava com nenhuma doença mortal. Eu só estava, como posso dizer, estressada. Não, revoltada. Assim, de saco cheio, querendo gritar até todos os vidros de todas as janelas de todas as casas quebrarem. Depois dar uns bons socos num saco de pancadas. Mas se ele soubesse, não iria entender. Homens, nunca entendem o que é a raiva feminina.

Voltei pra casa e o pior é que a minha cabeça começou a doer. Doer muito. E comecei a tossir. No dia seguinte, fui para no hospital. Agora estou internada, porque tive a grande sorte de pegar pneumonia em pleno verão. Pelo menos é uma doença. Não realmente mortal, mas eu posso ter salvado a vida dele, certo? Graças às estrelas. Estrelas estúpidas.

14 de setembro de 2009

Escrito nas estrelas

Ontem eu estava assistindo ao Quem Quer Ser Um Milionário, já que todo mundo sempre disse que é bom demais e tal, e bem, fiquei pensando muito sobre o destino.
Será que realmente a gente é enviado pra cá com um objetivo ou a gente que faz a nossa história? Ou os dois? Droga, isso me deixa confusa. Mas depois de queimar alguns neurônios, cheguei a uma conclusão.

A verdade é que não há conclusão. Não dá pra saber se Deus virou pra gente e falou você nascerá tal dia, vai estudar em tal escola, ter tal emprego, casar com certa pessoa e morrer com tal idade. Ninguém nunca soube. Acho que pelo menos ninguém nunca vai saber. Ninguém vivo, claro. O pós morte é outra história.

Acho que todo nós passamos por situações que não entendemos direito. Por exemplo, hoje eu tive um caso muito sério e sobrenatural que me obrigou a fazer o dever de casa. O meu computador ficou dando pane e só depois que eu terminei meu exercício de biologia, ele ficou perfeitamente normal. Tipo, devem haver forças por aí que querem que eu estude biologia, só pode.

Olha como um fato simples afeta a humanidade. Pode ser que meu destino seja gravar esse exercício sobre enzimas do estômago porque eu vou casar com um cara que tem gastrite e estou me preparando desde já. Ou quando eu tiver 40 anos eu vou ser uma médica muito famosa especializada em estômagos. Apesar de que eu não gostaria nada de nenhum desses destinos. Não é trágico, só não parece interessante.

Ou então meu computador e meu dever de casa, por pura coincidência, trabalharam em plena harmonia. Eu poderia ter me aborrecido com o computador e a biologia e ido assistir televisão ou ler um livro. Nesse caso, não haveria nenhuma palhaçada de destino e eu teria meu livre-arbítrio na santa paz.

Assim, cada um pensa uma coisa. Eu sei que é chato pra caramba eu ficar ilustrando conflitos existenciais da humanidade com meus problemas, mas na maioria das vezes é a maneira mais fácil de passar a idéia. Eu não sou filósofa pra ficar supondo, pensando, pensando e pensando sem chegar a um objetivo. Ou talvez seja pelo simples fato de ser humana.

Como aqueles caras que ficavam se perguntando daonde a vida surgiu. Eles gastaram a vida pensando tanto, que acabaram doidos. O coitado do Platão chegou a dizer que os sapos surgiam por geração espontânea da lama dos pântanos. Esse é um sinal claro de loucura, só pode.

Então acho que não vou mais ficar pensando em destino ou livre-arbítrio. Nada disso vai resolver os meus problemas nem o dos outros. Acho melhor pensar em coisas práticas. Como decidir logo se eu vou comer bolo de chocolate ou torta de limão. Tá, foi um exemplo bem estúpido. Mas eu acho que deu pra entender. Se não deu, paciência.

É nisso que dá pensar demais. A gente se perde. Eu não sei nem quero saber se existe livre arbítrio ou destino. Mas não tenho nem um pouco de raiva de quem sabe. Pensando bem, quero saber sim. Se você sabe - eu disse SABE, não "acha" - e quiser me contar, vai ser muito bom.

Ótimo, vou parando por aqui, pois já pensei demais. Isso é algo que me irrita no ser humano. A gente pensa tenta e não chega a conclusão alguma. Se chega, é porque paramos no meio do caminho.

Definitivamente, não somos um ser qualquer. Somos o tipo de criatura que tem a incrível capacidade de arrumar mais problemas para si mesmo. Algo que certamente não precisaríamos - principalmente eu - mas que insistimos em fazer.

Deixa pra lá, isso é muito complicado para mim.

13 de setembro de 2009

Tá, só para ter um post logo, vou colocar uma poesia que eu fiz. Na verdade iria ser um texto que virou poesia, então acho que é um texto-poesia. Ah, sei lá o que isso quer dizer afinal. Mas como eu quero inaugurar isso decentemente - qual é, pelo menos tô tentando - vou colocar aqui, ok?

Ah, e se achar legal, chato, repulsivo, fofo ou sei lá mais o quê, comentar ajuda muito. Muito mesmo!!

Vício

Todo o romantismo acaba, uma hora cansa
Jantares românticos à luz de vela enjoam
Flores murcham
Decidimos então mudar o estilo de amar
O melhor dos encontros consistia em tomar sorvete de chocolate na praça, no pôr-do-sol, com céu rosado,
Os filmes do cinema eram os mais engraçados
E trocávamos o cinema pelos parques de diversão aos domingos
Trocamos os shows de MPB pelos de rock’n roll
E as flores?
Foram substituídas por músicas, por fotografias,
E por receitas culinárias que nós mesmos inventávamos
Assim nada enjoou.
Porque ser feliz não enjoa.
Sorrir acompanhado vicia
Víamos as borboletas entrarem pela janela e brincávamos com elas
Acompanhar o crescimento das plantas de nosso jardim com certeza foi mais interessante que admirar a Lua
Assim nada enjoou.
Porque ser feliz não enjoa.
Sorrir acompanhado vicia
Bem, finalmente criei meu blog. Ufa!!

Já estava há um tempão pensando em criar isso logo, pra postar quando eu quisesse, mas vivia adiando...

Mas eu consegui, não é mesmo?

e é isso o que importa!!!

= D

p.s.: agora tenho que pensar no que postar...