31 de janeiro de 2010

Longe de casa, há quase uma semana, milhaas e milhas distantes, do meu computador...

Pois é, estou de volta em casa..
Estou na cadeira da mesa de jantar que eu ponho em frente ao PC com o meu ventiladorzinho FAET de 30cm que qualquer um pode comprar por 49,90 ligado em minha direção.
Isso sim é que é vida, meus caros! Eu estava MORRENDO DE SAUDADES da minha rotina chata..
Descobri que a amo, acreditam?

E é outra coisa usar o seu próprio PC, na comodidade do seu quarto. Lá em Cachoeiras de Macacu precisei recorrer a uma Lan House cheia de garotinhos de oito que xingavam muito e tinham um péssimo comportamento. Lá o mouse e o teclado, que não eram nada parecidos com o meu, me irritavam. Agora estou nas minhas coisinhas antigas e amadas. Obrigada, Senhor!!

Pois bem, olhem as lições que eu aprendi:

- Antes de sair de casa, pense duas vezes. Sério, lá vai ter alguém pra conversar com você? O que você vai aproveitar disso tudo? Você teria algo melhor pra fazer? Mesmo as minhas respostas sendo negativas, eu fui. Na boa, viagem boa igual a minha só a da Jei.

- Mesmo se você for na esquina, leve um biquíni na bolsa. Sério mesmo. Por exemplo, eu tinha planejado uma micro-viagem, que na verdade era um passeio, de 24 horas. Ir na quarta e voltar na quinta de manhã. Só voltei hoje. Estava tendo que correr lavar as roupas pra reutilizá-las, coisa de doido. A ausência de um biquíni fez com que eu não tomasse banho de piscina. Nem na quinta feira, numa piscina olímpica do condomínio. Nem na piscina natural que a gente foi na sexta feira. Ontem eu não aguentei e peguei o maiô da minha tia emprestado pra tomar banho de piscina. Agora estou com a minha barriga branca (super sexy, não?)

- Use repelente. Sempre. Na sexta um monte de mosquitos me atacaram lá perto da piscina natural. Estou falando sério. E pior, lá os mosquitos são organizados! Pontualmente às cinco horas eles começam a atacar. Antes das cinco, nem sinal deles. Eu sei que de 17:00 às 17:40, eu fui mordida (nossa, como se mosquitos fossem mutantes e tivessem dentes, kkk), bem, fui picada, 20 vezes. Juro. Ontem eu contei e descobri 20 picadas só nas canelas. Pior foi Tia Giovana, que foi picada 62 vezes. Eu contei as picadas das pernas dela também. O que salvou minha honra foi que eu matei pelo menos uns 20 mosquitos. Todos eles, muito gordinhos, cheios de sangue.

- Onde tem mais mato, sempre é menos quente. Por exemplo, aqui em São Gonçalo, onde eu moro, uma cidade de um milhão de habitantes e com pouquíssimo verde, eu sinto a temperatura chegar a uns 50ºC, sem exageros. Lá eu senti só uns 35ºC.

Ah, mas teve seu lado positivo também. Visitei a tia Vladir, que é tia de mamãe. Ah, e conheci o namorado dela também. Você deve estar pensando: po, essa mulher não é meio velha pra ter um namorado? Mas digo que não. Tia Vladir ficou viúva há alguns anos, (uns cinco ou seis, eu acho), e há uns dois anos (eu acho, não tenho certeza), voltou a namorar o cara que foi o primeiro namorado dela. Eles namoraram em 1957. O amor não é lindo?

Também comi pizza, tomei Coca-Cola(não me culpem, lá não tinha Mineirinho). Tomei banho de piscina ontem. E conheci meus primos que eu não conhecia. a Jhulia, de cinco anos e o Carlos Henrique, de dois. Bem, eles são filhos da meia irmã de mamãe, Giuliana. Não adianta, não consigo chamar ela de tia. Nem o outro meio-irmão da minha tia, o Giuliano. Pra mim eles são como primos, sei lá. Acho que é porque eles são mais novos e talz.

Nossa, e vocês não vão acreditar, mas eu vi um cara muito igual ao Kaká na rua. Sério. Ele poderia até trabalhar como sósia dele. Nessa hora lembrei de Vivi e Bárbara.

Bem, eu tenho que terminar de ler Popcorn e as fanfics que eu acompanho na net, já que hoje eu passei a tarde vendo filme com Letícia e Thaís.

Bem, não consegui terminar o Missão na Terra. Mas vocÊs não vão acreditar, mas eu achei a última revisão que eu tinha feito em uma pasta abandonada do meu PC. Tô super feliz.

Beeijos =D

P.S.: e ainda por cima perdi dois capítulos de Gossip Girl, de quarta (porque eu estava na casa da Tia Vladir), e na sexta (porque estava postando aqui naquela lan house clandestina)

29 de janeiro de 2010

Pequena viagem improvisada


Oi gente!!!
Adivinham o que eu estou fazendo?
Estou em uma lan house de cinco computadores numa cidade de 90 mil habitantes e a 100 km da capital.
Estou em Cachoeiras de Macacu, cidade da minha mãe, hospedada na casa da minha tia. Lá não tem computador, mas eu sou a Super Luma e estou na pequena lan que tem perto da casa dela. Pra vcs verem como eu gosto de vocês: são nove da noite e eu poderia estar vagabundando pelo orkut ou assistindo Gossip Girl(é, eu estou assistindo – para quem viu Rebelde: o Dan não parece com o Miguel? Eu acho!), mas não: estou aqui, porque eu amo vocês!

A Carol de Uberlândia me mandou um scrap avisando que não tava conseguindo comentar e talz.. Bem, tentei mudar algumas configurações... Se vocês não conseguirem comentar, mandem um e-mail pra mim (luma_beatryz@yahoo.com.br), avisando que não estão conseguindo, ok? Ou um scrap pro orkut, como a Carol, é só clicar na imagem "orkut" ao lado que vocÊ acha meu perfil, tá? Se quiser me adicionar, basta me explicar quem você é, que me conheceu no blog e tal, que eu aceito, viu?

Vamos lá, aqui, além de estar sem internet, minha cama, meu PC, minha geladeira, estou sem biquíni e sem poder tomar banho de rio, cachoeira e piscina. O que me resta? Ficar olhando meu irmão de 12 anos e minhas primas de 11 e 6 anos se divertirem e se refrescarem enquanto eu torro feito um frango de padaria embaixo da barraca. Hoje, enquanto estávamos numa piscina natural ( entendam , eles tomam banho e eu fico só olhando e tomando Pepsi - não me culpem, lá não vendia Mineirinho, o que é produzido na minha cidade), eu estava pensando que parecia o tal frango de padaria quando um cachorro surgiu do nada e ficou me olhando. Pronto, agora era um cão vira-lata olhando o frango de padaria. Chegou a dar vontade de cair na água de short e camiseta mesmo. Só pra salvar a honra, sabe como é. Mas tomei mais um gole da Pepsi, lembrei que tinha feito chapinha e passou.

Ah, deixem-me explicar como vim parar aqui.

Terça-feira a noite:
Eu e mamãe estávamos assistindo a um cara que foi mordido por um rato de esgoto numa enchente em E24(programa que eu amo), quando surgiu o assunto de vir pra cá, afinal a família de mamãe é daqui. A gente já tava planejando vir, mas aí tivemos o decreto que viríamos. O plano era vir pra cá na quarta de manhã e voltar na quinta de manhã. Preparei uma bolsa apenas com um short, uma camiseta, duas calcinhas, um top e um pijama. Mas como podem ver, estou aqui até agora, sexta à noite. Estou tendo que fazer revezamento de roupa, lavando, secando e usando. Uma doideira. Gente!

Ah, e estou me divertindo muito com as minhas primas também. Como duas irmãs, elas sempre discutem. Olha a conversa que nós tivemos às duas da manhã de quinta-feira:

Luma (eu, 17 anos): Tamires, vamos brincar de Bom Dia e Cia?

Tamires (prima caçula, 6 anos) : Vamos, vamos!
Obs.: ela é elétrica e quer ser famosa. E tem talento pra isso!

Tamires: Allow!

Luma: Alô!

Tamires: Quem fala?

Luma: Aqui é a Luma.

Tamires: Luma, quantos anos você tem?

Luma: Dezessete.

Lívia(prima mais velha, 11): Não pode, Luma. Só pode até 12.

Luma: Tá bom, Lívia. – me virei para Tamires – Eu tenho....8 anos!

Tamires: De onde vc fala?

Luma: De Cachoeiras de Macacu, Rio de Janeiro.

Tamires: Ah, Rio de Janeiro...
Ela fez a carinha da Maísa.

Tamires: Luma, o que você quer do Playstation?

Luma: Mas, Tamires, é a “roda”, não “Playstation’.

Lívia: Nada a ver, é a ‘roleta’.

Tamires: É Playstation. E eu to certa.

Minha mãe: Tamires, é a roleta.

Tamires: EU TÔ CERTA!

Luma (já cheia de ganância): Vamos apostar cinco reais?

Tamires:  Como, se eu não tenho cinco reais?
Minha mãe: Faz o seguinte. Se Lívia estiver certa, Tamires fica cinco dias sem implicar com Lívia.
Lívia : Não. Eu quero um ano de paz. Pensando bem, quero uns sessenta anos. Tudo bem que a gente nem vai mais morar junta, mas só por garantia.
Tamires: Então eu não vou apostar!

Gente, como as duas horas que eu paguei por 3,00, foi 1,50 cada estão acabando, paro por aqui. Chegando em casa, posto mais. Mil beijos!

P.S.: Gente, o resultado do ENEM saiu. Eu pensei que tinha me ferrado, mas descobri que, como todo mundo se ferrou também, estou com nota boa! Sem querer me gabar, mas já me gabando, olha só:
Linguagens: 675.6
Matemática: 754.9
Humanas: 712.6
Ciencias da natureza: 739.8
Redação: 750.0
Mas como quero ser médica, tenho que estudar muito mais!!!

25 de janeiro de 2010

Coisas que ando vendo e assistindo

Esse é um "brevíssimo post" que relata o que tenho feito ultimamente em relação a filmes e livros..



Comecei a ler PopCorn, livro de Ben Elton (não sabe quem é? nem eu!) que eu comprei por 10,00 na Bienal do Livro, enquanto Bruna e Ana Carol guardavam meu lugar na fila para ver a Meg Cabot
Popcorn fala de um diretor de cinema que faz filmes do tipo que eu odeio (sem historia, cheio de sexo e violência). Um casal de psicopatas inspirados em seus filmes vão fazê-lo de refém durante a noite posterior a Premiação do Oscar. Não li tudo ainda. Parei na metade e arquivei. Eu fiquei meio desanimada depois que eles ficavam usando cocaína como se fosse a coisa mais normal do mundo. Ah, e eu queria ler Gossip Girl pra entender o seriado (hello, eu não tenho TV por assinatura, dependo do SBT. E lembram das minhas metas 2010?). O fato é que o livro tá com o marcador na página 138. Mas acho que essa semana eu termino. Ainda não tem nota, preciso acabar de ler.




E por falar em Gossip Girl, querem saber o que eu achei? Nada. Pois é, eu ainda estou abismada. Eu só sei de uma coisa: se a alta sociedade nova-iorquina é assim, estou muito satisfeita com a minha vida de niteroiense nerd de classe média. Só li o primeiro livro, pra não ficar boiando na hora de assistir a série. Se fosse bom, eu leria o resto. Bem, no livro TODOS os personagens fumam e bebem. MAIORIA deles usa drogas e sustenta o crime. Eles não tem nem aí. Estão muito mais preocupados em beber uns vinte litros de uísque, fumar muita maconha e sair transando com qualquer um. Eu não sou alguém "conservadora", mas tenho raciocínio suficiente pra ver que pessoas assim são RIDÍCULAS. De qualquer forma, o que salva o livro é o bom-humor com que a história é narrada. Faz tudo parecer engraçado e a gente acaba rindo. Há alguns minutos, vendo o seriado, percebi o quanto mudam. É, no seriado, o pessoal é bem mais "decente", digamos assim. Acho que é porque o seriado, os pais dos sãs adolescentes podem acabar assistindo qualquer dia, e não ia pegar muito bem para Gossip Girl que os pais soubessem o que suas filhinhas puras(?) andam lendo e assistindo. De qualquer forma, ainda não sei se amanhã eu vou assistir ou se vou ler algum outro livro da série. 
Ah, observação: olha como o seriado apela. No livro a Jenny é gorda e tem cabelo crespo (no seriado ela é magra de cabelo loiro e liso). No seriado, o Dan é gato, tem atitude e o pai dele também é super interessante(rs) ao contrário do velho nojento do livro...
A nota é parcial, por enquanto 5,0. Salvo pelo bom-humor com que é narrado.


Corina, a babá perfeita


Bem, quem me conhece sabe que eu AMO ver filmes na Sessão da Tarde, Sessão de Sábado, Cinema em Casa e todas essas sessões de filmes repetidos que passa à tarde. Bem, no sábado, o SBT passou "Corina, a babá perfeita" no SábadoCine. Filme fofo, emocionante. Gostei MUITO. Corina é uma babá contratada para trabalhar na casa de um recém viúvo e sua filhinha altamente fofa. Eu juro que não esperava aquele final. Nota: 9,9. Um pouquinho menos de drama seria a dose perfeita.




A Proposta
Bem, Sami tinha me dito desse filme outro dia. E quando ela me contou a sinopse, fiquei realmente muito a fim de ver. Peguei na locadora ontem e amei. O chato das comédias românticas é que são altamente previsíveis. O que me motiva a assistir é que sempre tem cenas muito engraçadas. E com A Proposta não foi diferente. Ri demais. Nota: 9,0. A previsibilidade das comédias românticas quebrou a magia.

22 de janeiro de 2010

RAIO- X (momento pessoal, =T)

Não sou tão diferente. Nem tão igual.
Não sou santa. Não sou má.
Não tenho religião. Contudo, acredito em Deus.
Meu celular não tem câmera, internet. Por mim, nem teria celular, isso é coisa de mamãe.
Quero ser médica, psiquiatra, psicóloga, neurocirurgiã, escritora, jornalista, publicitária, assistente social, trabalhar na política. Tudo ao mesmo tempo. Sei que não é possível.
Já sonhei em ser Miss Universo e casar com um príncipe quando criança. Hoje, não sonho mais.
Nunca andei de avião. Não tive uma festa de debutante. Nunca andei de montanha russa. E até dezembro de 2009 nunca tinha tomado Milk-shake.
Já achei que era uma viciada em leitura, mas depois percebi que não sou. Apenas gosto de ler.
Já achei que era uma viciada em cinema, mas depois percebi que não sou. Apenas gosto de filmes.
Não assisto a novelas nem programas sensacionalistas. Gosto de ver filmes repetidos na Sessão da Tarde. Gosto de assistir A Grande Família e ver que aqui em casa, as coisas são meio parecidas.
Acredito que quem sustenta a violência são os usuários de drogas. Acredito que os responsáveis pela corrupção na política são os eleitores. Acredito que a culpa das enchentes nos córregos quase sempre vem da população que joga seu lixo lá, mesmo que haja coleta de lixo (eu já morei perto de um córrego; mesmo com coleta de lixo, é lá que as pessoas depositam suas sacolas plásticas de supermercado cheias de detritos.). Não acho que a culpa de uma multa de trânsito é de um radar ou guarda; é do motorista infrator.
Gosto de guardar qualquer lembrança. Seja um papel de bala, uma assinatura, um bilhetinho passado durante as aulas. (ou folhas de caderno que pareciam a impressão de uma conversa de msn). Gosto de tirar foto dos outros, mas nem sempre de mim.
Não que eu seja tímida. Até a oitava série, nunca tive problemas pra apresentar um trabalho em sala. E estou tentando lidar com isso no Ensino Médio, juro que estou.
Não choro toda vez que vejo um filme triste. Não rio todas as vezes que ouço uma piada. Às vezes não entendo algo, às vezes, finjo não entender.
Quando me encontro chocada com algo, meu cérebro trava por alguns dias. Mas depois volta. Gosto de conversar sozinha com um psicólogo imaginário o tempo todo.
Junto minhas moedas num porquinho de barro. Quero ter um carro, uma casa, um sítio, e viajar durante os verões no futuro.
Minha pele é branca, mas não feito um papel. Não sou pálida. Apenas muito branca para alguém que vive num meio onde todos são bronzeados. Não uso maquiagem. Minhas bochechas são rosadas o tempo todo. Não tenho espinhas. Mas raramente aparece uma.
Não sou magra. Nem sou tão gorda. Uso um manequim 42 . Tenho a altura média da mulher brasileira. Às vezes tonalizo o cabelo, mas nada que fuja dos tons discretos do castanho. São ondulados, nem lisos ou cacheados.  Meus olhos são castanhos. Mais para escuros que para claros.
Meus ídolos são os mais doidos e variados possíveis. Ben Carson, Robert Rey (um cara super legal preso nas futilidades de Hollywood), Bernardinho, Drauzio Varella, Meg Cabot, Princesa Diana.
Não entendo de música. Não sei qual é a banda ou sucesso do momento. Nem tenho muita vontade de saber. Não toco nenhum instrumento, sou desafinada. Não falo nenhum outro idioma (arranho o inglês e o espanhol, nada fluente). Não pratico nenhum esporte. Não sei nadar ou dançar.
Tenho poucas roupas e sapatos. Não sou nem a mais nem a menos bonita, inteligente, popular e carismática da escola. Não tenho um quarto só pra mim. Não tenho uma bicicleta. Não gosto do calor.
Gosto de tomar café e coca-cola. Gosto de tomar sorvete de flocos quando faz frio. Gosto de chá de hortelã e limonada com adoçante. Gosto de massas e chocolate.
Falo muito o tempo todo, mas não digo nada. Me estresso. Estressada, grito, falo cerrando os dentes, mordo os nós dos dedos. Depois me acalmo. É normal pra mim. Nunca fico gripada ou com a garganta inflamada.
Não quero me casar numa cerimônia de luxo numa catedral nem viajar para Paris ou o Taiti.
Me sinto meio velha para meus dezessete anos. Lembro de cada detalhe das últimas décadas. Tenho uma excelente memória para detalhes.
"Quando fiz dez anos, lembro que ao assoprar as velas que estavam no meu bolo de aniversário de chocolate com M&M’s, naquela festinha com a minha classe de terceira série, fiz um pedido. Disse que não queria ser adolescente nunca. Queria pular isso. Eu achava as meninas adolescentes da escola, das séries mais avançadas, muito metidas. Não queria ser assim. Queria ser adulta direto. Com onze, doze anos, as pessoas já falavam para os meus pais: “A sua filha parece uma adulta. Fala como uma adulta, meu Deus!”. Eu gostava disso."
Amo todos. Amo as pessoas que me odeiam. São nossas rivalidades que trazem  mais graça a minha vida.
Moro num apartamento dois quartos, com meus pais e meu irmão de doze anos, num bairro de classe média, numa cidade da região metropolitana.  Estudo numa escola famosa, mas não sou uma. Famosa, quero dizer. Engraçado, nem pretendo ser.
Penso demais no amanhã. Me criticam por isso. Me elogiam por isso. Mas penso que é melhor que ser egoísta e pensar só no presente. Penso que é melhor que ser nostálgica e pensar só no passado. O futuro com ilusão de felicidade, é muito mais tentador.
Que não tem medo de morrer. Só não quer ver ninguém chorando. Aliás, quando alguém chora, ela nem vai consolar. Apenas sai de perto.
Não que não me ache feliz. Quando pequena, mamãe me falou que existem diferentes tipos de pessoas. O infeliz que pensa ter felicidade. O feliz que não reconhece sua felicidade. E os felizes e infelizes que se conhecem. Eu me acho feliz. Não acho que sou uma infeliz iludida. Sou feliz e me conheço feliz. Tenho consciência limpa de tudo que penso, falo, faço. E apesar de parecer ser apenas uma garota normal na multidão, não sou. Sei que não sou. E quem me conhece, sabe que eu definitivamente não sou.
Sou a Luma, aquela que critica tudo, que elogia, que diz a verdade nua e crua. Que ama rir. Que se emociona de vez em quando. Que quer ajudar todo mundo, mas não sabe como. 

20 de janeiro de 2010

Resenhas e recados

Pois é, gente, muita coisa pra fazer, pouco tempo, muita vontade de postar..

Primeiro, quero comentar sobre o que li e assisti nesses últimos dias, pode ser? Será um breve resumo, fiquem tranquilos..


O SOM DO CORAÇÃO
Caríssimos, esse filme é fofo demais!!
Eu estava a fim de assisti-lo desde que vi o trailer/thriller (ah, dane-se, não sei como que se escreve), em janeiro de 2008. Então, tem uns dois.
O filme é lindo, conta a história de um garotinho muito lindinho que foi criado num orfanato e sonha em encontrar os pais. E como ele luta para chegar ao seu objetivo? Pela música.
Nota 9,0. O final precisava de mais umas duas cenas pra ser 10.







A TRISTEZA DO JECA
Sim, mamãe me fez assistir esse filme pré-histórico com ela. Ela chegou na locadora, viu na prateleira e não largou mais. E olha que engraçado, o filme é bom!
Sérião. Acho que todos os professores de história deveriam ser obrigados a passá-lo para seus alunos.
O que eu assisti mostrava como funcionava o voto de cabresto, a política dos coronéis no começo do século passado. Muito interessante.
Agora eu entendo porque isso fez tanto sucesso naquela época. Se hoje é bom, imagina quando ninguém tinha sequer tv?
Nota 9,5. Poderia ser um pouquinho mais engraçado.




HARRY POTTER E O ENIGMA DO PRÍNCIPE
Eu queria ter ido ver esse no cinema, mas na época meu pai implicou, dizendo que eu ia pegar gripe suína e morrer. Bom, agora que já vi posso dizer: acabaram com a história.
HP e o Enigma do Príncipe tinha sido o meu livro preferido da série. Foi super engraçado. Mas no filme, com todos aqueles cortes e ajustes, ficou muito estranho. Parece uma história paralela. O que houve com a química Harry e Gina? Quem assistiu ao filme e não leu o livro, deve ser super contra esse romance. Parece mais que o Harry tá a fim da Hermione, fala sério.
Nota: 5,0




500 DIAS COM ELA
Nessas horas eu amo morar num fim de mundo com uma locadora pirata. Fala sério, onde mais eu conseguiria pegar esse filme por 0,99? Juro que eu queria ver no cinema. Mas o filme não chegou nem em Niterói nem em São Gonçalo. Fui na da locadora mesmo.
Cara, esse filme é BOM demais!!!
Mostra a vida real, sabe? Tipo, nem tudo é felizes para sempre. Mas o meio da história pode ser legal. E é óbvio que eu me identifiquei MUITO com as paranóias do Tom, ele é doido e lunático feito eu. Recomendo super.
Nota: 9,8. Descontei 0,2 porque ele tem muito essa coisa de ir e voltar no tempo. Fala sério, qual a graça de ver o filme que você viu o final na cena anterior?




Amiguinhos, esse livro é bom demais!! Hoje me sinto envergonhada de nunca ter ouvido falar dele antes. Mas foi só eu vê-lo na Saraiva do Plaza, ler a sinopse, e me interessei. Depois, foi só eu passar na máquina de preços e ver que custava apenas 19,00 e pronto, me apaixonei. Pelo formato de bolso, pelas 280 páginas gordinhas, pela sinopse, pelo precinho..
Comprei em novembro, junto com O futuro da humanidade. Ele e o livrinho do Augusto Cury formaram a minha dupla dinânimca do vale-presente que ganhei de aniversário. Brincando com o Perigo tem como protagonista a Cléo, uma adolescente muito legal (ela é super parecida com a Jessica de 1800-where-are-you?, da Meg Cabot) que não é nada popular. Ela e seu padrasto, o delegado Louis Levesque, vão desvendar um mistério. Ou melhor, dois. Quem anda fazendo de tudo pra arruinar a reputação de Cléo com o professor Green? E quem anda arrombando os chalés? A princípio, esses mistérios podem parecer pouco interessantes. Mas basta ler o livro pra saber que são muito bons. Você fica preso do começo ao fim, confie em mim.(rimou, sentiu?). e vocês imaginam a minha alegria ao descobrir que Cléo e Levesque têm uma série de livros, todos escritos pela Norah McClintock.
Nota? 9,9. Faltou uma gotinha de romance.

Recados!!!

- Gente, esse ano é o meu último da escola, tem vestibular. vou postar pouco e estudar mais. Mas juro que não vou abandonar o blog!

- Queridos seguidores. Saibam que eu estou SEMPRE lendo o que vocês postam! Nem sempre dá pra comentar, mas eu sempre leio, e quero PARABENIZAR a todos vocês. eu tenho o time de seguidores com os blogs mais legais.

- Tão vendo esse um bilhão de promoções aqui do lado? É pra vocês participarem também, viu? Existem muitos blogs máras que fazem sorteios de livros super interessantes. Participem também!

- Ah, e último recado: Jei Oliveira, é tu mesmo baiana, estou sempre no seu blog mas nunca consigo comentar. A janela fica travada, e não aparece a janela pra gente digitar aquelas letrinhas chatas de confirmação. Dá uma olhada lá. Esse foi o único jeito que eu tive para te avisar!

beeijos!

16 de janeiro de 2010

Dias contados!!!! (medo!AAAAAAHHHH!")

Pois é, ontem eu e Mariane estávamos assistindo Premonição pela 265456464521654151 ª vez no SBT. Sabe como é, falta do que fazer.
E então, bem, descobri que a situação está crítica.
Sim, gente. Se os filmes de terror, suspense e outros tipos parecidos se refletirem na realidade, estou completamente FERRADA. Eu vou morrer em breve. Pô, eu sou muita nova pra morrer!!! Mesmo que tenha um monte de gente que morreu mais nova que eu. Dane-se, eu só quero morrer lá pelos 95 anos, e de morte cerebral, pra doarem meus órgãos. Eu só não sei se eles reutilizam órgãos de velhinhas de 95 anos. Mas tanto faz.

O lance é o seguinte. Eu e Mariane nos amarramos em criticar os filmes. Tipo, ficar falando "seu idiota, sai da frente!" ; "Como alguém pode ser tão burro? só em filme, fala sério" ; "Esse é o pior sangue de filme que eu já vi, hahahaha".

Nessa, eu viro pra ela e falo: "Já reparou que sempre os adolescentes envolvidos na morte estão no último ano?" - pausa dramática, trocamos olhares. "Ai. Meu. Deus." - isso a gente diz junta. Sim, porque meus caros, em 2010 estaremos no último ano do Ensino Médio. Como esses assassinados por maníacos.
Ah, e lá no Colégio Pedro II, a gente usa essas roupinhas de colegial - sainha, blusa branca de botão e meia 3/4 com sapatilha, que não tem nada de sexy, fala sério - ideais para filmes de terror. Medo!

Sim, e aí lembrei que nerds gordinhas - tipo, eu! - são as primeiras a morrer quando um serial killer ou uma força das trevas surge. Ou então a primeira a morrer é aquela chatinha que fala muito - tipo, eu!. Ou então aquela que quer dar uma de valente e sempre vai na frente - meu, por que eu SEMPRE faço isso? Tenho que parar.

E essa coisa de driblar a morte, que nem aquele pessoal do filme faz. Pois é, uma vez Mariane salvou a minha vida. A gente estava indo pra escola (quando ainda estudávamos no Educandário Jecsa e não no CPII) e um ônibus vinha super rápido, mas eu, sempre lerda(cara, as lerdas sempre morrem também), não percebi. Aí Mariane me puxou e gritou "LUMA!!". Nesse exato momento o ônibus (um micro da linha 15 Jockey-Fórum), passou em alta velocidade no lugar onde eu estaria se Mariane não tivesse me puxado.

Quando nós lembramos desse fato ontem, durante o filme, eu virei pra ela e falei: "Marie, você salvou a minha vida! A próxima da lista deve ser você! Ah, pelo menos eu posso viver tranquila até que você morra."
Mas ela rebateu: "Não, Luma. Depois disso teve uma vez que você me salvou também. Eu não lembro direito, mas salvou. Luma, a morte vai voltar e pegar você!"

Cara, preciso dizer que fiz uma pausa dramática? Mas depois de muito pensar em um jeito de fugir disso, achei a solução. Em todos os filmes, sempre a sobrevivente é a loira. Sempre. Menos em Pânico. Mas no resto, sempre a loira pura vive. Então, só tem um jeito.
Seguir o conselho de Stephanie e clarear esse cabelo. Loira, sobreviverei a morte, que pulará de mim e irá em direção a Mariane.

É, como diz Isa, o clima tá TENSO.



Retrato Falado do ônibus que tentou me matar em 2007



nossos uniformes de filme de terror...=O

13 de janeiro de 2010

Os Condenados

Hoje tava na casa do meu tio em Maricá e vi um filme com meus primos: Os Condenados.

A história é super diferente e interessante. Quer ver só?



Um produtor decide ter uma idéia de programa de TV que tem tudo para ser um sucesso. Ele "pega emprestado" dez presidiários de países subdesenvolvidos que estão no corredor da morte em todo o mundo. E os coloca em uma ilha deserta, onde serão vigiados 24 horas por dia, por cerca de 400 câmeras, como um reality show. O objetivo? Eles TÊM que se matar, até que só reste um sobrevivente.
Caso após um período de 30 horas houver mais de um sobrevivente, ambos morrerão. Tenso, não? Para que não fujam, todos ganham um dispositivo preso ao tornozelo que, se eles tentarem arrancar para fugir dali, aquilo explode na hora. Mais tenso ainda.

Claro que nenhuma emissora aceita transmitir esse reality show sanguinário. Logo a produção encontra um meio: a internet. A partir de 49,90 dólares, uma pessoa pode assistir esse programa de seu computador.

Milhões de pessoas passam a assistir e sustentar o programa. Complicado, né?

Pois então, esse filme altamente emocionante e cheio de crítica à mídia do mundo moderno é eletrizante. E daqueles que a gente não levanta do sofá por nada. Só não digo que o filme é nota 10. Acho que uns 9 tá bom. Eles poderiam colocar menos sangue e mais charadas, coisas inteligentes que acabam com os neurônios do espectador. De qualquer forma é um filme ótimo.


os carinhas se matando

10 de janeiro de 2010

O último rei da Escócia

Hello!!!!
(eu preciso dar um tempo nessa vida de blogueira tagarela..)

Ontem eu assisti ao filme que passou no Super Cine, na Globo. Eu só conhecia o nome do filme "O último rei da Escócia", não tinha a menor idéia sobre o que era. Mas eu tava desligando o PC e o filme estava começando. E quando eu vi um médico chegando na África (eu sonho em fazer parte dos Médicos Sem Fronteiras desde que assisti "Amor sem Fronteiras", com a Angelina Jolie) me prendi ao filme. E fiquei lá, pilhadona assistindo. Meu Deus, o filme é MARAVILHOSO!!!!

Nicholas é um jovem médico escocês que vai trabalhar em Uganda, na década de 1970 ( eu adivinhei que o filme se passa na década de 1970 por causa do visual cafona do pessoal). Lá, ele começa a trabalhar com Sarah e David, um casal de médicos missionários em uma aldeia. Tudo está relativamente tranquilo(se não fosse o desejo de Nicholas pela Sarah), até que o vilarejo onde estão morando é visitado por Amin, o novo presidente do país.

Amin sofre um pequeno acidente e torce uma das mãos. E é Nicholas quem imobiliza a mão do presidente. Amin então simpatiza com nosso jovem médico e o convida para ser seu médico particular de agora em diante. A princípio, Nicholas hesita, mas por fim aceita a oferta. E depois de pouco tempo passa a ser conselheiro do presidente.

Nicolas agora está envolvido até o pescoço na política de Uganda. Participa de grandes eventos sociais e assiste ao massacre que a ditadura de Amin está fazendo com aquele país. Para piorar, Nicolas ainda se envolve com uma das esposas do presidente. Sério, gente, eu fiquei desesperada enquanto assistia ao filme, o cara tava em confusões que se acumulavam como uma avalanche de neve.
Bem, e pra saber o final de tudo, basta assistir ao filme, porque eu não vou contar...

Quero fazer algumas observações:
- A íris dos olhos do cara que faz o Nicholas são fascinantes. Os olhos deles nem são tão bonitos assim, mas a cor... É um azul super diferente.
- Ressaltar que minha personagem favorita no filme não foi ninguém do círculo central. O médico assistente de Nihcolas, um nativo de Uganda, foi o cara mais legal do filme. Principalmente quando a situação tava feia, já no fim do filme, com todo mundo se matando e ele diz que está cansado de tanto ódio naquela nação. E decide dar sua contribuição para a melhora, mesmo que custe a sua vida.
- O filme é baseado em fatos reais. Uma excelente aula de história, sociologia...


Cena em que Amin conhece Nicholas (repare na Sarah ao fundo)



cena em que Nicholas lança um olhar cheio de segundas intenções para a mulher do presidente (safadinho, hein!)


Nicholas, o braço direito de Amin



Beijinhos e hasta la vista babies!

9 de janeiro de 2010

Diário de Patrícia - II

Terça-feira, 21 de abril

Hoje eu fui ao cinema com Cecília e Dani. Eu achei uma atitude muito imbecil ir ao cinema hoje, feriado nacional. Como ninguém tem nada pra fazer, vai todo mundo pro cinema. Mas achei melhor nem discutir, porque eu não tava a fim de ficar em casa, até porque papai tava querendo visitar vovó Ana. Vovó Ana é a mãe de papai.

Ela até que é legal. Pra uma velhinha de 70 anos ela é bem legal. Isso se legal quer dizer alguém que após pedir o divórcio arrumou um namorado vinte anos mais novo, fez uma tatuagem, comprou uma moto e decidiu “vivir La vida loca”. E quando eu chego lá ela fica indignada porque eu não tenho um namorado. Obrigada vovó, mas eu não preciso da senhora pra me lembrar disso.

Bem, voltando. Eu, Ceci e Dani fomos ver um filme que eu jurava que era engraçado, considerando o trailer e tal. Mas o filme só tem coisa indecente. Parece que todo mundo é ninfomaníaco. Como que eles põem um filme desses com censura 14 anos? Eu tenho 15 e não me sinto psicologicamente preparada pra isso. E pra piorar o filme – ou melhorar – encontro Gabriel na sala de cinema.

É, eu tava parada lá, tipo assim, tomando uma Fanta Laranja quando eu olho pro lado e vejo Gabriel. É, simples assim. Mas é claro que meu coração deu uma cambalhota na hora. E a quantidade de Fanta que estava na minha boca desceu minha garganta escorregando e queimando as amídalas. Sério. “Pati?” foi o que ele disse. Eu odeio que me chamem de Pati porque lembra patricinha, mas quando é ele que tá falando, tudo bem. “Oi”, eu disse de volta. Mas aí apagaram as luzes porque o filme ia começar e a gente teve que se concentrar em desligar o celular.

Aquela droga de filme me fez passar vergonha na frente de Gabriel. Porque eu acho que, tipo, não é muito legal a gente ver um filme onde todo mundo só fala de sexo o tempo todo. Minha vontade era fugir, não to brincando.

De qualquer forma, o dia foi horrível porque Ceci ficou mostrando pra mim e pra Dani como o filme era machista, considerando que o casal ia fazer sexo a três e tava procurando uma mulher pra isso e não um homem. Dane-se. Minha vontade era xingar um palavrão bem grande. Ainda bem que no escuro não dá pra ver nossa cara vermelha de vergonha.

Sério, quando que as pessoas vão entender que não se fala durante no cinema?

Depois do filme, eu vi que com Gabriel estava o pessoal da minha antiga escola. E como todos eles são de Maricá também, eu me despedi das meninas e voltei com eles. Afinal, Dani mora em São Gonçalo e Ceci – pasmem – em Itaboraí. E as três estudamos juntas em Niterói.

 Mas foi legal rever o pessoal da minha antiga escola. Não pense que ele é longe da minha casa. O Centro Educacional São Lucas* fica na minha rua. Eu é que nunca vou lá. Mas voltando, todos nós juntos tomamos Milk-shake e depois voltamos pra casa. Ainda bem que o ônibus Niterói-Maricá tem ar-condicionado, porque a temperatura lá fora estava em 33ºC. Eu vi no termômetro. Mas aquele ônibus TEM que ter ar-condicionado, porque o preço da passagem é um roubo.

Contudo, não pense que na volta foi um passeio romântico, sabe como é, comigo e o Gabriel caminhando no anoitecer do ponto de ônibus até o prédio que a gente mora. Fernanda tava com a gente.

Bem, eu tenho que contar a história. Até dezembro eu sofria uma paixão platônica por Eduardo, o cara mais popular do Centro Educacional São Lucas. Ele era dois anos mais velho com a gente, tava no segundo ano do Ensino Médio. Sabe como é, quando o cara é loiro, alto, com olhos azuis hipnotizantes, garotas idiotas como eu se apaixonam. Mas no último verão tudo mudou. Eu fui pra praia com Fernanda e a correnteza da água me puxou. Eu, como não sei nadar, jurava que ia morrer. Já tava pedindo perdão a Deus pelos meus pecados. Então eu apaguei. E vi Gabriel, que eu conhecia desde os cinco anos de idade, por sermos vizinhos em cima de mim. Ele tinha salvado a minha vida.

“Lembra quando eu te disse que você precisava aprender a nadar?” foi o que ele disse naquela hora para mim, enquanto dava um sorriso perfeitamente branco. Eu, mesmo com a garganta seca e com gosto de sal na boca respondi: “Nós tínhamos nove anos e você disse que o professor de natação obrigava a gente a entrar na piscina de água gelada quando fazia frio.”

Aí ele comprou três garrafinhas de água de 500ml cada uma pra mim até que o gosto de sal em minha boca diminuísse e a gente ficou conversando. Até a noite. Principalmente porque Fernanda, que mora no terceiro andar, embaixo da minha casa, tava ficando com Eduardo naquela hora. E nesse instante eu descobri que eu nem gostava tanto de Eduardo. E dias depois me descobri, tipo, completamente apaixonada por Gabriel. Foi quando ele me ajudou a zerar o joguinho do Sonic no videogame. Eu tinha esse trauma. Desde que mamãe ainda era viva que eu tentava zerar o Sonic e nunca que conseguia. E Gabriel me ensinou a vencer o último cara, que dava choque na gente. Quando a mão dele encostou na minha pra pegar o joystick eu percebi que ele era o homem da minha vida. Simples assim

Como eu disse, hoje eu, Fernanda e Gabriel voltamos juntos pra casa. Meu, por que Fernanda adora destruir os meus dias? Sabe como é, talvez se Fernanda não estivesse com a gente ele poderia ver o céu cor-de-rosa de fim de tarde e percebido que nasceu pra mim. Mas Fernanda, seu cabelo loiro de luzes e o tic-tic de seu salto alto não deixaram.

Fomos cada um pro nosso apartamento. Fernanda – 301 ; Gabriel – 401 e eu – 402.
Cheguei em casa há, tipo, mais ou menos uma hora. Papai e Cris ainda não chegaram, devem estar vindo. Estou fazendo um macarrão pra mim porque não agüento mais comer pizza.

Ai. Meu. Deus. O macarrão!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Acabei de voltar da cozinha. Eu queimei o macarrão e tá um cheiro horrível de queimado. Vou ter que limpar a panela. Como que Gabriel não sentiu o cheiro de queimado lá do apartamento dele? Ele tinha que aparecer para me salvar – de novo. Droga. Agora aposto que vou comer a pizza que papai e Cris devem trazer.

*nome fictício, não sei se existe um Centro Educacional São Lucas em Maricá.



É muito amor à escrita escrever isso hoje, considerando que hoje fiz vestibular e em Niterói estava 36ºC. Pelo menos foi o que um termômetro entre duas árvores acusava às 17:30.

8 de janeiro de 2010

Quando eu quis parar de comer carne

Gente, já repararam o quanto a nossa vida tem história? A gente fica lendo livros, contos, assistindo filmes... Mas é tanta história no nosso dia-a-dia né? Tem história engraçada, história de amor, história de suspense.
E hoje eu tava super sem paciência de postar algo. Ia até escrever um capítulo do Diário de Patrícia, mas tava tão sem paciência...


Pois bem, estava eu lá, jogando o meu Colheita Feliz do Orkut, e vendi o burro que eu estava alimentando há um tempão. Só que na hora de vender o burro, ele vira um monte de carne. Sério, o desenho do burro vendido é um monte de carne vermelha. Quem já vendeu um burro no Colheita Feliz sabe do que estou falando. E foi essa carne de burro que me fez lembrar uma história que aconteceu comigo seis anos atrás.

Aos onze anos, quando eu estava na quinta série, em 2004, estudava pela manhã e voltava da escola de bicicleta.
Certo dia - mais precisamente uma segunda feira - eu cheguei da escola, tomei banho e fui almoçar. Mamãe tinha feito ensopado de carne com batata, lembro nitidamente.
Estava eu lá, toda feliz, matando minha fome que equivalia a de uns quarenta mendigos, quando papai, da sala, grita pra mim e mamãe, que estávamos na cozinha. "Luciana - esse é o nome de mamãe - olha o que eu achei no jornal!"
Nisso, papai entra na cozinha com o jornal do dia nas mãos. "Carne de jegue traz lucros a produtores cearenses" * , foi o que papai disse enquanto lia a manchete.


"Marcos - esse é o nome de papai - você só pode estar brincando! Não é possível!"
"Ah, não?", papai desafiou mamãe e passou o jornal pra ela. Quando mamãe pegou o jornal eu vi a foto de um jegue, burro, jumento, ou sei lá o que era aquilo. Imediatamente eu cuspi a carne que estava na minha boca.
Mamãe ficou lendo em voz alta a matéria sobre carne de jegue. Dizia que produtores do Ceará estavam criando jegues para vender a carne para o exterior, onde eles eram consumidos como comida exótica.
Eu fiquei horrorizada. Peguei o jornal de mamãe e eu mesma li a matéria. Depois, larguei a comida, escovei os dentes umas quinhentas vezes e enchi a boca de Listerine.
Chocada como eu estava, não aguentava mais ver carne vermelha. Eu lembrava do jegue. Sei lá, comer carne de jegue parecia tão...nojento! Anunciei aos meus pais que eu não ia mais comer carne vermelha. Só frango e peixe a partir de agora.
No dia seguinte, eu estava almoçando frango grelhado. Mamãe vira pra mim e fala: "Não sei que bobeira é essa. Esse frango poderia ser carne de pombo. Ou um daqueles patos imundos do Campo de São Bento**"


Claro que eu cuspi o frango, escovei os dentes e usei listerine depois disso. " Vou comer só peixe", eu anunciei ao voltar a cozinha. Mamãe rebateu: "Quero ver se for na verdade carne de tubarão***"
Eu fiquei então sem comer nenhum tipo de carne durante a semana. Nem ovo. Porque minha mãe tinha mania de falar que ovo era "feto" só pra me irritar.
E como eu não aguentava comer só arroz, feijão e salada, acabava almoçando biscoito. Mas no sábado, depois de tanta fome de comida de verdade, não aguentei e caí de boca na carne assada. Nem lembrei do jegue do jornal.
E é assim que até hoje eu como carne.

Legenda:


*"Carne de jegue traz lucros a produtores cearenses"  - não lembro se foi exatamente essa a manchete, mas era algo parecido. E não, eu não lembro o jornal. Pode ter sido O Fluminense(jornal de Niterói) - mas eu acho que não foi esse, não é o tipo de matéria que O Fluminense publica - , O Globo, ou Extra.

**Campo de São Bento - é um parque localizado em Icaraí, zona sul de Niterói. Mesmo sendo cortado por um valão, tendo muitos pombos e patos de péssimo aspecto, é um lugar amado pelos niteroienses. Afinal, lá tem parquinhos para as crianças, carrinho bate-bate(eu amava aquilo - acho que ainda amo), uma feirinha de artesanato com produtos superfaturados(mas que todo mundo acha lindo), chafariz grandão e muitas árvores, o que torna o ambiente ideal para velhinhos e velhinhas aposentados e pensionistas do INSS (kkk) fazerem suas caminhadas.
Foto de lago do Campo de São Bento:


Foto das aves nojentas que existem lá:


Importante: essas fotos do Campo de São Bento e de outros pontos de Niterói estão disponíveis nesse blog que achei: http://fotosdeamorim.blogspot.com/. Visitem e conheçam minha cidade!


***Tubarão - eu sei que tubarão é peixe, antes que algum engraçadinho diga isso. E sei que muita gente come tubarão. Mas eu acho estranho e nojento porque ele tem cartilagem, que nem nossa orelha.



beijinhos!!!

p.s.1: Sim, eu faço marketing da cidade em que nasci, estudo e não moro. Amo Niterói e nada vai impedir esse amor. 


p.s.2 : Minhas histórias se passam em Niterói  pelo motivo acima. O Diário de Patrícia se passa em Maricá, mas é porque é município vizinho.


p.s. 3: aproveitando que eu tô falando de Niterói, vocês podem procurar por ele na wikipédia. Alguém foi lá e digitou que a minha escola(Colégio Pedro II - UNED Niterói) é a melhor escola pública da região, o que é a verdade. É a única escola secundária federal do município. Bem, de qualquer forma, pra quem puder ver: http://pt.wikipedia.org/wiki/Niterói . Niterói é uma cidade linda que encanta a todos.


p.s.4 : sei que desviei completamente o foco do post.

7 de janeiro de 2010

Indignação

Sim, meus caríssimos leitores, tem que ser muito forte pra suportar. Não vou dizer que não aguento mais, porque seria um baita exagero, considerando que apesar de tudo continuo aqui digitando isso.

Mas a cada dia que se passa tenho certeza que estou passando por uma prova de resistência. Com certeza. dizem que Deus só nos dá a cruz que a gente pode carregar. Então eu devo ter costas bem resistentes, mesmo sendo uma pessoa que não faz nenhuma atividade física que não seja ficar horas em frente ao PC ou lendo na minha casa.

O caso é que, como estou cansada de falar, já reeditei o Missão na Terra - romance em que estou trabalhando há quase um ano - tipo, trocentas vezes. Tá, sinceramente, eu acho que já reeditei umas oito vezes. Umas 100 páginas. Em fonte Arial Narrow 10. Com espaçamento 1,0. E margens 1,5 x 1,5.
Percebeu que é coisa pra caramba, né?

Pois deixe-me explicar tudo o que já passei pelo Missão na Terra. A princípio comecei a todo vapor. Mas eu estudo numa instituição federal de ensino, o Colégio Pedro II. Eu pego quatro ônibus por dia. Engarrafamento horrendo numa das mais complicadas avenidas de Niterói, a Alameda São Boaventura, em pé num ônibus lotado com uma mochila de seis quilos nas costas. Em plena hora do rush.
Tenho trabalhos horrendos e provas assassinas. É natural que eu fique cansada.

Nisso, quando depois de muito esforço, já estou lá pela página 60, um vírus do mal atinge meu computador. E eu perco tudo. Isso mesmo, tudinho. Porque, criatura burra que eu sou, não salvei num pen drive.

A sorte é que eu tinha mandado ele por e-mail pra Isa e ficou salvo. Mas pra Isa eu só tinha mandado as primeiras 30 páginas. Metade do trabalho foi perdido.

Continuei com muito esforço a escrevê-lo. E dessa vez, a salvar no meu MP4. eu sempre mandava uma cópiazinha do meu e-mail do yahoo para o do hotmail de vez em quando. E a salvar uma cópia no computador. Nisso fui até a página 84.

Daí em diante, fiz umas cinco revisões. Pra mim nunca tava bom o suficiente. E todas as revisões eu estava salvando no MP4 direto. Depois da última revisão, continuei escrevendo até a página 130. Mais umas quinze páginas e eu acabava a história. Mas aí, num dia com pressa, saí do PC sem selecionar "Remover hardware com segurança". E perdi tudo. Absolutamente TUDO!!!!!!

Custei a criar coragem pra pegar de novo no livro. Tanto trabalho jogado fora. Agora nas férias fui lá, como promessa de 2010. Como contei a vocês em outro post, reeditei tudo pela última vez. E anteontem, escrevi mais seis páginas, um capítulo que eu, particularmente, amei. Redividi os capítulos. Fiz um símbolo de estrelinha rosa no começo de cada capítulo.

Como eu não suporto mais olhar na cara do meu MP4, salvei uma cópia no PC. Mandei uma cópia do meu yahoo para o meu hotmail. E outra do meu hotmail para o meu yahho. Pensei: "agora tá salvo"

E há meia hora, quando eu fui abrir meu livrinho para escrever mais, ele estava como antes, com as 84 páginas. Sabe a revisão toda? Sabe o capítulo fofo? Sabe as estrelinhas rosas e a redistribuição de capítulos? Sumiu. sumiu mesmo.
EU NÃO SEI COMO.

Pelo amor de Deus, se eu mandei por e-mail, devia estar do jeito que eu mandei, certo?
Fui abrir o que eu mandei do hotmail. Fui abrir o que eu mandei do yahoo. E tudo o que eu havia feito sumiu. E EU ME LEMBRO NITIDAMENTE DE SALVAR.

Eu nunca acreditei em diabo nem inferno. Mas a coisa tá sinistra. Nessas horas dá uma vontadezinha bem louca de desistir de tudo, entende? De pegar essa droga desse computador e jogar pela janela.(obs.: eu moro  no quinto andar, seria perca total).

E por isso, ao invés de reeditar tudo, eu vim simplesmente postar aqui. Porque se eu falar pra alguém, ninguém vai acreditar. quero dizer, que louco acreditaria em algo tão SOBRENATURAL?

E para piorar, eu o Minha Fazenda do orkut não abre desde o dia 29 de dezembro. E eu, que estava mais avançada em relação aos meus vizinhos, com certeza perdi meu posto. E encontro a minha Colheita Feliz toda desfalcada porque vivem me roubando. E eu não roubo ninguém, poxa!!! e eu senti meu short jeans mais apertado hoje (eu não posso ter engordado, meu manequim já é 42 =/)!!!!

Deus, minhas costas não são de aço!!!!!!! A cruz tá pesada, Pai. Prova disso, é que as minhas costas estão doendo agora. tá, talvez seja porque eu tô há duas horas no computador. Mas tanto faz.

Vou tomar um chá de hortelã com bastante adoçante. Preciso me acalmar.

P.S.: será que é um sinal divino pra eu não escrever esse livro? Meu Deus, me mande um sinal!!!
(vai ver ele já tá mandando, eu que naum percebi)

O Futuro da humanidade - Augusto Cury

Heaven people (será que é assim que se diz gente do céu em inglês?),

Como eu saio lendo um bilhão de resenhas de livros e filmes pelos blogs da vida, tô tentando fazer umas resenhas aqui. É óbvio que eu não sou muito boa nisso, mas... vamos a tentativa, ok? Afinal, formalidade e Luma simplesmente não combina.



O Futuro da Humanidade - Augusto Cury

Finalmente decidi ler um livro do "queridinho da hora", como eu li uma menina falando num outro blog. Claro que o cara ser psiquiatra e escritor - tipo, o que eu quero ser - ajudou muito na minha escolha.
Eu estava na livraria lendo um bilhão de sinopses pra decidir qual livro que eu ia trocar pelo vale-presente que eu tinha ganhado de aniversário. Pão dura que sou, claro que eu trocaria o vale de 40,00 por dois livros. Mesmo que a minha vontade de comprar "Desculpe se te chamo amor" fosse gritante. Mas "Desculpe se te chamo amor" estava 39,90. Óbvio procurei livros mais baratos, com o objetivo de levar dois.
E foi nessa que eu vi os livrinhos do Augusto Cury. E como eu odeio ficar por fora dos assuntos, fui lá escolher um. Ia até comprar "O vendedor de sonhos", mas aí eu lembrei que Carol tinha, e era melhor eu pedir emprestado a ela e comprar algum que ninguém mais tinha.
E logo acima do título de "O Futuro da Humanidade", estava escrito O primeiro romance de O Vendedor de Sonhos.
Eu, que gosto de começar tudo pelo começo - tipo, ler primeiro o primeiro livro do cara - , peguei esse e decidi por levá-lo. E posso afirmar agora: é muito bom.
A história começa quando Marco Polo, um jovem estudante de medicina que sonha em ser psiquiatra - sentiu a semelhança entre ele e eu?kkk - começa a se perguntar sobre questões mais humanas. Por exemplo, por que em uma sala de aula de anatomia, os alunos não têm o direito de saber de quem eram aqueles corpos que examinam?
Marco Polo é um jovem questionador que critica tudo - é, que nem a Luminha aqui, rs. Em sua busca por um mundo melhor, ele conhece Falcão, um mendigo filósofo.
Eu, como odeio filosofia, não suportei essa parte. Confesso que quando Marco Polo e Falcão ficavam discutindo filosofia, eu largava o livro e pegava um chick-lit de Meg Cabot pra levantar o astral.
Mas depois de umas primeiras 100 páginas que eu achei muito chatas e levei quase um mês pra encarar, o livro ganha 150 páginas extraordinárias.
Eu amei mesmo. Até porque fala muito sobre psiquiatria, psicologia, neurociência... Ai, ai.
Bem, de qualquer forma é um livro muito bom de se ler, sem dúvida.

5 de janeiro de 2010

Diário de Patrícia - I

Gente, comecei a escrever o meu conto de janeiro, O Diário de Patrícia.

Patrícia é meio doidinha, que nem eu. fala uns 500 "tipos" por dia. Mas ela também é legal. Acho que dá pra gostar dela.

Aí vai a primeira parte:


“Diário de Patrícia Gomes de Souza, nascida em Maricá-RJ”


Segunda feira, 20 de abril.


É, acho que tá bom pra identificação do meu diário. Porque, tipo assim, deve existir zilhões de Patrícias Gomes de Souza. Mas aqui em Maricá e tendo 15 anos eu acho que só tem eu. Eu acho.


Antes de tudo, quero esclarecer a minha vontade repentina de escrever um diário. Não é porque eu li O Diário da Princesa semana passada. Eu nem tava a fim de ler. Cecília que ficou me chateando: “Lê, lê, lê logo.” Bem, a Cecília é, tipo, a minha amiga da escola. Acho que a gente tem potencial de ser melhor amiga um dia. Mas o lance é que, tipo, a gente só se conhece há pouco mais de um mês então não dá pra avaliar direito. Pelo menos eu acho.


O que me leva a escrever aqui é que Cecília está me chateando pra ler O Diário de Anne Frank. Eu fico pensando por que as pessoas adoram publicar livros de diários. Porque eu não sei se a Anne Frank ia gostar muito que publicassem o diário dela. Mas foi só ela morrer que fizeram isso. Cecília me disse que assim que ela terminar de ler O Diário de Anne Frank vai me emprestar. Eu estou achando que alguém precisa dar um toque nela. Não é porque ela lê pra caramba que todo mundo é assim. Eu, por exemplo, prefiro pegar um filme na locadora e devorar uma pipoca de microondas. Quando Cecília vai entender que ver um filme com pipoca de microondas é melhor que ler um livro? Fala sério.


Bem, mas como eu ainda não esclareci, vou esclarecer agora. É que eu quero ser famosa um dia. E como eu não nasci pra cantar, não posso ser modelo – eu sou baixinha –, e não tenho nenhum talento especial, eu posso escrever um diário. Quero dizer, se alienígenas invadirem a terra e me matarem, eles vão poder achar meu diário e ele vai ser um sucesso literário. Que nem O Diário de Anne Frank. E aí eu vou ser famosa. Pena que eu já vou estar morta. Mas tudo bem.


Ai, droga, Cris já tá me chamando. Peraí que eu já volto.


Pronto, voltei. Cris queria perguntar que tipo de pizza eu queria pedir. Na boa, a minha madrasta não é normal. Onde já se viu pedir uma pizza em plena segunda-feira? Uma pessoa normal pediria na sexta, no sábado ou no domingo. Também, que pessoa normal casaria com o meu pai? Só uma doida feito a Cris mesmo. Ou a mamãe.


Mas mamãe era realmente, realmente meio maluquinha. Ela me dizia que o maior objetivo que alguém pode ter na vida é ser famosa. Mamãe queria ser igual a Madonna. Pobre mamãe. O mais famosa que ela conseguiu ser foi quando conseguiu ser presidente do grêmio estudantil no segundo grau. Não que ela tivesse espírito de liderança. Era porque ela queria chamar a atenção do tio Mauro, irmão de papai, que estudava com ela. E até que mamãe se saiu bem. Porque ela ficou amiga de tio Mauro e antes que ela conseguisse ficar com ele, ela conheceu papai, que é irmão mais velho de tio Mauro, e se apaixonou por ele. E casou com ele. Detalhe: minha mãe só tinha dezessete anos.


Depois que mamãe morreu, eu fiquei pensando onde papai ia arrumar outra pessoa doida o suficiente pra ficar com ele. E ele conheceu Cris. Adivinha como? Cris era amiga de tio Mauro. Sim, meu caro, qualquer semelhança não é mera coincidência. Porque só o tio Mauro pra conhecer tanta gente doida. Bem, pra você ter idéia, Cris é formada em publicidade e recursos humanos mas dá aulas de música. Como eu disse, Cris não é normal. Porque você fazer duas faculdades e não usá-las pra nada definitivamente não é coisa de gente normal.


Quero dizer, olhe papai. Depois de se formar em administração e trabalhar numa grande empresa por quase dez anos, ele pede demissão e compra um táxi. Porque ele não agüenta mais receber ordens de um patrão chato.


Como eu posso ter saído normal filha de um pai desses e de uma mãe doida? E ainda, pra completar, papai casa de novo com outra mulher tão doida – ou mais – que mamãe.


Agora mais um doido ou doida tá vindo por aí. É que Cris tá grávida. Deus queira que essa criança venha normal, tipo, eu.


Ótimo, fiquei tanto me explicando que nem contei meu dia. Mas eu to muito cansada, acabei de chegar em casa.  Amanhã eu conto sobre o meu dia, porque, tipo assim, um dia a mais e outro a menos não faz muita diferença. Pelo menos eu acho.

4 de janeiro de 2010

Estou no caminho certo, sinto isso!!

Bem, como o meu emprego de verão está sendo ser blogueira, um serviço completamente sem remuneração, mas bastante divertido, uma força maior - talvez espíritos, talvez minha mente ou um ET que se apossou do meu ser, vai saber - fez com que eu postasse aqui hoje. De novo. 


Mas o que mais me faz feliz em postar aqui hoje é que estou conseguindo cumprir algumas metas de 2010, pelo menos eu acho. Terminar de revisar, e pela última vez - prometo! - o que já escrevi até agora em Missão da Terra, meu livrinho do coração. É muito emocionante para mim vê-lo se desenvolvendo. 
Ele surgiu de uma idéia maluca que tive enquanto andava de ônibus pelas ruas da cidade, a caminho da escola, mais precisamente às 05:50 da manhã, e foi crescendo.
Sim, me sinto como uma mãe e seu filhinho.


Para quem não sabe, a história é sobre a Lívia - uma menina neurótica de 17 anos como eu, kkk -, filha de uma conselheira pedagógica e um professor de matemática. Lívia também é a filha do meio. Sua irmã mais velha, Gabriela, de 18,é sua melhor amiga - é, livro é ficcção, óbvio - e sonha em ser jornalista. E sua irmã mais nova, Patrícia, tem 10. Patrícia é aquele tipo de garotinha super esperta que a gente nunca sabe o que está pensando, o que vive encucando a Lívia.
Lívia é perdidamente louca, desde tipo, SEMPRE, pelo seu melhor amigo, loiro, lindo, carinhoso, inteligente e meio maluco e misterioso de vez em quando também, o Téo.
Bem, Lívia e Téo são tipo uns gêmeos siameses. Desde pequenos, vivem grudados.
A história se passa na cidade que eu mais amo no mundo. Sim meus caros, a belíssima Niterói. Onde eu nasci, estudo e não moro = (
Na história, acontece de tudo. Brigas, confusões, tragédias, muita gente neurótica, situações engraçadas. Tem horas, que eu acho que qualquer um vai se identificar com a Lívia e as confusões em que ela se mete.


Porque mesmo sendo louca pelo Téo, a Lívia sonha em casar com um príncipe europeu e ser a nova Princesa Diana.


Louca ela, não??


Por isso o "Missão na terra " é o meu xodó. Assim que acabar de escrever nele vou postar o primeiro capítulo aqui. Mas só o primeiro, porque senão, como que eu vou vender ele após ser publicado?
(Isso, vai sonhando Luma..)


kkkkkk, de qualquer forma, mil beijos = *********( x milhões)


P.S.: Gente, hoje eu não tomei Coca-Cola. tomei um refrigereco - lembram da antiga propaganda da Coca? rs - , o Flexa, que é produzido na minha cidade e veio junto com  pizza que papai pediu ontem à noite.
Viu? Tô chegando nas metas. Ah, e me inscrevi num concurso público. É, meus caros, promessa de Luma SEMPRE é cumprida! Há!

3 de janeiro de 2010

Confissões

Vamos lá, acho que eu preciso confessar meus pecados de início de ano.

O primeiro deles é: eu bebi Coca-cola ontem. Quero dizer, tipo, uns quatro copos de Coca ao longo do dia. Mas eu acho que não é tão sério, porque eu tava num churrasco e lá só tinha Coca-cola e Guaraná Antarctica. É, era pra eu ter bebido guaraná, porque aí eu poderia gerar mais empregos na Amazônia, que faz parte do meu país. Talvez um carinha que colhe guaraná lá no Acre, tava precisando de dinheiro pra sustentar seus nove filhos e eu não ajudei ele porque bebi Coca. Tô me sentindo um monstro depois de analisar isso.

Não escrevi nada no Missão na Terra esse ano ainda. Acho que terminando de postar aqui e de visitar uns 500 blogs eu vou lá. Afinal, a história já tá pronta e eu já passei da metade. É só terminar de revisar o que já escrevi(e espero que pela última vez), e escrever mais umas 40 páginas.

Estava pensando em idéias para a formatura. Como já tem a Colação de Grau e tudo mais, talvez a gente nem precise da Formatura em si. Será que tem como a gente deixar a Colação de Grau mais chique um pouco? Aí o dinheiro da Formatura vai pra viagem. Ontem falei com algumas meninas da escola e tivemos muita idéia boa pra arrecadar fundos. Afinal, em 2010, nós que vamos tomar conta de todos os eventos da escola. E a viagem, pensei em algum lugar mais perto. Acho muito chato se no fim das contas a gente for pra Porto Seguro. Todo mundo vai pra lá! E eu com essa minha mania de ser diferente não acho muito interessante. Acho que se a gente viajar pra um lugar mais perto é melhor, porque sai mais barato, mais gente vai poder ir, e quem sabe, a gente faz uma viagem que dura mais. Nisso, veio a idéia de Guarapari, no Espírito Santo( não adianta, agora não lembro quem lembrou de lá, só sei que não fui eu). Legal.
Tipo, quem fala do Espírito Santo? Nem no telejornal eles falam. Parece um lugar esquecido. Até a Ilha de Marajó - que é uma ilha - tem mais atenção.Meu, acho que o Espírito Santo nem sotaque tem!
Claro, que deve ter, mas a mídia não divulga pra gente. Sacanagem isso.
Acho que vai ser muito mais legal e diferente passar a viagem de formatura no Espírito Santo que na Bahia.

Agora eu estou aqui pra pedir desculpas mesmo. Eu não queria escrever isso aqui no blog, porque qualquer ser humano da Terra pode ver isso, mas como o problema é entre eu e todo o estado do Rio, eu acho que preciso pedir desculpas formais.
E deixar bem claro que eu não acredito em superstições. Não uso roupa branca no Ano Novo, e nem me importo de passar por baixo de uma escada.
Eu já tava há mais ou menos uns dois meses, precisando dar uma arrumação no meu quarto. É óbvio que considerando que eu divido meu lindo quartinho com meu irmão, ele deveria me ajudar. Mas ele é um preguiçoso e vivemos num mundo machista em relação a quem arruma o quarto.
Limpei todos os cantos - até atrás do guarda-roupa - mudei os móveis de lugar, ajeitei as cortinas cor-de-rosa(se meu irmão não quer me ajudar, dane-se, eu ponho cortinas cor-de-rosa), reorganizei todos os livros. Montei e desmontei o PC.
Mamãe chegou do trabalho e quase teve um ataque.Ela virou e disse pra mim: "Luma, arrumando o quarto? Vai chover!" Acho que é porque eu não fazia isso desde, tipo assim, NUNCA! Não pense que eu sou desorganizada. É só que a minha mãe parece que tem TOC. Meu quarto é até um tanto organizado. Tá sempre varrido, sem poeira nos móveis, com a cama arrumada. Só a mesinha do computador que está sempre cheia de livros, estojo, cardeninhos, etc.
Lá pras seis horas da tarde começou a relampejar e ter um monte de trovões. E veio uma chuva torrencial. Mesmo fechando todas as janelas do apartamento, ainda entrava água, pelos espacinhos entre a parede e a janela. (não pense que moro num fim de mundo - mas é que tava chuvendo muito mesmo). À noite, a chuva foi parando. Isso foi no dia 29 de dezembro.
No dia 30, eu acordei e mantive meu quarto organizado. E à noite, choveu de novo. Dessa vez, mais fraco, só que por mais tempo. É claro que eu não caí na pilha da minha mãe, achava que isso era normal, porque estamos no verão e aqui tá fazendo um calor surreal.
No dia 31 de manhã eu ligo a tv e vejo as notícias. Gente, o lance foi sério.
Na baixada fluminense - tá, isso é meio longe daqui - um monte de gente ficou desabrigada. Gente morreu. Isso é MUITO sério.
Depois eu soube, no telefone com Isa, que até Niterói - a cidade mais perfeita e que eu mais amo no mundo(se não fosse o calor de verão), a MINHA CIDADE - foi atingida. Deslizamentos - o google chrome tá dizendo que essa palavra tá errada, com essa ondinha vermelha embaixo, mas dane-se porque vai ficar assim mesmo - de terra, acabaram com a casa da prima dela. O menos pior é que todo mundo tá bem, graças a Deus!
Claro que eu fiquei nervosa. E mais desesperada ainda quando no dia 1º de janeiro, acordo e fico sabendo do que aconteceu em Angra dos Reis.
Na terça, dia 29, enquanto arrumava meu quarto, eu tava pensando: "Se eu tivesse grana agora tava numa daquelas ilhas de Angra e não arrumando meu quarto."
Óbvio que eu fiquei chocada. Eu continuo não acreditando em superstições mas eu ter arrumado a casa e depois ver o que aconteceu com aquelas pessoas me traz um sentimento meio estranho. Não estou me sentindo culpada nem nada (eu sou um monstro, né?), mas muito triste. Sei lá, só sei dizer que é estranho.

De qualquer forma, estou aqui há umas meia-hora, tempo que eu já teria escrito muita coisa no Missão na Terra. E claro, que eu poderia começar a escrever o conto de alguns capítulos que quero postar aqui em janeiro. E que eu poderia estudar pro vestibular.

Beijos, pessoinhas!!!
= ***

1 de janeiro de 2010

O que eu tô correndo atrás. - só querer não basta!

Bem, como eu já disse antes, esse lance de blog é a uma mega terapia. Acho que até o meu diário de verdade já tá com ciúmes, coitado.

Mas, pela primeira vez nesses 17 anos, estou cheia de planos, há! E sabe o que é bom? É que eu sou uma pessoa tão chata e persistente, que eu sei que vou até o fim!!
Então, olha só: motivos para o ano 2010 ser especial:

- Eu vou fazer 18 anos em novembro!

- Logo vou poder doar sangue e me cadastrar como doadora de medula. Isso é muito importante. Quando as pessoas aprenderem que se ajudar é importante, as coisas vão melhorar. Não adianta desejar só um ano maravilhoso pra no fim das contas continuar sendo egoísta.

- Quero ver se dá pra entrar na auto-escola já em dezembro(pesquisar sobre isso e juntar grana no meu porquinho de barro)

- Me preparar porque no próximo Reveilón, com 18 anos, eu não vou ficar com a minha família parada. MESMO.

- Meu Deus, eu estou no último ano. Queria ter mais tempo de escola. A energia daquele lugar é maravilhosa. Se eu pudesse morava lá.

- Vou tirar título de eleitor. - é, tô ficando adulta, kkkk

Coisas que eu PRECISO fazer:

- Eu ia prometer falar menos. Mas como vai ser meu último ano na escola, eu acho que tenho que aproveitar ao máximo. Dane-se quem me acha insuportável.

- Isso vai ser verdade: tomar menos Coca-Cola zero. Eu preciso entender que aquilo é uma bomba de sódio que pode me matar. Se for pra me entupir de refrigerante, que seja Mineirinho, que é produzido na minha cidade.

- Dar um jeito sobre a minha profissão. Porque eu quero ser psiquiatra e trabalhar em hospício. E é claro que meus pais não concordam. Papai quer que eu seja uma cardiologista, ortopedista, essas coisas. E mamãe quer que eu passe num concurso público e faça algum curso que eu só precise frequentar à noite. A droga é que, se eu fizer vestibular pra medicina é bem, mas bem provável que eu não passe. E eu perderia mais um ano de cursinho, gastando dinheiro e atrasando em mais um ano a minha formação. Tipo, eu só ia conseguir ser neurologista ou psiquiatra lá pelos 30 anos. Ó vida cruel. Mas tem psicologia. E tipo, eu amo psicologia. Imagina trabalhar como psicóloga de presídio? Deve ser MUITO interessante. Porém, papai não quer que eu faça psicologia de jeito nenhum. E como é ele que vai me sustentar durante o curso(porque tudo isso é em horário integral, :\), preciso dar um jeito. Afinal, acho que se eu estudasse muito, eu poderia passar pra Psicologia esse ano. E com 23 anos eu já estaria formada. Teria tempo de casar, comprar um sítio e ter seis filhinhos: Ianaê, Artur, Bernardo, Mariane, Henrique e Melissa/Jane/Juliane(tô decidindo). Se eu fizer Medicina não vai dar mesmo!
A droga é que as específicas são diferentes, nem dá pra deixar Psicologia na segunda opção. Que M!

- Preciso juntar dinheiro e passar pra final da 2ª ONHB. eu quero ir pra Campinas de novo. Por quê? entenda: Em Campinas juntaram 26 adolescentes de 15 a 17 anos em uma casa, com um disk pizza, um cozinha e material pra brigadeiro. Isso sim é felicidade!

- Preciso comprar livros. Essa coisa de fazer um monte de download ilegal é uma baita sacanagem. Se existisse um Fnac aqui por perto, eu não passaria por isso. Mas só tem Fnac na Barra da Tijuca- foi o que me disseram - e, tipo, É MUITO LONGE DAQUI!!

- Terminar logo de escrever o meu livro, o Missão na Terra. eu já tô quase no final, mas fico voltando e revisando tudo, porque sempre acho que tá ruim. como que a Meg Cabot consegue escrever livros tão bons em tão pouco tempo? Ah, vai ver ela não é que nem eu, que volta e revisa tudo. Pode ser.

- Jogar na Quina. O jogo é só R$0,50 e tem sorteio todo dia. Eu faço uma combinação de cinco números e jogo a mesma todo dia. Uma hora vai ter que sair essa combinação. Afinal, serão 6 jogos por semana em 52 semanas. Pelo menos quatro pontos uma hora eu vou ter que fazer, fala sério.

- Me dedicar ao blog. Pelo menos isso eu escrevi grandão na minha agenda nova.

- Ih, é, a minha agenda. Como é a primeira vez que compro agenda pra organizar a minha vida, tenho que me dedicar a ela. Claro que meu terapeuta principal vai ser o meu diário, que fica escondido e protegido de tudo e de todos. Mas na agenda eu preciso anotar meus compromissos e trabalhos de escola pra não esquecer mais nada!

- Independente da próxima série que o SBT vai usar pra substituir Sobrenatural eu vou assistir. Eu preciso assistir algo além de E24 e A Grande Família agora que Toma lá dá Cá acabou. Antes eu ainda tinha o Linha Direta. Já que com certeza não vai ser em 2010 que vou ganhar uma tv por assinatura.

- Passar as minhas fitas VHS que estão trancadas no quartinho da bagunça - que na verdade é um quarto de empregada, mas pobre não tem empregada - para DVD. Eu quero ver se eu era uma criança inteligente feito a Maísa ou uma criança burra. Isso é importante.

- Imprimir e fazer todos os vestibulares antigos que eu baixei do site da Uerj. Procurar os vestibulares antigos da UFF e da UFRJ. Ou eu não vou passar nem pra Música com Otoboé(é assim que se escreve?)

- Participar de todas as promoções e concursos. Um dia eu vou ter que conseguir alguma coisa.

- Prestar qualquer concurso público. Vai que eu descolo um emprego pra 2011? Se o salário for bom, tchau temporário a univerdade.

- Ver como vai ficar minha relação com o Twitter. Até agora não vi nada de interessante nesse lugar que nos restringe a 140 caracteres. Quem leu o post até aqui já sabe o porquê.

- Tirar fotos e fazer um álbum bem lindo escrito 2010.

- Entrar pra comissão de formatura da escola e levar idéias boas
(preciso pensar MUITO)

- Visitar o Racionalismo Cristão. Sou doida pra saber como é.

- Escrever mais no Recanto das Letras.

- Fazer posts menores no blog. Algo me diz que vai ser o mais difícil.

= ********

31 de janeiro de 2010

Longe de casa, há quase uma semana, milhaas e milhas distantes, do meu computador...

Pois é, estou de volta em casa..
Estou na cadeira da mesa de jantar que eu ponho em frente ao PC com o meu ventiladorzinho FAET de 30cm que qualquer um pode comprar por 49,90 ligado em minha direção.
Isso sim é que é vida, meus caros! Eu estava MORRENDO DE SAUDADES da minha rotina chata..
Descobri que a amo, acreditam?

E é outra coisa usar o seu próprio PC, na comodidade do seu quarto. Lá em Cachoeiras de Macacu precisei recorrer a uma Lan House cheia de garotinhos de oito que xingavam muito e tinham um péssimo comportamento. Lá o mouse e o teclado, que não eram nada parecidos com o meu, me irritavam. Agora estou nas minhas coisinhas antigas e amadas. Obrigada, Senhor!!

Pois bem, olhem as lições que eu aprendi:

- Antes de sair de casa, pense duas vezes. Sério, lá vai ter alguém pra conversar com você? O que você vai aproveitar disso tudo? Você teria algo melhor pra fazer? Mesmo as minhas respostas sendo negativas, eu fui. Na boa, viagem boa igual a minha só a da Jei.

- Mesmo se você for na esquina, leve um biquíni na bolsa. Sério mesmo. Por exemplo, eu tinha planejado uma micro-viagem, que na verdade era um passeio, de 24 horas. Ir na quarta e voltar na quinta de manhã. Só voltei hoje. Estava tendo que correr lavar as roupas pra reutilizá-las, coisa de doido. A ausência de um biquíni fez com que eu não tomasse banho de piscina. Nem na quinta feira, numa piscina olímpica do condomínio. Nem na piscina natural que a gente foi na sexta feira. Ontem eu não aguentei e peguei o maiô da minha tia emprestado pra tomar banho de piscina. Agora estou com a minha barriga branca (super sexy, não?)

- Use repelente. Sempre. Na sexta um monte de mosquitos me atacaram lá perto da piscina natural. Estou falando sério. E pior, lá os mosquitos são organizados! Pontualmente às cinco horas eles começam a atacar. Antes das cinco, nem sinal deles. Eu sei que de 17:00 às 17:40, eu fui mordida (nossa, como se mosquitos fossem mutantes e tivessem dentes, kkk), bem, fui picada, 20 vezes. Juro. Ontem eu contei e descobri 20 picadas só nas canelas. Pior foi Tia Giovana, que foi picada 62 vezes. Eu contei as picadas das pernas dela também. O que salvou minha honra foi que eu matei pelo menos uns 20 mosquitos. Todos eles, muito gordinhos, cheios de sangue.

- Onde tem mais mato, sempre é menos quente. Por exemplo, aqui em São Gonçalo, onde eu moro, uma cidade de um milhão de habitantes e com pouquíssimo verde, eu sinto a temperatura chegar a uns 50ºC, sem exageros. Lá eu senti só uns 35ºC.

Ah, mas teve seu lado positivo também. Visitei a tia Vladir, que é tia de mamãe. Ah, e conheci o namorado dela também. Você deve estar pensando: po, essa mulher não é meio velha pra ter um namorado? Mas digo que não. Tia Vladir ficou viúva há alguns anos, (uns cinco ou seis, eu acho), e há uns dois anos (eu acho, não tenho certeza), voltou a namorar o cara que foi o primeiro namorado dela. Eles namoraram em 1957. O amor não é lindo?

Também comi pizza, tomei Coca-Cola(não me culpem, lá não tinha Mineirinho). Tomei banho de piscina ontem. E conheci meus primos que eu não conhecia. a Jhulia, de cinco anos e o Carlos Henrique, de dois. Bem, eles são filhos da meia irmã de mamãe, Giuliana. Não adianta, não consigo chamar ela de tia. Nem o outro meio-irmão da minha tia, o Giuliano. Pra mim eles são como primos, sei lá. Acho que é porque eles são mais novos e talz.

Nossa, e vocês não vão acreditar, mas eu vi um cara muito igual ao Kaká na rua. Sério. Ele poderia até trabalhar como sósia dele. Nessa hora lembrei de Vivi e Bárbara.

Bem, eu tenho que terminar de ler Popcorn e as fanfics que eu acompanho na net, já que hoje eu passei a tarde vendo filme com Letícia e Thaís.

Bem, não consegui terminar o Missão na Terra. Mas vocÊs não vão acreditar, mas eu achei a última revisão que eu tinha feito em uma pasta abandonada do meu PC. Tô super feliz.

Beeijos =D

P.S.: e ainda por cima perdi dois capítulos de Gossip Girl, de quarta (porque eu estava na casa da Tia Vladir), e na sexta (porque estava postando aqui naquela lan house clandestina)

29 de janeiro de 2010

Pequena viagem improvisada


Oi gente!!!
Adivinham o que eu estou fazendo?
Estou em uma lan house de cinco computadores numa cidade de 90 mil habitantes e a 100 km da capital.
Estou em Cachoeiras de Macacu, cidade da minha mãe, hospedada na casa da minha tia. Lá não tem computador, mas eu sou a Super Luma e estou na pequena lan que tem perto da casa dela. Pra vcs verem como eu gosto de vocês: são nove da noite e eu poderia estar vagabundando pelo orkut ou assistindo Gossip Girl(é, eu estou assistindo – para quem viu Rebelde: o Dan não parece com o Miguel? Eu acho!), mas não: estou aqui, porque eu amo vocês!

A Carol de Uberlândia me mandou um scrap avisando que não tava conseguindo comentar e talz.. Bem, tentei mudar algumas configurações... Se vocês não conseguirem comentar, mandem um e-mail pra mim (luma_beatryz@yahoo.com.br), avisando que não estão conseguindo, ok? Ou um scrap pro orkut, como a Carol, é só clicar na imagem "orkut" ao lado que vocÊ acha meu perfil, tá? Se quiser me adicionar, basta me explicar quem você é, que me conheceu no blog e tal, que eu aceito, viu?

Vamos lá, aqui, além de estar sem internet, minha cama, meu PC, minha geladeira, estou sem biquíni e sem poder tomar banho de rio, cachoeira e piscina. O que me resta? Ficar olhando meu irmão de 12 anos e minhas primas de 11 e 6 anos se divertirem e se refrescarem enquanto eu torro feito um frango de padaria embaixo da barraca. Hoje, enquanto estávamos numa piscina natural ( entendam , eles tomam banho e eu fico só olhando e tomando Pepsi - não me culpem, lá não vendia Mineirinho, o que é produzido na minha cidade), eu estava pensando que parecia o tal frango de padaria quando um cachorro surgiu do nada e ficou me olhando. Pronto, agora era um cão vira-lata olhando o frango de padaria. Chegou a dar vontade de cair na água de short e camiseta mesmo. Só pra salvar a honra, sabe como é. Mas tomei mais um gole da Pepsi, lembrei que tinha feito chapinha e passou.

Ah, deixem-me explicar como vim parar aqui.

Terça-feira a noite:
Eu e mamãe estávamos assistindo a um cara que foi mordido por um rato de esgoto numa enchente em E24(programa que eu amo), quando surgiu o assunto de vir pra cá, afinal a família de mamãe é daqui. A gente já tava planejando vir, mas aí tivemos o decreto que viríamos. O plano era vir pra cá na quarta de manhã e voltar na quinta de manhã. Preparei uma bolsa apenas com um short, uma camiseta, duas calcinhas, um top e um pijama. Mas como podem ver, estou aqui até agora, sexta à noite. Estou tendo que fazer revezamento de roupa, lavando, secando e usando. Uma doideira. Gente!

Ah, e estou me divertindo muito com as minhas primas também. Como duas irmãs, elas sempre discutem. Olha a conversa que nós tivemos às duas da manhã de quinta-feira:

Luma (eu, 17 anos): Tamires, vamos brincar de Bom Dia e Cia?

Tamires (prima caçula, 6 anos) : Vamos, vamos!
Obs.: ela é elétrica e quer ser famosa. E tem talento pra isso!

Tamires: Allow!

Luma: Alô!

Tamires: Quem fala?

Luma: Aqui é a Luma.

Tamires: Luma, quantos anos você tem?

Luma: Dezessete.

Lívia(prima mais velha, 11): Não pode, Luma. Só pode até 12.

Luma: Tá bom, Lívia. – me virei para Tamires – Eu tenho....8 anos!

Tamires: De onde vc fala?

Luma: De Cachoeiras de Macacu, Rio de Janeiro.

Tamires: Ah, Rio de Janeiro...
Ela fez a carinha da Maísa.

Tamires: Luma, o que você quer do Playstation?

Luma: Mas, Tamires, é a “roda”, não “Playstation’.

Lívia: Nada a ver, é a ‘roleta’.

Tamires: É Playstation. E eu to certa.

Minha mãe: Tamires, é a roleta.

Tamires: EU TÔ CERTA!

Luma (já cheia de ganância): Vamos apostar cinco reais?

Tamires:  Como, se eu não tenho cinco reais?
Minha mãe: Faz o seguinte. Se Lívia estiver certa, Tamires fica cinco dias sem implicar com Lívia.
Lívia : Não. Eu quero um ano de paz. Pensando bem, quero uns sessenta anos. Tudo bem que a gente nem vai mais morar junta, mas só por garantia.
Tamires: Então eu não vou apostar!

Gente, como as duas horas que eu paguei por 3,00, foi 1,50 cada estão acabando, paro por aqui. Chegando em casa, posto mais. Mil beijos!

P.S.: Gente, o resultado do ENEM saiu. Eu pensei que tinha me ferrado, mas descobri que, como todo mundo se ferrou também, estou com nota boa! Sem querer me gabar, mas já me gabando, olha só:
Linguagens: 675.6
Matemática: 754.9
Humanas: 712.6
Ciencias da natureza: 739.8
Redação: 750.0
Mas como quero ser médica, tenho que estudar muito mais!!!

25 de janeiro de 2010

Coisas que ando vendo e assistindo

Esse é um "brevíssimo post" que relata o que tenho feito ultimamente em relação a filmes e livros..



Comecei a ler PopCorn, livro de Ben Elton (não sabe quem é? nem eu!) que eu comprei por 10,00 na Bienal do Livro, enquanto Bruna e Ana Carol guardavam meu lugar na fila para ver a Meg Cabot
Popcorn fala de um diretor de cinema que faz filmes do tipo que eu odeio (sem historia, cheio de sexo e violência). Um casal de psicopatas inspirados em seus filmes vão fazê-lo de refém durante a noite posterior a Premiação do Oscar. Não li tudo ainda. Parei na metade e arquivei. Eu fiquei meio desanimada depois que eles ficavam usando cocaína como se fosse a coisa mais normal do mundo. Ah, e eu queria ler Gossip Girl pra entender o seriado (hello, eu não tenho TV por assinatura, dependo do SBT. E lembram das minhas metas 2010?). O fato é que o livro tá com o marcador na página 138. Mas acho que essa semana eu termino. Ainda não tem nota, preciso acabar de ler.




E por falar em Gossip Girl, querem saber o que eu achei? Nada. Pois é, eu ainda estou abismada. Eu só sei de uma coisa: se a alta sociedade nova-iorquina é assim, estou muito satisfeita com a minha vida de niteroiense nerd de classe média. Só li o primeiro livro, pra não ficar boiando na hora de assistir a série. Se fosse bom, eu leria o resto. Bem, no livro TODOS os personagens fumam e bebem. MAIORIA deles usa drogas e sustenta o crime. Eles não tem nem aí. Estão muito mais preocupados em beber uns vinte litros de uísque, fumar muita maconha e sair transando com qualquer um. Eu não sou alguém "conservadora", mas tenho raciocínio suficiente pra ver que pessoas assim são RIDÍCULAS. De qualquer forma, o que salva o livro é o bom-humor com que a história é narrada. Faz tudo parecer engraçado e a gente acaba rindo. Há alguns minutos, vendo o seriado, percebi o quanto mudam. É, no seriado, o pessoal é bem mais "decente", digamos assim. Acho que é porque o seriado, os pais dos sãs adolescentes podem acabar assistindo qualquer dia, e não ia pegar muito bem para Gossip Girl que os pais soubessem o que suas filhinhas puras(?) andam lendo e assistindo. De qualquer forma, ainda não sei se amanhã eu vou assistir ou se vou ler algum outro livro da série. 
Ah, observação: olha como o seriado apela. No livro a Jenny é gorda e tem cabelo crespo (no seriado ela é magra de cabelo loiro e liso). No seriado, o Dan é gato, tem atitude e o pai dele também é super interessante(rs) ao contrário do velho nojento do livro...
A nota é parcial, por enquanto 5,0. Salvo pelo bom-humor com que é narrado.


Corina, a babá perfeita


Bem, quem me conhece sabe que eu AMO ver filmes na Sessão da Tarde, Sessão de Sábado, Cinema em Casa e todas essas sessões de filmes repetidos que passa à tarde. Bem, no sábado, o SBT passou "Corina, a babá perfeita" no SábadoCine. Filme fofo, emocionante. Gostei MUITO. Corina é uma babá contratada para trabalhar na casa de um recém viúvo e sua filhinha altamente fofa. Eu juro que não esperava aquele final. Nota: 9,9. Um pouquinho menos de drama seria a dose perfeita.




A Proposta
Bem, Sami tinha me dito desse filme outro dia. E quando ela me contou a sinopse, fiquei realmente muito a fim de ver. Peguei na locadora ontem e amei. O chato das comédias românticas é que são altamente previsíveis. O que me motiva a assistir é que sempre tem cenas muito engraçadas. E com A Proposta não foi diferente. Ri demais. Nota: 9,0. A previsibilidade das comédias românticas quebrou a magia.

22 de janeiro de 2010

RAIO- X (momento pessoal, =T)

Não sou tão diferente. Nem tão igual.
Não sou santa. Não sou má.
Não tenho religião. Contudo, acredito em Deus.
Meu celular não tem câmera, internet. Por mim, nem teria celular, isso é coisa de mamãe.
Quero ser médica, psiquiatra, psicóloga, neurocirurgiã, escritora, jornalista, publicitária, assistente social, trabalhar na política. Tudo ao mesmo tempo. Sei que não é possível.
Já sonhei em ser Miss Universo e casar com um príncipe quando criança. Hoje, não sonho mais.
Nunca andei de avião. Não tive uma festa de debutante. Nunca andei de montanha russa. E até dezembro de 2009 nunca tinha tomado Milk-shake.
Já achei que era uma viciada em leitura, mas depois percebi que não sou. Apenas gosto de ler.
Já achei que era uma viciada em cinema, mas depois percebi que não sou. Apenas gosto de filmes.
Não assisto a novelas nem programas sensacionalistas. Gosto de ver filmes repetidos na Sessão da Tarde. Gosto de assistir A Grande Família e ver que aqui em casa, as coisas são meio parecidas.
Acredito que quem sustenta a violência são os usuários de drogas. Acredito que os responsáveis pela corrupção na política são os eleitores. Acredito que a culpa das enchentes nos córregos quase sempre vem da população que joga seu lixo lá, mesmo que haja coleta de lixo (eu já morei perto de um córrego; mesmo com coleta de lixo, é lá que as pessoas depositam suas sacolas plásticas de supermercado cheias de detritos.). Não acho que a culpa de uma multa de trânsito é de um radar ou guarda; é do motorista infrator.
Gosto de guardar qualquer lembrança. Seja um papel de bala, uma assinatura, um bilhetinho passado durante as aulas. (ou folhas de caderno que pareciam a impressão de uma conversa de msn). Gosto de tirar foto dos outros, mas nem sempre de mim.
Não que eu seja tímida. Até a oitava série, nunca tive problemas pra apresentar um trabalho em sala. E estou tentando lidar com isso no Ensino Médio, juro que estou.
Não choro toda vez que vejo um filme triste. Não rio todas as vezes que ouço uma piada. Às vezes não entendo algo, às vezes, finjo não entender.
Quando me encontro chocada com algo, meu cérebro trava por alguns dias. Mas depois volta. Gosto de conversar sozinha com um psicólogo imaginário o tempo todo.
Junto minhas moedas num porquinho de barro. Quero ter um carro, uma casa, um sítio, e viajar durante os verões no futuro.
Minha pele é branca, mas não feito um papel. Não sou pálida. Apenas muito branca para alguém que vive num meio onde todos são bronzeados. Não uso maquiagem. Minhas bochechas são rosadas o tempo todo. Não tenho espinhas. Mas raramente aparece uma.
Não sou magra. Nem sou tão gorda. Uso um manequim 42 . Tenho a altura média da mulher brasileira. Às vezes tonalizo o cabelo, mas nada que fuja dos tons discretos do castanho. São ondulados, nem lisos ou cacheados.  Meus olhos são castanhos. Mais para escuros que para claros.
Meus ídolos são os mais doidos e variados possíveis. Ben Carson, Robert Rey (um cara super legal preso nas futilidades de Hollywood), Bernardinho, Drauzio Varella, Meg Cabot, Princesa Diana.
Não entendo de música. Não sei qual é a banda ou sucesso do momento. Nem tenho muita vontade de saber. Não toco nenhum instrumento, sou desafinada. Não falo nenhum outro idioma (arranho o inglês e o espanhol, nada fluente). Não pratico nenhum esporte. Não sei nadar ou dançar.
Tenho poucas roupas e sapatos. Não sou nem a mais nem a menos bonita, inteligente, popular e carismática da escola. Não tenho um quarto só pra mim. Não tenho uma bicicleta. Não gosto do calor.
Gosto de tomar café e coca-cola. Gosto de tomar sorvete de flocos quando faz frio. Gosto de chá de hortelã e limonada com adoçante. Gosto de massas e chocolate.
Falo muito o tempo todo, mas não digo nada. Me estresso. Estressada, grito, falo cerrando os dentes, mordo os nós dos dedos. Depois me acalmo. É normal pra mim. Nunca fico gripada ou com a garganta inflamada.
Não quero me casar numa cerimônia de luxo numa catedral nem viajar para Paris ou o Taiti.
Me sinto meio velha para meus dezessete anos. Lembro de cada detalhe das últimas décadas. Tenho uma excelente memória para detalhes.
"Quando fiz dez anos, lembro que ao assoprar as velas que estavam no meu bolo de aniversário de chocolate com M&M’s, naquela festinha com a minha classe de terceira série, fiz um pedido. Disse que não queria ser adolescente nunca. Queria pular isso. Eu achava as meninas adolescentes da escola, das séries mais avançadas, muito metidas. Não queria ser assim. Queria ser adulta direto. Com onze, doze anos, as pessoas já falavam para os meus pais: “A sua filha parece uma adulta. Fala como uma adulta, meu Deus!”. Eu gostava disso."
Amo todos. Amo as pessoas que me odeiam. São nossas rivalidades que trazem  mais graça a minha vida.
Moro num apartamento dois quartos, com meus pais e meu irmão de doze anos, num bairro de classe média, numa cidade da região metropolitana.  Estudo numa escola famosa, mas não sou uma. Famosa, quero dizer. Engraçado, nem pretendo ser.
Penso demais no amanhã. Me criticam por isso. Me elogiam por isso. Mas penso que é melhor que ser egoísta e pensar só no presente. Penso que é melhor que ser nostálgica e pensar só no passado. O futuro com ilusão de felicidade, é muito mais tentador.
Que não tem medo de morrer. Só não quer ver ninguém chorando. Aliás, quando alguém chora, ela nem vai consolar. Apenas sai de perto.
Não que não me ache feliz. Quando pequena, mamãe me falou que existem diferentes tipos de pessoas. O infeliz que pensa ter felicidade. O feliz que não reconhece sua felicidade. E os felizes e infelizes que se conhecem. Eu me acho feliz. Não acho que sou uma infeliz iludida. Sou feliz e me conheço feliz. Tenho consciência limpa de tudo que penso, falo, faço. E apesar de parecer ser apenas uma garota normal na multidão, não sou. Sei que não sou. E quem me conhece, sabe que eu definitivamente não sou.
Sou a Luma, aquela que critica tudo, que elogia, que diz a verdade nua e crua. Que ama rir. Que se emociona de vez em quando. Que quer ajudar todo mundo, mas não sabe como. 

20 de janeiro de 2010

Resenhas e recados

Pois é, gente, muita coisa pra fazer, pouco tempo, muita vontade de postar..

Primeiro, quero comentar sobre o que li e assisti nesses últimos dias, pode ser? Será um breve resumo, fiquem tranquilos..


O SOM DO CORAÇÃO
Caríssimos, esse filme é fofo demais!!
Eu estava a fim de assisti-lo desde que vi o trailer/thriller (ah, dane-se, não sei como que se escreve), em janeiro de 2008. Então, tem uns dois.
O filme é lindo, conta a história de um garotinho muito lindinho que foi criado num orfanato e sonha em encontrar os pais. E como ele luta para chegar ao seu objetivo? Pela música.
Nota 9,0. O final precisava de mais umas duas cenas pra ser 10.







A TRISTEZA DO JECA
Sim, mamãe me fez assistir esse filme pré-histórico com ela. Ela chegou na locadora, viu na prateleira e não largou mais. E olha que engraçado, o filme é bom!
Sérião. Acho que todos os professores de história deveriam ser obrigados a passá-lo para seus alunos.
O que eu assisti mostrava como funcionava o voto de cabresto, a política dos coronéis no começo do século passado. Muito interessante.
Agora eu entendo porque isso fez tanto sucesso naquela época. Se hoje é bom, imagina quando ninguém tinha sequer tv?
Nota 9,5. Poderia ser um pouquinho mais engraçado.




HARRY POTTER E O ENIGMA DO PRÍNCIPE
Eu queria ter ido ver esse no cinema, mas na época meu pai implicou, dizendo que eu ia pegar gripe suína e morrer. Bom, agora que já vi posso dizer: acabaram com a história.
HP e o Enigma do Príncipe tinha sido o meu livro preferido da série. Foi super engraçado. Mas no filme, com todos aqueles cortes e ajustes, ficou muito estranho. Parece uma história paralela. O que houve com a química Harry e Gina? Quem assistiu ao filme e não leu o livro, deve ser super contra esse romance. Parece mais que o Harry tá a fim da Hermione, fala sério.
Nota: 5,0




500 DIAS COM ELA
Nessas horas eu amo morar num fim de mundo com uma locadora pirata. Fala sério, onde mais eu conseguiria pegar esse filme por 0,99? Juro que eu queria ver no cinema. Mas o filme não chegou nem em Niterói nem em São Gonçalo. Fui na da locadora mesmo.
Cara, esse filme é BOM demais!!!
Mostra a vida real, sabe? Tipo, nem tudo é felizes para sempre. Mas o meio da história pode ser legal. E é óbvio que eu me identifiquei MUITO com as paranóias do Tom, ele é doido e lunático feito eu. Recomendo super.
Nota: 9,8. Descontei 0,2 porque ele tem muito essa coisa de ir e voltar no tempo. Fala sério, qual a graça de ver o filme que você viu o final na cena anterior?




Amiguinhos, esse livro é bom demais!! Hoje me sinto envergonhada de nunca ter ouvido falar dele antes. Mas foi só eu vê-lo na Saraiva do Plaza, ler a sinopse, e me interessei. Depois, foi só eu passar na máquina de preços e ver que custava apenas 19,00 e pronto, me apaixonei. Pelo formato de bolso, pelas 280 páginas gordinhas, pela sinopse, pelo precinho..
Comprei em novembro, junto com O futuro da humanidade. Ele e o livrinho do Augusto Cury formaram a minha dupla dinânimca do vale-presente que ganhei de aniversário. Brincando com o Perigo tem como protagonista a Cléo, uma adolescente muito legal (ela é super parecida com a Jessica de 1800-where-are-you?, da Meg Cabot) que não é nada popular. Ela e seu padrasto, o delegado Louis Levesque, vão desvendar um mistério. Ou melhor, dois. Quem anda fazendo de tudo pra arruinar a reputação de Cléo com o professor Green? E quem anda arrombando os chalés? A princípio, esses mistérios podem parecer pouco interessantes. Mas basta ler o livro pra saber que são muito bons. Você fica preso do começo ao fim, confie em mim.(rimou, sentiu?). e vocês imaginam a minha alegria ao descobrir que Cléo e Levesque têm uma série de livros, todos escritos pela Norah McClintock.
Nota? 9,9. Faltou uma gotinha de romance.

Recados!!!

- Gente, esse ano é o meu último da escola, tem vestibular. vou postar pouco e estudar mais. Mas juro que não vou abandonar o blog!

- Queridos seguidores. Saibam que eu estou SEMPRE lendo o que vocês postam! Nem sempre dá pra comentar, mas eu sempre leio, e quero PARABENIZAR a todos vocês. eu tenho o time de seguidores com os blogs mais legais.

- Tão vendo esse um bilhão de promoções aqui do lado? É pra vocês participarem também, viu? Existem muitos blogs máras que fazem sorteios de livros super interessantes. Participem também!

- Ah, e último recado: Jei Oliveira, é tu mesmo baiana, estou sempre no seu blog mas nunca consigo comentar. A janela fica travada, e não aparece a janela pra gente digitar aquelas letrinhas chatas de confirmação. Dá uma olhada lá. Esse foi o único jeito que eu tive para te avisar!

beeijos!

16 de janeiro de 2010

Dias contados!!!! (medo!AAAAAAHHHH!")

Pois é, ontem eu e Mariane estávamos assistindo Premonição pela 265456464521654151 ª vez no SBT. Sabe como é, falta do que fazer.
E então, bem, descobri que a situação está crítica.
Sim, gente. Se os filmes de terror, suspense e outros tipos parecidos se refletirem na realidade, estou completamente FERRADA. Eu vou morrer em breve. Pô, eu sou muita nova pra morrer!!! Mesmo que tenha um monte de gente que morreu mais nova que eu. Dane-se, eu só quero morrer lá pelos 95 anos, e de morte cerebral, pra doarem meus órgãos. Eu só não sei se eles reutilizam órgãos de velhinhas de 95 anos. Mas tanto faz.

O lance é o seguinte. Eu e Mariane nos amarramos em criticar os filmes. Tipo, ficar falando "seu idiota, sai da frente!" ; "Como alguém pode ser tão burro? só em filme, fala sério" ; "Esse é o pior sangue de filme que eu já vi, hahahaha".

Nessa, eu viro pra ela e falo: "Já reparou que sempre os adolescentes envolvidos na morte estão no último ano?" - pausa dramática, trocamos olhares. "Ai. Meu. Deus." - isso a gente diz junta. Sim, porque meus caros, em 2010 estaremos no último ano do Ensino Médio. Como esses assassinados por maníacos.
Ah, e lá no Colégio Pedro II, a gente usa essas roupinhas de colegial - sainha, blusa branca de botão e meia 3/4 com sapatilha, que não tem nada de sexy, fala sério - ideais para filmes de terror. Medo!

Sim, e aí lembrei que nerds gordinhas - tipo, eu! - são as primeiras a morrer quando um serial killer ou uma força das trevas surge. Ou então a primeira a morrer é aquela chatinha que fala muito - tipo, eu!. Ou então aquela que quer dar uma de valente e sempre vai na frente - meu, por que eu SEMPRE faço isso? Tenho que parar.

E essa coisa de driblar a morte, que nem aquele pessoal do filme faz. Pois é, uma vez Mariane salvou a minha vida. A gente estava indo pra escola (quando ainda estudávamos no Educandário Jecsa e não no CPII) e um ônibus vinha super rápido, mas eu, sempre lerda(cara, as lerdas sempre morrem também), não percebi. Aí Mariane me puxou e gritou "LUMA!!". Nesse exato momento o ônibus (um micro da linha 15 Jockey-Fórum), passou em alta velocidade no lugar onde eu estaria se Mariane não tivesse me puxado.

Quando nós lembramos desse fato ontem, durante o filme, eu virei pra ela e falei: "Marie, você salvou a minha vida! A próxima da lista deve ser você! Ah, pelo menos eu posso viver tranquila até que você morra."
Mas ela rebateu: "Não, Luma. Depois disso teve uma vez que você me salvou também. Eu não lembro direito, mas salvou. Luma, a morte vai voltar e pegar você!"

Cara, preciso dizer que fiz uma pausa dramática? Mas depois de muito pensar em um jeito de fugir disso, achei a solução. Em todos os filmes, sempre a sobrevivente é a loira. Sempre. Menos em Pânico. Mas no resto, sempre a loira pura vive. Então, só tem um jeito.
Seguir o conselho de Stephanie e clarear esse cabelo. Loira, sobreviverei a morte, que pulará de mim e irá em direção a Mariane.

É, como diz Isa, o clima tá TENSO.



Retrato Falado do ônibus que tentou me matar em 2007



nossos uniformes de filme de terror...=O

13 de janeiro de 2010

Os Condenados

Hoje tava na casa do meu tio em Maricá e vi um filme com meus primos: Os Condenados.

A história é super diferente e interessante. Quer ver só?



Um produtor decide ter uma idéia de programa de TV que tem tudo para ser um sucesso. Ele "pega emprestado" dez presidiários de países subdesenvolvidos que estão no corredor da morte em todo o mundo. E os coloca em uma ilha deserta, onde serão vigiados 24 horas por dia, por cerca de 400 câmeras, como um reality show. O objetivo? Eles TÊM que se matar, até que só reste um sobrevivente.
Caso após um período de 30 horas houver mais de um sobrevivente, ambos morrerão. Tenso, não? Para que não fujam, todos ganham um dispositivo preso ao tornozelo que, se eles tentarem arrancar para fugir dali, aquilo explode na hora. Mais tenso ainda.

Claro que nenhuma emissora aceita transmitir esse reality show sanguinário. Logo a produção encontra um meio: a internet. A partir de 49,90 dólares, uma pessoa pode assistir esse programa de seu computador.

Milhões de pessoas passam a assistir e sustentar o programa. Complicado, né?

Pois então, esse filme altamente emocionante e cheio de crítica à mídia do mundo moderno é eletrizante. E daqueles que a gente não levanta do sofá por nada. Só não digo que o filme é nota 10. Acho que uns 9 tá bom. Eles poderiam colocar menos sangue e mais charadas, coisas inteligentes que acabam com os neurônios do espectador. De qualquer forma é um filme ótimo.


os carinhas se matando

10 de janeiro de 2010

O último rei da Escócia

Hello!!!!
(eu preciso dar um tempo nessa vida de blogueira tagarela..)

Ontem eu assisti ao filme que passou no Super Cine, na Globo. Eu só conhecia o nome do filme "O último rei da Escócia", não tinha a menor idéia sobre o que era. Mas eu tava desligando o PC e o filme estava começando. E quando eu vi um médico chegando na África (eu sonho em fazer parte dos Médicos Sem Fronteiras desde que assisti "Amor sem Fronteiras", com a Angelina Jolie) me prendi ao filme. E fiquei lá, pilhadona assistindo. Meu Deus, o filme é MARAVILHOSO!!!!

Nicholas é um jovem médico escocês que vai trabalhar em Uganda, na década de 1970 ( eu adivinhei que o filme se passa na década de 1970 por causa do visual cafona do pessoal). Lá, ele começa a trabalhar com Sarah e David, um casal de médicos missionários em uma aldeia. Tudo está relativamente tranquilo(se não fosse o desejo de Nicholas pela Sarah), até que o vilarejo onde estão morando é visitado por Amin, o novo presidente do país.

Amin sofre um pequeno acidente e torce uma das mãos. E é Nicholas quem imobiliza a mão do presidente. Amin então simpatiza com nosso jovem médico e o convida para ser seu médico particular de agora em diante. A princípio, Nicholas hesita, mas por fim aceita a oferta. E depois de pouco tempo passa a ser conselheiro do presidente.

Nicolas agora está envolvido até o pescoço na política de Uganda. Participa de grandes eventos sociais e assiste ao massacre que a ditadura de Amin está fazendo com aquele país. Para piorar, Nicolas ainda se envolve com uma das esposas do presidente. Sério, gente, eu fiquei desesperada enquanto assistia ao filme, o cara tava em confusões que se acumulavam como uma avalanche de neve.
Bem, e pra saber o final de tudo, basta assistir ao filme, porque eu não vou contar...

Quero fazer algumas observações:
- A íris dos olhos do cara que faz o Nicholas são fascinantes. Os olhos deles nem são tão bonitos assim, mas a cor... É um azul super diferente.
- Ressaltar que minha personagem favorita no filme não foi ninguém do círculo central. O médico assistente de Nihcolas, um nativo de Uganda, foi o cara mais legal do filme. Principalmente quando a situação tava feia, já no fim do filme, com todo mundo se matando e ele diz que está cansado de tanto ódio naquela nação. E decide dar sua contribuição para a melhora, mesmo que custe a sua vida.
- O filme é baseado em fatos reais. Uma excelente aula de história, sociologia...


Cena em que Amin conhece Nicholas (repare na Sarah ao fundo)



cena em que Nicholas lança um olhar cheio de segundas intenções para a mulher do presidente (safadinho, hein!)


Nicholas, o braço direito de Amin



Beijinhos e hasta la vista babies!

9 de janeiro de 2010

Diário de Patrícia - II

Terça-feira, 21 de abril

Hoje eu fui ao cinema com Cecília e Dani. Eu achei uma atitude muito imbecil ir ao cinema hoje, feriado nacional. Como ninguém tem nada pra fazer, vai todo mundo pro cinema. Mas achei melhor nem discutir, porque eu não tava a fim de ficar em casa, até porque papai tava querendo visitar vovó Ana. Vovó Ana é a mãe de papai.

Ela até que é legal. Pra uma velhinha de 70 anos ela é bem legal. Isso se legal quer dizer alguém que após pedir o divórcio arrumou um namorado vinte anos mais novo, fez uma tatuagem, comprou uma moto e decidiu “vivir La vida loca”. E quando eu chego lá ela fica indignada porque eu não tenho um namorado. Obrigada vovó, mas eu não preciso da senhora pra me lembrar disso.

Bem, voltando. Eu, Ceci e Dani fomos ver um filme que eu jurava que era engraçado, considerando o trailer e tal. Mas o filme só tem coisa indecente. Parece que todo mundo é ninfomaníaco. Como que eles põem um filme desses com censura 14 anos? Eu tenho 15 e não me sinto psicologicamente preparada pra isso. E pra piorar o filme – ou melhorar – encontro Gabriel na sala de cinema.

É, eu tava parada lá, tipo assim, tomando uma Fanta Laranja quando eu olho pro lado e vejo Gabriel. É, simples assim. Mas é claro que meu coração deu uma cambalhota na hora. E a quantidade de Fanta que estava na minha boca desceu minha garganta escorregando e queimando as amídalas. Sério. “Pati?” foi o que ele disse. Eu odeio que me chamem de Pati porque lembra patricinha, mas quando é ele que tá falando, tudo bem. “Oi”, eu disse de volta. Mas aí apagaram as luzes porque o filme ia começar e a gente teve que se concentrar em desligar o celular.

Aquela droga de filme me fez passar vergonha na frente de Gabriel. Porque eu acho que, tipo, não é muito legal a gente ver um filme onde todo mundo só fala de sexo o tempo todo. Minha vontade era fugir, não to brincando.

De qualquer forma, o dia foi horrível porque Ceci ficou mostrando pra mim e pra Dani como o filme era machista, considerando que o casal ia fazer sexo a três e tava procurando uma mulher pra isso e não um homem. Dane-se. Minha vontade era xingar um palavrão bem grande. Ainda bem que no escuro não dá pra ver nossa cara vermelha de vergonha.

Sério, quando que as pessoas vão entender que não se fala durante no cinema?

Depois do filme, eu vi que com Gabriel estava o pessoal da minha antiga escola. E como todos eles são de Maricá também, eu me despedi das meninas e voltei com eles. Afinal, Dani mora em São Gonçalo e Ceci – pasmem – em Itaboraí. E as três estudamos juntas em Niterói.

 Mas foi legal rever o pessoal da minha antiga escola. Não pense que ele é longe da minha casa. O Centro Educacional São Lucas* fica na minha rua. Eu é que nunca vou lá. Mas voltando, todos nós juntos tomamos Milk-shake e depois voltamos pra casa. Ainda bem que o ônibus Niterói-Maricá tem ar-condicionado, porque a temperatura lá fora estava em 33ºC. Eu vi no termômetro. Mas aquele ônibus TEM que ter ar-condicionado, porque o preço da passagem é um roubo.

Contudo, não pense que na volta foi um passeio romântico, sabe como é, comigo e o Gabriel caminhando no anoitecer do ponto de ônibus até o prédio que a gente mora. Fernanda tava com a gente.

Bem, eu tenho que contar a história. Até dezembro eu sofria uma paixão platônica por Eduardo, o cara mais popular do Centro Educacional São Lucas. Ele era dois anos mais velho com a gente, tava no segundo ano do Ensino Médio. Sabe como é, quando o cara é loiro, alto, com olhos azuis hipnotizantes, garotas idiotas como eu se apaixonam. Mas no último verão tudo mudou. Eu fui pra praia com Fernanda e a correnteza da água me puxou. Eu, como não sei nadar, jurava que ia morrer. Já tava pedindo perdão a Deus pelos meus pecados. Então eu apaguei. E vi Gabriel, que eu conhecia desde os cinco anos de idade, por sermos vizinhos em cima de mim. Ele tinha salvado a minha vida.

“Lembra quando eu te disse que você precisava aprender a nadar?” foi o que ele disse naquela hora para mim, enquanto dava um sorriso perfeitamente branco. Eu, mesmo com a garganta seca e com gosto de sal na boca respondi: “Nós tínhamos nove anos e você disse que o professor de natação obrigava a gente a entrar na piscina de água gelada quando fazia frio.”

Aí ele comprou três garrafinhas de água de 500ml cada uma pra mim até que o gosto de sal em minha boca diminuísse e a gente ficou conversando. Até a noite. Principalmente porque Fernanda, que mora no terceiro andar, embaixo da minha casa, tava ficando com Eduardo naquela hora. E nesse instante eu descobri que eu nem gostava tanto de Eduardo. E dias depois me descobri, tipo, completamente apaixonada por Gabriel. Foi quando ele me ajudou a zerar o joguinho do Sonic no videogame. Eu tinha esse trauma. Desde que mamãe ainda era viva que eu tentava zerar o Sonic e nunca que conseguia. E Gabriel me ensinou a vencer o último cara, que dava choque na gente. Quando a mão dele encostou na minha pra pegar o joystick eu percebi que ele era o homem da minha vida. Simples assim

Como eu disse, hoje eu, Fernanda e Gabriel voltamos juntos pra casa. Meu, por que Fernanda adora destruir os meus dias? Sabe como é, talvez se Fernanda não estivesse com a gente ele poderia ver o céu cor-de-rosa de fim de tarde e percebido que nasceu pra mim. Mas Fernanda, seu cabelo loiro de luzes e o tic-tic de seu salto alto não deixaram.

Fomos cada um pro nosso apartamento. Fernanda – 301 ; Gabriel – 401 e eu – 402.
Cheguei em casa há, tipo, mais ou menos uma hora. Papai e Cris ainda não chegaram, devem estar vindo. Estou fazendo um macarrão pra mim porque não agüento mais comer pizza.

Ai. Meu. Deus. O macarrão!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Acabei de voltar da cozinha. Eu queimei o macarrão e tá um cheiro horrível de queimado. Vou ter que limpar a panela. Como que Gabriel não sentiu o cheiro de queimado lá do apartamento dele? Ele tinha que aparecer para me salvar – de novo. Droga. Agora aposto que vou comer a pizza que papai e Cris devem trazer.

*nome fictício, não sei se existe um Centro Educacional São Lucas em Maricá.



É muito amor à escrita escrever isso hoje, considerando que hoje fiz vestibular e em Niterói estava 36ºC. Pelo menos foi o que um termômetro entre duas árvores acusava às 17:30.

8 de janeiro de 2010

Quando eu quis parar de comer carne

Gente, já repararam o quanto a nossa vida tem história? A gente fica lendo livros, contos, assistindo filmes... Mas é tanta história no nosso dia-a-dia né? Tem história engraçada, história de amor, história de suspense.
E hoje eu tava super sem paciência de postar algo. Ia até escrever um capítulo do Diário de Patrícia, mas tava tão sem paciência...


Pois bem, estava eu lá, jogando o meu Colheita Feliz do Orkut, e vendi o burro que eu estava alimentando há um tempão. Só que na hora de vender o burro, ele vira um monte de carne. Sério, o desenho do burro vendido é um monte de carne vermelha. Quem já vendeu um burro no Colheita Feliz sabe do que estou falando. E foi essa carne de burro que me fez lembrar uma história que aconteceu comigo seis anos atrás.

Aos onze anos, quando eu estava na quinta série, em 2004, estudava pela manhã e voltava da escola de bicicleta.
Certo dia - mais precisamente uma segunda feira - eu cheguei da escola, tomei banho e fui almoçar. Mamãe tinha feito ensopado de carne com batata, lembro nitidamente.
Estava eu lá, toda feliz, matando minha fome que equivalia a de uns quarenta mendigos, quando papai, da sala, grita pra mim e mamãe, que estávamos na cozinha. "Luciana - esse é o nome de mamãe - olha o que eu achei no jornal!"
Nisso, papai entra na cozinha com o jornal do dia nas mãos. "Carne de jegue traz lucros a produtores cearenses" * , foi o que papai disse enquanto lia a manchete.


"Marcos - esse é o nome de papai - você só pode estar brincando! Não é possível!"
"Ah, não?", papai desafiou mamãe e passou o jornal pra ela. Quando mamãe pegou o jornal eu vi a foto de um jegue, burro, jumento, ou sei lá o que era aquilo. Imediatamente eu cuspi a carne que estava na minha boca.
Mamãe ficou lendo em voz alta a matéria sobre carne de jegue. Dizia que produtores do Ceará estavam criando jegues para vender a carne para o exterior, onde eles eram consumidos como comida exótica.
Eu fiquei horrorizada. Peguei o jornal de mamãe e eu mesma li a matéria. Depois, larguei a comida, escovei os dentes umas quinhentas vezes e enchi a boca de Listerine.
Chocada como eu estava, não aguentava mais ver carne vermelha. Eu lembrava do jegue. Sei lá, comer carne de jegue parecia tão...nojento! Anunciei aos meus pais que eu não ia mais comer carne vermelha. Só frango e peixe a partir de agora.
No dia seguinte, eu estava almoçando frango grelhado. Mamãe vira pra mim e fala: "Não sei que bobeira é essa. Esse frango poderia ser carne de pombo. Ou um daqueles patos imundos do Campo de São Bento**"


Claro que eu cuspi o frango, escovei os dentes e usei listerine depois disso. " Vou comer só peixe", eu anunciei ao voltar a cozinha. Mamãe rebateu: "Quero ver se for na verdade carne de tubarão***"
Eu fiquei então sem comer nenhum tipo de carne durante a semana. Nem ovo. Porque minha mãe tinha mania de falar que ovo era "feto" só pra me irritar.
E como eu não aguentava comer só arroz, feijão e salada, acabava almoçando biscoito. Mas no sábado, depois de tanta fome de comida de verdade, não aguentei e caí de boca na carne assada. Nem lembrei do jegue do jornal.
E é assim que até hoje eu como carne.

Legenda:


*"Carne de jegue traz lucros a produtores cearenses"  - não lembro se foi exatamente essa a manchete, mas era algo parecido. E não, eu não lembro o jornal. Pode ter sido O Fluminense(jornal de Niterói) - mas eu acho que não foi esse, não é o tipo de matéria que O Fluminense publica - , O Globo, ou Extra.

**Campo de São Bento - é um parque localizado em Icaraí, zona sul de Niterói. Mesmo sendo cortado por um valão, tendo muitos pombos e patos de péssimo aspecto, é um lugar amado pelos niteroienses. Afinal, lá tem parquinhos para as crianças, carrinho bate-bate(eu amava aquilo - acho que ainda amo), uma feirinha de artesanato com produtos superfaturados(mas que todo mundo acha lindo), chafariz grandão e muitas árvores, o que torna o ambiente ideal para velhinhos e velhinhas aposentados e pensionistas do INSS (kkk) fazerem suas caminhadas.
Foto de lago do Campo de São Bento:


Foto das aves nojentas que existem lá:


Importante: essas fotos do Campo de São Bento e de outros pontos de Niterói estão disponíveis nesse blog que achei: http://fotosdeamorim.blogspot.com/. Visitem e conheçam minha cidade!


***Tubarão - eu sei que tubarão é peixe, antes que algum engraçadinho diga isso. E sei que muita gente come tubarão. Mas eu acho estranho e nojento porque ele tem cartilagem, que nem nossa orelha.



beijinhos!!!

p.s.1: Sim, eu faço marketing da cidade em que nasci, estudo e não moro. Amo Niterói e nada vai impedir esse amor. 


p.s.2 : Minhas histórias se passam em Niterói  pelo motivo acima. O Diário de Patrícia se passa em Maricá, mas é porque é município vizinho.


p.s. 3: aproveitando que eu tô falando de Niterói, vocês podem procurar por ele na wikipédia. Alguém foi lá e digitou que a minha escola(Colégio Pedro II - UNED Niterói) é a melhor escola pública da região, o que é a verdade. É a única escola secundária federal do município. Bem, de qualquer forma, pra quem puder ver: http://pt.wikipedia.org/wiki/Niterói . Niterói é uma cidade linda que encanta a todos.


p.s.4 : sei que desviei completamente o foco do post.

7 de janeiro de 2010

Indignação

Sim, meus caríssimos leitores, tem que ser muito forte pra suportar. Não vou dizer que não aguento mais, porque seria um baita exagero, considerando que apesar de tudo continuo aqui digitando isso.

Mas a cada dia que se passa tenho certeza que estou passando por uma prova de resistência. Com certeza. dizem que Deus só nos dá a cruz que a gente pode carregar. Então eu devo ter costas bem resistentes, mesmo sendo uma pessoa que não faz nenhuma atividade física que não seja ficar horas em frente ao PC ou lendo na minha casa.

O caso é que, como estou cansada de falar, já reeditei o Missão na Terra - romance em que estou trabalhando há quase um ano - tipo, trocentas vezes. Tá, sinceramente, eu acho que já reeditei umas oito vezes. Umas 100 páginas. Em fonte Arial Narrow 10. Com espaçamento 1,0. E margens 1,5 x 1,5.
Percebeu que é coisa pra caramba, né?

Pois deixe-me explicar tudo o que já passei pelo Missão na Terra. A princípio comecei a todo vapor. Mas eu estudo numa instituição federal de ensino, o Colégio Pedro II. Eu pego quatro ônibus por dia. Engarrafamento horrendo numa das mais complicadas avenidas de Niterói, a Alameda São Boaventura, em pé num ônibus lotado com uma mochila de seis quilos nas costas. Em plena hora do rush.
Tenho trabalhos horrendos e provas assassinas. É natural que eu fique cansada.

Nisso, quando depois de muito esforço, já estou lá pela página 60, um vírus do mal atinge meu computador. E eu perco tudo. Isso mesmo, tudinho. Porque, criatura burra que eu sou, não salvei num pen drive.

A sorte é que eu tinha mandado ele por e-mail pra Isa e ficou salvo. Mas pra Isa eu só tinha mandado as primeiras 30 páginas. Metade do trabalho foi perdido.

Continuei com muito esforço a escrevê-lo. E dessa vez, a salvar no meu MP4. eu sempre mandava uma cópiazinha do meu e-mail do yahoo para o do hotmail de vez em quando. E a salvar uma cópia no computador. Nisso fui até a página 84.

Daí em diante, fiz umas cinco revisões. Pra mim nunca tava bom o suficiente. E todas as revisões eu estava salvando no MP4 direto. Depois da última revisão, continuei escrevendo até a página 130. Mais umas quinze páginas e eu acabava a história. Mas aí, num dia com pressa, saí do PC sem selecionar "Remover hardware com segurança". E perdi tudo. Absolutamente TUDO!!!!!!

Custei a criar coragem pra pegar de novo no livro. Tanto trabalho jogado fora. Agora nas férias fui lá, como promessa de 2010. Como contei a vocês em outro post, reeditei tudo pela última vez. E anteontem, escrevi mais seis páginas, um capítulo que eu, particularmente, amei. Redividi os capítulos. Fiz um símbolo de estrelinha rosa no começo de cada capítulo.

Como eu não suporto mais olhar na cara do meu MP4, salvei uma cópia no PC. Mandei uma cópia do meu yahoo para o meu hotmail. E outra do meu hotmail para o meu yahho. Pensei: "agora tá salvo"

E há meia hora, quando eu fui abrir meu livrinho para escrever mais, ele estava como antes, com as 84 páginas. Sabe a revisão toda? Sabe o capítulo fofo? Sabe as estrelinhas rosas e a redistribuição de capítulos? Sumiu. sumiu mesmo.
EU NÃO SEI COMO.

Pelo amor de Deus, se eu mandei por e-mail, devia estar do jeito que eu mandei, certo?
Fui abrir o que eu mandei do hotmail. Fui abrir o que eu mandei do yahoo. E tudo o que eu havia feito sumiu. E EU ME LEMBRO NITIDAMENTE DE SALVAR.

Eu nunca acreditei em diabo nem inferno. Mas a coisa tá sinistra. Nessas horas dá uma vontadezinha bem louca de desistir de tudo, entende? De pegar essa droga desse computador e jogar pela janela.(obs.: eu moro  no quinto andar, seria perca total).

E por isso, ao invés de reeditar tudo, eu vim simplesmente postar aqui. Porque se eu falar pra alguém, ninguém vai acreditar. quero dizer, que louco acreditaria em algo tão SOBRENATURAL?

E para piorar, eu o Minha Fazenda do orkut não abre desde o dia 29 de dezembro. E eu, que estava mais avançada em relação aos meus vizinhos, com certeza perdi meu posto. E encontro a minha Colheita Feliz toda desfalcada porque vivem me roubando. E eu não roubo ninguém, poxa!!! e eu senti meu short jeans mais apertado hoje (eu não posso ter engordado, meu manequim já é 42 =/)!!!!

Deus, minhas costas não são de aço!!!!!!! A cruz tá pesada, Pai. Prova disso, é que as minhas costas estão doendo agora. tá, talvez seja porque eu tô há duas horas no computador. Mas tanto faz.

Vou tomar um chá de hortelã com bastante adoçante. Preciso me acalmar.

P.S.: será que é um sinal divino pra eu não escrever esse livro? Meu Deus, me mande um sinal!!!
(vai ver ele já tá mandando, eu que naum percebi)

O Futuro da humanidade - Augusto Cury

Heaven people (será que é assim que se diz gente do céu em inglês?),

Como eu saio lendo um bilhão de resenhas de livros e filmes pelos blogs da vida, tô tentando fazer umas resenhas aqui. É óbvio que eu não sou muito boa nisso, mas... vamos a tentativa, ok? Afinal, formalidade e Luma simplesmente não combina.



O Futuro da Humanidade - Augusto Cury

Finalmente decidi ler um livro do "queridinho da hora", como eu li uma menina falando num outro blog. Claro que o cara ser psiquiatra e escritor - tipo, o que eu quero ser - ajudou muito na minha escolha.
Eu estava na livraria lendo um bilhão de sinopses pra decidir qual livro que eu ia trocar pelo vale-presente que eu tinha ganhado de aniversário. Pão dura que sou, claro que eu trocaria o vale de 40,00 por dois livros. Mesmo que a minha vontade de comprar "Desculpe se te chamo amor" fosse gritante. Mas "Desculpe se te chamo amor" estava 39,90. Óbvio procurei livros mais baratos, com o objetivo de levar dois.
E foi nessa que eu vi os livrinhos do Augusto Cury. E como eu odeio ficar por fora dos assuntos, fui lá escolher um. Ia até comprar "O vendedor de sonhos", mas aí eu lembrei que Carol tinha, e era melhor eu pedir emprestado a ela e comprar algum que ninguém mais tinha.
E logo acima do título de "O Futuro da Humanidade", estava escrito O primeiro romance de O Vendedor de Sonhos.
Eu, que gosto de começar tudo pelo começo - tipo, ler primeiro o primeiro livro do cara - , peguei esse e decidi por levá-lo. E posso afirmar agora: é muito bom.
A história começa quando Marco Polo, um jovem estudante de medicina que sonha em ser psiquiatra - sentiu a semelhança entre ele e eu?kkk - começa a se perguntar sobre questões mais humanas. Por exemplo, por que em uma sala de aula de anatomia, os alunos não têm o direito de saber de quem eram aqueles corpos que examinam?
Marco Polo é um jovem questionador que critica tudo - é, que nem a Luminha aqui, rs. Em sua busca por um mundo melhor, ele conhece Falcão, um mendigo filósofo.
Eu, como odeio filosofia, não suportei essa parte. Confesso que quando Marco Polo e Falcão ficavam discutindo filosofia, eu largava o livro e pegava um chick-lit de Meg Cabot pra levantar o astral.
Mas depois de umas primeiras 100 páginas que eu achei muito chatas e levei quase um mês pra encarar, o livro ganha 150 páginas extraordinárias.
Eu amei mesmo. Até porque fala muito sobre psiquiatria, psicologia, neurociência... Ai, ai.
Bem, de qualquer forma é um livro muito bom de se ler, sem dúvida.

5 de janeiro de 2010

Diário de Patrícia - I

Gente, comecei a escrever o meu conto de janeiro, O Diário de Patrícia.

Patrícia é meio doidinha, que nem eu. fala uns 500 "tipos" por dia. Mas ela também é legal. Acho que dá pra gostar dela.

Aí vai a primeira parte:


“Diário de Patrícia Gomes de Souza, nascida em Maricá-RJ”


Segunda feira, 20 de abril.


É, acho que tá bom pra identificação do meu diário. Porque, tipo assim, deve existir zilhões de Patrícias Gomes de Souza. Mas aqui em Maricá e tendo 15 anos eu acho que só tem eu. Eu acho.


Antes de tudo, quero esclarecer a minha vontade repentina de escrever um diário. Não é porque eu li O Diário da Princesa semana passada. Eu nem tava a fim de ler. Cecília que ficou me chateando: “Lê, lê, lê logo.” Bem, a Cecília é, tipo, a minha amiga da escola. Acho que a gente tem potencial de ser melhor amiga um dia. Mas o lance é que, tipo, a gente só se conhece há pouco mais de um mês então não dá pra avaliar direito. Pelo menos eu acho.


O que me leva a escrever aqui é que Cecília está me chateando pra ler O Diário de Anne Frank. Eu fico pensando por que as pessoas adoram publicar livros de diários. Porque eu não sei se a Anne Frank ia gostar muito que publicassem o diário dela. Mas foi só ela morrer que fizeram isso. Cecília me disse que assim que ela terminar de ler O Diário de Anne Frank vai me emprestar. Eu estou achando que alguém precisa dar um toque nela. Não é porque ela lê pra caramba que todo mundo é assim. Eu, por exemplo, prefiro pegar um filme na locadora e devorar uma pipoca de microondas. Quando Cecília vai entender que ver um filme com pipoca de microondas é melhor que ler um livro? Fala sério.


Bem, mas como eu ainda não esclareci, vou esclarecer agora. É que eu quero ser famosa um dia. E como eu não nasci pra cantar, não posso ser modelo – eu sou baixinha –, e não tenho nenhum talento especial, eu posso escrever um diário. Quero dizer, se alienígenas invadirem a terra e me matarem, eles vão poder achar meu diário e ele vai ser um sucesso literário. Que nem O Diário de Anne Frank. E aí eu vou ser famosa. Pena que eu já vou estar morta. Mas tudo bem.


Ai, droga, Cris já tá me chamando. Peraí que eu já volto.


Pronto, voltei. Cris queria perguntar que tipo de pizza eu queria pedir. Na boa, a minha madrasta não é normal. Onde já se viu pedir uma pizza em plena segunda-feira? Uma pessoa normal pediria na sexta, no sábado ou no domingo. Também, que pessoa normal casaria com o meu pai? Só uma doida feito a Cris mesmo. Ou a mamãe.


Mas mamãe era realmente, realmente meio maluquinha. Ela me dizia que o maior objetivo que alguém pode ter na vida é ser famosa. Mamãe queria ser igual a Madonna. Pobre mamãe. O mais famosa que ela conseguiu ser foi quando conseguiu ser presidente do grêmio estudantil no segundo grau. Não que ela tivesse espírito de liderança. Era porque ela queria chamar a atenção do tio Mauro, irmão de papai, que estudava com ela. E até que mamãe se saiu bem. Porque ela ficou amiga de tio Mauro e antes que ela conseguisse ficar com ele, ela conheceu papai, que é irmão mais velho de tio Mauro, e se apaixonou por ele. E casou com ele. Detalhe: minha mãe só tinha dezessete anos.


Depois que mamãe morreu, eu fiquei pensando onde papai ia arrumar outra pessoa doida o suficiente pra ficar com ele. E ele conheceu Cris. Adivinha como? Cris era amiga de tio Mauro. Sim, meu caro, qualquer semelhança não é mera coincidência. Porque só o tio Mauro pra conhecer tanta gente doida. Bem, pra você ter idéia, Cris é formada em publicidade e recursos humanos mas dá aulas de música. Como eu disse, Cris não é normal. Porque você fazer duas faculdades e não usá-las pra nada definitivamente não é coisa de gente normal.


Quero dizer, olhe papai. Depois de se formar em administração e trabalhar numa grande empresa por quase dez anos, ele pede demissão e compra um táxi. Porque ele não agüenta mais receber ordens de um patrão chato.


Como eu posso ter saído normal filha de um pai desses e de uma mãe doida? E ainda, pra completar, papai casa de novo com outra mulher tão doida – ou mais – que mamãe.


Agora mais um doido ou doida tá vindo por aí. É que Cris tá grávida. Deus queira que essa criança venha normal, tipo, eu.


Ótimo, fiquei tanto me explicando que nem contei meu dia. Mas eu to muito cansada, acabei de chegar em casa.  Amanhã eu conto sobre o meu dia, porque, tipo assim, um dia a mais e outro a menos não faz muita diferença. Pelo menos eu acho.

4 de janeiro de 2010

Estou no caminho certo, sinto isso!!

Bem, como o meu emprego de verão está sendo ser blogueira, um serviço completamente sem remuneração, mas bastante divertido, uma força maior - talvez espíritos, talvez minha mente ou um ET que se apossou do meu ser, vai saber - fez com que eu postasse aqui hoje. De novo. 


Mas o que mais me faz feliz em postar aqui hoje é que estou conseguindo cumprir algumas metas de 2010, pelo menos eu acho. Terminar de revisar, e pela última vez - prometo! - o que já escrevi até agora em Missão da Terra, meu livrinho do coração. É muito emocionante para mim vê-lo se desenvolvendo. 
Ele surgiu de uma idéia maluca que tive enquanto andava de ônibus pelas ruas da cidade, a caminho da escola, mais precisamente às 05:50 da manhã, e foi crescendo.
Sim, me sinto como uma mãe e seu filhinho.


Para quem não sabe, a história é sobre a Lívia - uma menina neurótica de 17 anos como eu, kkk -, filha de uma conselheira pedagógica e um professor de matemática. Lívia também é a filha do meio. Sua irmã mais velha, Gabriela, de 18,é sua melhor amiga - é, livro é ficcção, óbvio - e sonha em ser jornalista. E sua irmã mais nova, Patrícia, tem 10. Patrícia é aquele tipo de garotinha super esperta que a gente nunca sabe o que está pensando, o que vive encucando a Lívia.
Lívia é perdidamente louca, desde tipo, SEMPRE, pelo seu melhor amigo, loiro, lindo, carinhoso, inteligente e meio maluco e misterioso de vez em quando também, o Téo.
Bem, Lívia e Téo são tipo uns gêmeos siameses. Desde pequenos, vivem grudados.
A história se passa na cidade que eu mais amo no mundo. Sim meus caros, a belíssima Niterói. Onde eu nasci, estudo e não moro = (
Na história, acontece de tudo. Brigas, confusões, tragédias, muita gente neurótica, situações engraçadas. Tem horas, que eu acho que qualquer um vai se identificar com a Lívia e as confusões em que ela se mete.


Porque mesmo sendo louca pelo Téo, a Lívia sonha em casar com um príncipe europeu e ser a nova Princesa Diana.


Louca ela, não??


Por isso o "Missão na terra " é o meu xodó. Assim que acabar de escrever nele vou postar o primeiro capítulo aqui. Mas só o primeiro, porque senão, como que eu vou vender ele após ser publicado?
(Isso, vai sonhando Luma..)


kkkkkk, de qualquer forma, mil beijos = *********( x milhões)


P.S.: Gente, hoje eu não tomei Coca-Cola. tomei um refrigereco - lembram da antiga propaganda da Coca? rs - , o Flexa, que é produzido na minha cidade e veio junto com  pizza que papai pediu ontem à noite.
Viu? Tô chegando nas metas. Ah, e me inscrevi num concurso público. É, meus caros, promessa de Luma SEMPRE é cumprida! Há!

3 de janeiro de 2010

Confissões

Vamos lá, acho que eu preciso confessar meus pecados de início de ano.

O primeiro deles é: eu bebi Coca-cola ontem. Quero dizer, tipo, uns quatro copos de Coca ao longo do dia. Mas eu acho que não é tão sério, porque eu tava num churrasco e lá só tinha Coca-cola e Guaraná Antarctica. É, era pra eu ter bebido guaraná, porque aí eu poderia gerar mais empregos na Amazônia, que faz parte do meu país. Talvez um carinha que colhe guaraná lá no Acre, tava precisando de dinheiro pra sustentar seus nove filhos e eu não ajudei ele porque bebi Coca. Tô me sentindo um monstro depois de analisar isso.

Não escrevi nada no Missão na Terra esse ano ainda. Acho que terminando de postar aqui e de visitar uns 500 blogs eu vou lá. Afinal, a história já tá pronta e eu já passei da metade. É só terminar de revisar o que já escrevi(e espero que pela última vez), e escrever mais umas 40 páginas.

Estava pensando em idéias para a formatura. Como já tem a Colação de Grau e tudo mais, talvez a gente nem precise da Formatura em si. Será que tem como a gente deixar a Colação de Grau mais chique um pouco? Aí o dinheiro da Formatura vai pra viagem. Ontem falei com algumas meninas da escola e tivemos muita idéia boa pra arrecadar fundos. Afinal, em 2010, nós que vamos tomar conta de todos os eventos da escola. E a viagem, pensei em algum lugar mais perto. Acho muito chato se no fim das contas a gente for pra Porto Seguro. Todo mundo vai pra lá! E eu com essa minha mania de ser diferente não acho muito interessante. Acho que se a gente viajar pra um lugar mais perto é melhor, porque sai mais barato, mais gente vai poder ir, e quem sabe, a gente faz uma viagem que dura mais. Nisso, veio a idéia de Guarapari, no Espírito Santo( não adianta, agora não lembro quem lembrou de lá, só sei que não fui eu). Legal.
Tipo, quem fala do Espírito Santo? Nem no telejornal eles falam. Parece um lugar esquecido. Até a Ilha de Marajó - que é uma ilha - tem mais atenção.Meu, acho que o Espírito Santo nem sotaque tem!
Claro, que deve ter, mas a mídia não divulga pra gente. Sacanagem isso.
Acho que vai ser muito mais legal e diferente passar a viagem de formatura no Espírito Santo que na Bahia.

Agora eu estou aqui pra pedir desculpas mesmo. Eu não queria escrever isso aqui no blog, porque qualquer ser humano da Terra pode ver isso, mas como o problema é entre eu e todo o estado do Rio, eu acho que preciso pedir desculpas formais.
E deixar bem claro que eu não acredito em superstições. Não uso roupa branca no Ano Novo, e nem me importo de passar por baixo de uma escada.
Eu já tava há mais ou menos uns dois meses, precisando dar uma arrumação no meu quarto. É óbvio que considerando que eu divido meu lindo quartinho com meu irmão, ele deveria me ajudar. Mas ele é um preguiçoso e vivemos num mundo machista em relação a quem arruma o quarto.
Limpei todos os cantos - até atrás do guarda-roupa - mudei os móveis de lugar, ajeitei as cortinas cor-de-rosa(se meu irmão não quer me ajudar, dane-se, eu ponho cortinas cor-de-rosa), reorganizei todos os livros. Montei e desmontei o PC.
Mamãe chegou do trabalho e quase teve um ataque.Ela virou e disse pra mim: "Luma, arrumando o quarto? Vai chover!" Acho que é porque eu não fazia isso desde, tipo assim, NUNCA! Não pense que eu sou desorganizada. É só que a minha mãe parece que tem TOC. Meu quarto é até um tanto organizado. Tá sempre varrido, sem poeira nos móveis, com a cama arrumada. Só a mesinha do computador que está sempre cheia de livros, estojo, cardeninhos, etc.
Lá pras seis horas da tarde começou a relampejar e ter um monte de trovões. E veio uma chuva torrencial. Mesmo fechando todas as janelas do apartamento, ainda entrava água, pelos espacinhos entre a parede e a janela. (não pense que moro num fim de mundo - mas é que tava chuvendo muito mesmo). À noite, a chuva foi parando. Isso foi no dia 29 de dezembro.
No dia 30, eu acordei e mantive meu quarto organizado. E à noite, choveu de novo. Dessa vez, mais fraco, só que por mais tempo. É claro que eu não caí na pilha da minha mãe, achava que isso era normal, porque estamos no verão e aqui tá fazendo um calor surreal.
No dia 31 de manhã eu ligo a tv e vejo as notícias. Gente, o lance foi sério.
Na baixada fluminense - tá, isso é meio longe daqui - um monte de gente ficou desabrigada. Gente morreu. Isso é MUITO sério.
Depois eu soube, no telefone com Isa, que até Niterói - a cidade mais perfeita e que eu mais amo no mundo(se não fosse o calor de verão), a MINHA CIDADE - foi atingida. Deslizamentos - o google chrome tá dizendo que essa palavra tá errada, com essa ondinha vermelha embaixo, mas dane-se porque vai ficar assim mesmo - de terra, acabaram com a casa da prima dela. O menos pior é que todo mundo tá bem, graças a Deus!
Claro que eu fiquei nervosa. E mais desesperada ainda quando no dia 1º de janeiro, acordo e fico sabendo do que aconteceu em Angra dos Reis.
Na terça, dia 29, enquanto arrumava meu quarto, eu tava pensando: "Se eu tivesse grana agora tava numa daquelas ilhas de Angra e não arrumando meu quarto."
Óbvio que eu fiquei chocada. Eu continuo não acreditando em superstições mas eu ter arrumado a casa e depois ver o que aconteceu com aquelas pessoas me traz um sentimento meio estranho. Não estou me sentindo culpada nem nada (eu sou um monstro, né?), mas muito triste. Sei lá, só sei dizer que é estranho.

De qualquer forma, estou aqui há umas meia-hora, tempo que eu já teria escrito muita coisa no Missão na Terra. E claro, que eu poderia começar a escrever o conto de alguns capítulos que quero postar aqui em janeiro. E que eu poderia estudar pro vestibular.

Beijos, pessoinhas!!!
= ***

1 de janeiro de 2010

O que eu tô correndo atrás. - só querer não basta!

Bem, como eu já disse antes, esse lance de blog é a uma mega terapia. Acho que até o meu diário de verdade já tá com ciúmes, coitado.

Mas, pela primeira vez nesses 17 anos, estou cheia de planos, há! E sabe o que é bom? É que eu sou uma pessoa tão chata e persistente, que eu sei que vou até o fim!!
Então, olha só: motivos para o ano 2010 ser especial:

- Eu vou fazer 18 anos em novembro!

- Logo vou poder doar sangue e me cadastrar como doadora de medula. Isso é muito importante. Quando as pessoas aprenderem que se ajudar é importante, as coisas vão melhorar. Não adianta desejar só um ano maravilhoso pra no fim das contas continuar sendo egoísta.

- Quero ver se dá pra entrar na auto-escola já em dezembro(pesquisar sobre isso e juntar grana no meu porquinho de barro)

- Me preparar porque no próximo Reveilón, com 18 anos, eu não vou ficar com a minha família parada. MESMO.

- Meu Deus, eu estou no último ano. Queria ter mais tempo de escola. A energia daquele lugar é maravilhosa. Se eu pudesse morava lá.

- Vou tirar título de eleitor. - é, tô ficando adulta, kkkk

Coisas que eu PRECISO fazer:

- Eu ia prometer falar menos. Mas como vai ser meu último ano na escola, eu acho que tenho que aproveitar ao máximo. Dane-se quem me acha insuportável.

- Isso vai ser verdade: tomar menos Coca-Cola zero. Eu preciso entender que aquilo é uma bomba de sódio que pode me matar. Se for pra me entupir de refrigerante, que seja Mineirinho, que é produzido na minha cidade.

- Dar um jeito sobre a minha profissão. Porque eu quero ser psiquiatra e trabalhar em hospício. E é claro que meus pais não concordam. Papai quer que eu seja uma cardiologista, ortopedista, essas coisas. E mamãe quer que eu passe num concurso público e faça algum curso que eu só precise frequentar à noite. A droga é que, se eu fizer vestibular pra medicina é bem, mas bem provável que eu não passe. E eu perderia mais um ano de cursinho, gastando dinheiro e atrasando em mais um ano a minha formação. Tipo, eu só ia conseguir ser neurologista ou psiquiatra lá pelos 30 anos. Ó vida cruel. Mas tem psicologia. E tipo, eu amo psicologia. Imagina trabalhar como psicóloga de presídio? Deve ser MUITO interessante. Porém, papai não quer que eu faça psicologia de jeito nenhum. E como é ele que vai me sustentar durante o curso(porque tudo isso é em horário integral, :\), preciso dar um jeito. Afinal, acho que se eu estudasse muito, eu poderia passar pra Psicologia esse ano. E com 23 anos eu já estaria formada. Teria tempo de casar, comprar um sítio e ter seis filhinhos: Ianaê, Artur, Bernardo, Mariane, Henrique e Melissa/Jane/Juliane(tô decidindo). Se eu fizer Medicina não vai dar mesmo!
A droga é que as específicas são diferentes, nem dá pra deixar Psicologia na segunda opção. Que M!

- Preciso juntar dinheiro e passar pra final da 2ª ONHB. eu quero ir pra Campinas de novo. Por quê? entenda: Em Campinas juntaram 26 adolescentes de 15 a 17 anos em uma casa, com um disk pizza, um cozinha e material pra brigadeiro. Isso sim é felicidade!

- Preciso comprar livros. Essa coisa de fazer um monte de download ilegal é uma baita sacanagem. Se existisse um Fnac aqui por perto, eu não passaria por isso. Mas só tem Fnac na Barra da Tijuca- foi o que me disseram - e, tipo, É MUITO LONGE DAQUI!!

- Terminar logo de escrever o meu livro, o Missão na Terra. eu já tô quase no final, mas fico voltando e revisando tudo, porque sempre acho que tá ruim. como que a Meg Cabot consegue escrever livros tão bons em tão pouco tempo? Ah, vai ver ela não é que nem eu, que volta e revisa tudo. Pode ser.

- Jogar na Quina. O jogo é só R$0,50 e tem sorteio todo dia. Eu faço uma combinação de cinco números e jogo a mesma todo dia. Uma hora vai ter que sair essa combinação. Afinal, serão 6 jogos por semana em 52 semanas. Pelo menos quatro pontos uma hora eu vou ter que fazer, fala sério.

- Me dedicar ao blog. Pelo menos isso eu escrevi grandão na minha agenda nova.

- Ih, é, a minha agenda. Como é a primeira vez que compro agenda pra organizar a minha vida, tenho que me dedicar a ela. Claro que meu terapeuta principal vai ser o meu diário, que fica escondido e protegido de tudo e de todos. Mas na agenda eu preciso anotar meus compromissos e trabalhos de escola pra não esquecer mais nada!

- Independente da próxima série que o SBT vai usar pra substituir Sobrenatural eu vou assistir. Eu preciso assistir algo além de E24 e A Grande Família agora que Toma lá dá Cá acabou. Antes eu ainda tinha o Linha Direta. Já que com certeza não vai ser em 2010 que vou ganhar uma tv por assinatura.

- Passar as minhas fitas VHS que estão trancadas no quartinho da bagunça - que na verdade é um quarto de empregada, mas pobre não tem empregada - para DVD. Eu quero ver se eu era uma criança inteligente feito a Maísa ou uma criança burra. Isso é importante.

- Imprimir e fazer todos os vestibulares antigos que eu baixei do site da Uerj. Procurar os vestibulares antigos da UFF e da UFRJ. Ou eu não vou passar nem pra Música com Otoboé(é assim que se escreve?)

- Participar de todas as promoções e concursos. Um dia eu vou ter que conseguir alguma coisa.

- Prestar qualquer concurso público. Vai que eu descolo um emprego pra 2011? Se o salário for bom, tchau temporário a univerdade.

- Ver como vai ficar minha relação com o Twitter. Até agora não vi nada de interessante nesse lugar que nos restringe a 140 caracteres. Quem leu o post até aqui já sabe o porquê.

- Tirar fotos e fazer um álbum bem lindo escrito 2010.

- Entrar pra comissão de formatura da escola e levar idéias boas
(preciso pensar MUITO)

- Visitar o Racionalismo Cristão. Sou doida pra saber como é.

- Escrever mais no Recanto das Letras.

- Fazer posts menores no blog. Algo me diz que vai ser o mais difícil.

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