30 de dezembro de 2009
E lá se vai 2009 - Parte 3 - Pessoas
26 de dezembro de 2009
E lá se vai 2009 - Parte 2 - Meg Cabot
E por onde eu parei mesmo? Ah, sim, quando eu tava falando de livros, literatura e cheguei em Meg Cabot. Porque eu acho, que, tipo assim, a leitura foi feita pra divertir a gente. Se eu quiser ler algo difícil pra quebrar a cabeça eu leio um artigo científico. E é aí que a Meg entra. Porque os livros dela são super divertidos.
E pensar que no início do ano, lá pra primeira semana de janeiro, eu nunca tinha ouvido falar dela.
Então, como fã de alguém, acho que tenho o direito de contar a minha história sobre isso, certo?
Tudo começou quando na virada do ano eu quis ler Crepúsculo, porque tava todo mundo lendo e talz. O lance é que eu e minha teimosia levamos a coisa tão a sério que eu baixei os livros e deixei guardadinhos na pasta "Luma Beatriz" que tem no PC aqui de casa. Papai, mamãe e Teco - que é como chamo meu irmão - resolveram ir ver os fogos para Copacabana. Mas como eu não gosto de fogos mesmo, fiquei em casa. Sozinha. Ouvindo o especial da Claudia Leitte na Record e lendo Crepúsculo no PC. Não pense que eu sou emo, solitária ou doida. Bem, tem gente que diz que eu sou meio doida. Mas eu acho que não. Quando eu contei pras pessoas oq eu fiz no Ano Novo quase me apedrejaram. Mas eu fiquei muito mais feliz lendo Crepúsculo, ouvindo Claudia Leitte, sozinha de pijamas no meu quarto e comendo biscoitinhos amanteigados de chocolate da Bauducco do que eu ficaria se eu estivesse em Copacabana. Estou falando sério.
Bem, fiquei viciada na saga porque nunca tinha lido nada tão simples e divertido. E quis ver o preço do livro na internet. Foi nessa que entrei no submarino e digitei: "Crepúsculo". Nisso me aparece, além do livro da Stephenie, um outro, da série A Mediadora que eu nunca tinha ouvido falar. Mas li a sinopse e achei legal.
E foi aí que eu relacionei o nome da autora com a de "Tamanho 42 não é gorda" que eu tinha visto na Sisciliano - que agora é Saraiva - do Plaza shopping outro dia com Isabela. E tipo, eu teria comprado o livro se ele não custasse uns quarenta reais, considerando que meu manequim é 42 e eu vivo discutindo coma balança. (discutindo literalmente - eu a que tem no banheiro aqui de casa não nos comunicamos há mais de um ano por ela ter me ofendido das ultimas vezes)
Nisso eu baixo tudo e invento de ler nas férias. Pronto, virei fã da Meg. Talvez porque eu sou meio neurótica - tem gente que diz que eu sou totalmente neurótica, mas acho que não é pra tanto - e todas as personagens dela são. E quando você é uma neurótica e vê que tem gente que te entende, é superlegal.
Vou baixando um monte de livros dela, lendo tudo, vigiando a Saraiva e Submarino na internet todo dia procurando promoção dos livros dela. Entrando nas comunidades dela e de seus livros no orkut e conhecendo outras fãs neuróticas como eu.
Volto pra escola chateando todo mundo pra ler também. E descubro que ela vem pro Brasil. Pronto: o alarme fã maluca apitou.
Me preparei pra vê-la na Bienal do livro. Eu ia no domingo, dia 13, com a minha mãe, mas a escola inventa de fazer a excursão da bienal no dia 11, que ela também tava lá.Eu armei o plano de ir na sexta e no domingo.
Saio da escola na sexta preocupada com a fila, desesperada de não conseguir falar com ela.
Eu e Ana Carol encontramos a fila gigante pra caramba e corremos pra lá. São 11 da manhã. Conhecemos muita gente na fila. Meninas neuróticas viciadas em Meg Cabot. Cara, um dia nós dominaremos o mundo. Meninas como a Bruna e a Priscila, e claro, a Marcelle, que era da nossa escola e eu nem reconheci. Só quando ela falou de São Gonçalo. Aí eu viro: "Ah, eu te conheço de algum lugar." E ela solta: "Ah, é porque a gente é da mesma escola." Abafa o caso, meus caros.
E quando eu tô entrando na cabine pra ver minha ídola - existe ídola ou ídolo é um substantivo que não varia? - quase tenho um treco. Tô falando sério. As meninas da fila pensaram que eu ia morrer porque tremia sem parar. Até o segurança dela ficou preocupado comigo, tem noção?
E quando eu entro pra pegar autógrafo, tcharam! Eu começo a gritar. O engraçado é que eu começo a gritar em inglês. Meu, que criatura brasileira em sã consciência grita em inglês quando tá nervosa? Eu devia estar muito louca. Depois Yanae me disse que o pavilhão inteiro ouviu meus gritos. Dane-se, eu tava nervosa mesmo. E eu tava com uma baita duma sorte. Porque, se você pensar, quantas pessoas conhecem seus ídolos internacionais, abraçam e conversam com eles? Quantos, hein?
E como anda minha leitura de Meg cabot? Bem, digamos que li os seis livros da série A Mediadora, os quatorze livros da série o Diário da Princesa, os três livros da série Os mistérios de Heather Wells, Pegando Fogo, Sorte ou Azar?, Ídolo Teen, Airhead, Avalon High(fofo demais, eu tenho que arrumar a continuação) e daqui a pouco começo a ler Como ser Popular?.
Mamãe disse que eu sou meio doente, considerando que eu virei a noite de Natal lendo Avalon High, e que eu virei noites lendo toda a série de Mia Thermopolis sem parar. Mas acho que é porque mamãe não sabe o que é ser fã de alguém. Ou talvez soubesse, quando ela tinha 15 anos, na década de 80, e curtia os Menudos.
23 de dezembro de 2009
Nina & Caio, Parte VI - Final
Estou preparando uma nova novelinha-conto para janeiro, e pelo que eu estou bolando vai ser muito legal!!
Ah, espero que gostem do final!
19 de dezembro de 2009
E lá se vai 2009 - Parte 1
Quis listar algumas coisas que me aconteceram esse ano. às vezes me parece que ele não foi tão significativo, mas olhando bem, foram tantas coisas!
1 . Inventei de escrever. Passei as férias sem ter o que fazer, e comecei a ler muito. Como tudo isso começou? Uma longa história, mas vamos lá.
Em maio de 2008(é, ano passado), no aniversário de Bel, Amanda e Bruno começaram a falar de Harry Potter, e eu me senti boiando. Afinal, eu mal tinha assistido os filmes! Decidi então que ia ler Harry Potter pra nunca mais ficar boiando quando alguém tocasse nesse assunto.
Pedi emprestado a Amanda o primeiro livro da série, queria ler tudo na ordem. Ela me emprestou e em três dias eu li tudo. Hoje em dia, em três dias eu leio muito mais, mas naquela época, ler quase 300 páginas em três dias pra mim era um recorde.
Depois veio o problema, ninguém tinha o segundo pra me emprestar. Todo mundo que tinha lido o segundo, tinha sido emprestado com alguém que eu não conhecia.
Parei então no primeiro livro. Mas lá pra setembro(de 2008 ainda) abriu a biblioteca lá da escola, e eu inventei de ler de novo. Li muito Agatha Christie. Afinal, Isabela vivia falando de Agatha Christie isso, Agatha Christie aquilo. Na verdade, eu era tão por fora do assunto Agatha Christie, que eu imaginava que ela era uma escritora adolescente. Mas na verdade a mulher tinha vivido no começo do século, tinha morrido na década de 70, e escrevia mistérios do tipo "quem matou". É, nada a ver com o que eu imaginava.
Depois juntei uma grana, comprei outros Harry Potter. Quando chegou a febre Crepúsculo, eu inventei de baixar e-book da internet. Viciante.Li muita coisa made in net.
No início do ano, a nova professora de português mandou a gente escrever uma narração, e ela gostou do meu texto sobre uma pintura de Van Gogh. Nunca ninguém tinha elogiado uma redação minha. Quis progredir. Inventei de escrever também.
Nunca gostei muito de poesias, nem de nada com linguagem difícil. Acho que leitura é pra se divertir. Se eu quiser ler palavras difíceis, leio um artigo científico, poxa!
Comecei a escrever meu livro. Nada que eu não entendesse. Queria fazer um mistério, algo policial. Mas eu não entendo nada de polícia, meu livro iria ficar uma droga! Fiz um romance de linguagem simples, adolescente, algo que eu leria. Lembrei da Débora do curso de inglês, que uma vez disse que uma pessoa precisa plantar uma árvore, escrever um livro e ter um filho. Acho que eu já tinha começado a fazer a minha parte em relação ao livro.
Outra pessoa que me manda energia positiva pra escrever o livro é a tia Gleysa,mãe de Carol. Ela diz que eu pareço a Clarice Lispector, e mesmo eu tendo odiado " A hora da estrela", acho que isso é um elogio.
Minha grande inspiração, ídola e o que eu quero ser quando crescer é tipo a Meg Cabot. Ela mostra que escrever, é pra se divertir e divertir os outros. Mas aí, já é assunto pra outro post.
ps.: Tentei escrever isso apenas no meu diário comum, mas não consegui, acho que precisava dividir essas histórias com o mundo.
17 de dezembro de 2009
Nina & Caio, Parte V
15 de dezembro de 2009
ONHB - Unicamp
Foi a final da 1ª ONHB - Olimpíada Nacional de História do Brasil na Unicamp, em Campinas. Uma viagem fantástica e divertidíssima.
Quero listar aqui alguns momentos e observações importantes em meio a essa grande aventura:
1 - Larissa e sua vaca. Larissa queria muito comprar uma vaca no Colheita Feliz, tava juntando dinheiro há um tempão. Ela queria usar logo o computador pra comprar a vaca e jogar. Mas a professora Marisa disse que antes de parar na pousada, a gente iria no shopping. Larissa queria logo ir embora do shopping pra ir pra casa comprar a vaca. Quando a gente entra no shopping, Larissa fala bem alto: "Vamos rápido, que eu ainda tenho que compar uma vaca!"
2 - Eu, Vivi e o cartaz para o pessoal da Impacto 003, de Natal-RN. como eles não puderam ir, decidimos fazer um cartaz para tirar foto e mandar pra eles. O problema é que a gente chegou sexta a noitinha e não teve tempo de ir a lugar nenhum. No bairro de Barão Geraldo, em Campinas, só existe casas e restaurantes, nem sinal de papelaria. E olha que lá tem uma universidade! Eu e Vivi ficamos rondando o shopping atrás de papelaria, pra comprar uma cartolina branca, piloto preto e vermelho - algo super flamenguista, eca!
3 - Tomar milk shake. Podem me zoar, mas eu nunca tinha tomado milk shake na vida! E descobri que é muito gostoso!!
4 - A pizza de Campinas é o que há. Massa fininha, muito recheio e a muzzarela por cima. Aquela pizza me conquistou.
5 - Sotaque do interior paulista é o máximo. Aqueles "r" de caipira são muito comédia. toda vez que alguém falava eu tinha que segurar a risada. Po, aqui no Rio ninguém fala assim! O mais engraçado é ir pro shopping e ver aquele monte de patricinhas falando "porrrrta" rs
6 - A quantidade de emos é surpreendente. É emo demais! Deve ser a maior densidade demográfica de emos do país!! O lance da emotividade tava tão em alta que até o ônibus era emo. Ele tinha freio sensível - foi o que o motorista disse - e chorava!- na verdade era tipo uma goteira que tinha dentro do onibus por causa do ar condicionado.
7 - Jogar queimado na chuva não tem preço! A gente ficou jogando queimado no asfalto, em plena rua, em chuva torrencial. Lá as ruas são tão tranquilas que só apareceu um carro pra perturbar a gente!
8 - As frutas de Campinas são mutantes. Elas são muito bonitas, devem ter muito agrotóxico! As maças são muito vermelhas - que nem as que mamãe custa a achar aqui e que eu gosto muito - e as bananas são 100% amarelas, não têm nenhuma pintinha!!!
9 - Dênis e Davi me fizeram rir muito! Cantaram Nosso sonho, do Claudinho e Buchecha, durante as 60 horas de viagem, sem parar. Ninguém aguentava mais: "Gatinha, quero te encontrar..."
10 - O brigadeiro da Tayane. Muito bom, ela faz no ponto, o meu sempre cria bolinhas duras e queimadas.
11 - Quatro e meia da manhã, a gente há praticamente 48 horas sem dormir. Estávamos bêbados de sono. Parecíamos drogados, mas era só sono mesmo. Ríamos o tempo todo, sem motivo algum. Eu, Tayane e Larissa chegamos a rir rolando no chão da área de serviço só por rir. Talvez fosse a Sukita.
12 - Os livros da Meg Cabot na Fnac. Muito baratos! Adoro livros, adoro promoção, adoro Meg Cabot. Os três juntos? Amo muito.
13 - Conhecer o pessoal de outros lugares. Uma mistura de sotaques surpreendente!
14 - Jogar mímica e presidente na garagem em plena madrugada é bom demais. Ri muito!
15 - Quando se junta 20 adolescentes entre 15 e 17 anos, uma coisa é certa: Ninguém dorme! E ninguém dormiu!
16 - Lá tem refrigerante de 3,3litros. Superrrrrrlegal, né?
10 de dezembro de 2009
Texto de Teco
Leiam e saberão:
O relacionamento com a sociedade
O relacionamento dentro de casa pode influenciar na relação com a sociedade como por exemplo, se a criança for mal-tratada a tendência é que ela seja violenta na escola nas ruas, se revolta em casa pelo menos é o meu ponto de vista.
Mas tem gente que acha o seguinte que a criança pode ser mal-tratada em casa mas se ela é violenta fora de casa fala que a criança é um capeta que já nasceu ruim fala, que a criança é tudo de ruim.
Também tem gente que fala que a criança ou adolescente reflete nos pais se os pais são bons ou ruins e etc.
E eu concordo eu acho que devia existir mais amor e carinho entre pais e filhos.
Talvez eu não seja a única neurótica na família..
8 de dezembro de 2009
Nina & Caio, Parte IV
7 de dezembro de 2009
Falta pouco pro Natal!
As pessoas que trabalharam arduamente o ano todo pelo seu décimo terceiro já está gastando o que recebeu com dívidas acumuladas ao longo de 2009.
Os pobres frangões(tipo chester), perus e leitõezinhos estão no corredor da morte. E as pessoas querem emagrecer para a Noite Feliz, quando engordarão tudo outra vez.
Mas algumas coisas mudam.
A musiquinha "Já é Natal na Leader Magazine..." em ritmo natalino, que embalou a minha infância não existe mais. Agora os publicitários quiseram mudar o ritmo da musiquinha que embalou nossas vidas para uma espécie de "hip hop". A letra do "Já é Natal na Leader Magazine, ..." continua, mas sem aquele jeitinho de Natal não é a mesma coisa.
Papai me fez montar a árvore de Natal o mais rápido possível. A gente sempre monta em 26 de novembro, mas esse ano eu(que sou a responsável por esse trabalho), fiquei enrolando. Aí me vem papai dizer que "quando a família passa o Natal sem árvore montada algum membro dela morre". Então significa que se a gente monta a árvore é garantia de vida? Papai e suas supertições.
Ah, Natal também me lembra papai Noel, o símbolo de como o mundo é afetado pela publicidade. Na sexta série, eu fiz um trabalho sobre A História do Papai Noel, e descobri coisas muito interessantes. Como que, até a década de 1930, o papai Noel usava roupa azul. Mas a Coca-cola fez uma propaganda dele usando vermelho e a imagem ficou assim até hoje. Curioso, não?
Devido a isso, pobres velhinhos que fazem trabalho temporário em shoppings estão utilizando roupas quentes e pesadas, com uma barba que deve incomodar pra caramba, nesse verão carioca onde os termômetros giram por volta de 40ºC!
As famílias se juntam na noite feliz com várias razões. Pode ser para falar mal de quem não está perto, pode ser para beber, comer e chatear as pobres crianças. A partir daí surgiu a minha teoria. Os pais subornam as ingênuas crianças com presentes.
Fala sério, pergunte a uma criança o que é bom no Natal. Ela vai dizer "ganhar presente". Talvez brincar com os primos. Como os pais bebem até ficarem chatos e ignoram o universo infantil, a estratégia de dar presente serve como um "cala a boca e me deixa em paz!". Logo as crianças já aprendem desde cedo a serem adultos corruptos que se vendem facilmente. Até as comidas de Natal não satisfazem as crianças. Elas não gostam de peru, panetone, avelãs, etc. Alguém faz bolo de chocolate, brigadeiro, cachorro quente ou hambúrguer? Não, ninguém faz!
Eu tenho muita coisa sobre Natal para desabafar aqui, mas não vou postar agora senão o texto vai ficar grande demais.
Além disso tenho muita coisa pra fazer, como terminar de escrever Nina& Caio, arrumar meu quarto, terminar as leituras empacadas e ainda ir na casa lotérica para a mamãe.
P.S.: esse blog nunca que vai conseguir ser sério e decente, tsc tsc...
2 de dezembro de 2009
tive que postar
29 de novembro de 2009
Nina & Caio, Parte III
Entrei em casa cantando feito uma idiota. Só não me lembro agora qual era a música. Mas era uma música bem ridícula, não estou brincando.
Como entrei pela porta da cozinha, fui direto lavar as mãos na pia e depois pegar um copo de água na geladeira. Acho que pelo fato de ter me escutando entrar em casa e pior, cantando, Marina veio lá de dentro falar comigo.
- Posso saber o que aconteceu? – ela perguntou enquanto saía do corredor, chegando à cozinha.
- A melhor coisa do mundo, Mari! – respondi sorrindo.
- Oh, meu Deus, acabou a fome no mundo? Fidel Castro morreu? Acabou o talibã?
- Não, melhor!
Lavei o copo que bebi água, coloquei no porta-copo e fui andando em direção à sala. Marina veio atrás de mim:
- Me conta logo criatura!
- Amanhã eu vou sair com o Caio! – eu disse suspirando enquanto caía no grande pufe laranja que havia no canto, ao lado da televisão.
- NÃO ACREDITO! HÁ! – ela gritou.
- Eu que vou sair com o cara que eu amo e você que grita?- dei uma pausa. – Peraí, tem alguém em casa?
- Tem eu e você, Nina.
- Não, eu quis dizer além da gente, né?
- Não. Mas me conta como foi isso. Eu sabia que uma hora ele não iria resistir a ti, amiga!
Esse “ti” da Marina é tão fofo! Nessas horas eu queria ser gaúcha que nem ela, só pra falar “ti” desse jeito.
Me levantei e contei à Marina. Quero dizer, contei que eu tinha vindo de carona com ele e que depois ele me chamou pra sair e tal. O lance é que eu contei encenando.
- ... aí ele não acreditava, sabe? Ficava falando “quero dizer” toda hora, uma coisa tão meiga!
- Você tá parecendo uma menina de doze anos! – ela deu uma risada.- Mas e aí, você ficaram?
- É, não. – eu disse desanimada enquanto caía no sofá. – Ai, vai ver é isso, Mari!
- Isso o quê?
- Ele não me chamou pra sair, sair mesmo, quero dizer, do jeito que eu gostaria. Vai ver ele me chamou pra sair porque quer me mostrar algum lugar mesmo, mas sem romantismo, só como amigos, sabe?
- Não to entendendo, Nina.
- Como não? Ele não me chamou porque se interessa por mim. É isso, ele só me quer como amiga mesmo. Porque senão, vai ver ele teria ficado comigo, sabe como é.
- Você ta viajando.
- Não to nada. Mas pensa comigo, se...
Nessa hora fui interrompida pelo telefone que tocava. Marina se levantou e foi atender:
- Alô? – pausa – Ah, oi. – pausa – Não, ela já está dormindo. – É tia, a senhora sabe como é. Medicina é super cansativo, a Fernanda tem que dormir sempre que dá, coitada. – pausa. – Pode deixar que eu aviso a ela. – pausa – Uhum, não se preocupa, amanhã ela te liga. – pausa – Fica tranqüila, tia, não vou me esquecer. Ah, e manda um beijo pra mamãe. – pausa – Beijo, tchau.
Ela desligou o telefone.
- Onde que a Fê está afinal?
- Ah, hoje ela não dorme em casa. Saiu com o Miguel.
- Coitada da sua tia. Não entendo como vocês duas conseguem ser tão diferentes sendo da mesma família.
- Nem eu entendo, Nina.
- Ok, voltando ao assunto. – continuei falando enquanto fui à cozinha e voltei com uma maçã. – Isso não está certo. O comportamento do Caio, quero dizer. Ouve bem Mari, eu já tive cinco namorados, isso desde os 13. Sem contar o que não se tornou oficial. Eu tenho experiência nisso, sabe?
- Vai começar com neurose de novo?
- Não é neurose. É que você é muito nova. Acha que o mundo é um conto de fadas. – dei uma mordida na maçã e continuei falando de boca cheia – Ele é um homem, amiga. Tem 25 anos.
- Eu não sou nenhuma idiota. Não é porque eu tenho 17 e nunca tive um relacionamento duradouro que eu não entendo nada.
- Ah é, você vê novela.
- Não tem graça nenhuma, Nina. Vamos acabar com isso e ir dormir porque já são meia-noite e eu tenho um monte de coisas pra fazer amanhã.
- O que você vai fazer amanhã? – perguntei. Afinal, desde quando Marina têm algum programa nos fins de semana?
- Eu tenho que... que... visitar minha tia. Não a mãe da Fernanda. A minha tia por parte de pai.
- Eu não sabia que você tinha parentes no Rio.
- Tá vendo? E você acha que sabe de tudo. Minha tia mora na Tijuca.
- E você sabe chegar lá? – perguntei.
- Sei, eu me viro.
- Tá legal. Tá, vou tentar dormir né? Amanhã tenho que ver a vovó no hospital, adiantar um trabalho, marcar hora no salão, porque eu estou péssima.
- Ah, é você está péssima, ta mesmo. O que é isso? Ah, é você tem um fio de cabelo em pé, uhum. – Marina me disse com ironia e foi pro quarto dela.
Depois disso tomei meu banho e fui dormir. Fernanda não iria dormir em casa. E Juliana estava fora também, o que significava o meu quarto só pra mim! Eba!
P.S.: Sei que essa história está chata pelo fato de eu estar explicando muito a vida da Nina e com o Caio aparecendo pouco. Mas isso é importante para que entendam como é a rotina da Nina, como é a personalidade dela.
23 de novembro de 2009
Nina & Caio, Parte II
Gente, aí vai mais um pedacinho de Nina & Caio
- Quer sair comigo?
Parte II
- Hum, quê?Eu me fingi de desentendida e comecei a tirar o cinto de segurança. É porque vai que eu invento de sorrir e correr dizer um sim e ele tava zoando com a minha cara. Isso acontece em filmes adolescentes, eu já assisti.
- Eu tava pensando se você queria sair comigo amanhã, sabe?
Eu tentei juntar as idéias. Peraí, o Caio realmente estava me chamando para sair? Isso REALMENTE estava acontecendo? Acho que como eu fiquei parecendo uma idiota ele continuou, meio que se justificando:
- É que eu conheço um lugar que é a sua cara, Nina. A sua cara mesmo. E aí eu achei que seria legal você conhecer. Porque você gosta de lugares assim. – ele parecia nervoso. – Quero dizer, eu acho que gosta. Quero dizer, de lugares como esse que eu conheço. E, não precisa se preocupar, é como amigos, mesmo. Quero dizer, como amigos, sabe? E...
- Seria ótimo. – eu respondi sorrindo.
Ele estava nervoso. Por estar falando comigo! Isso não é fofo? E ele disse “quero dizer” várias vezes. Ótimo, isso significa que se eu quiser, eu posso ficar no controle da relação. É, eu é quem mando. Tá, isso soou maquiavélico. E não é porque O Príncipe, de Maquiavel é o meu livro preferido que eu sou maquiavélica. Eu sou uma pessoa sociável e de bom coração. Sou mesmo.
- Tá, que horas eu posso passar aqui pra te pegar então?
- Ah, não sei, que horas pode ser pra você?
- Às oito? – ele perguntou.
- Ótimo pra mim.
Me inclinei e dei um beijo no rosto dele:
- Te vejo amanhã. – e saí do carro.
Enquanto eu estava na portaria do prédio, dei uma olhada pro carro dele, que ainda estava parado na calçada. Ele sorriu pra mim pela janela aberta. Sorri de volta e entrei no prédio.
- Seu Pedro, não está uma linda noite? – cumprimentei o porteiro, um senhor de uns 60 anos, baixinho e bigodudo, porém simpático.
- Com certeza. Cheia de estrelas. – ele me respondeu.
Entrei no elevador e fui até o apartamento, sorrindo feito uma criança boba. Fala sério, EU NÃO SOU A PESSOA MAIS SORTUDA DA FACE DA TERRA?
21 de novembro de 2009
haapy birthday?
Sério, eu devo ser muito azarada mesmo!
O Globo online Brasil:
- Aluna é suspeita de envenenar água dos professores em MG
- Piloto de avião agrícola bate em fios e morre no RS
- Câmera flagra PM agredindo motociclista em SC
- Jovens descobrem que foram trocados em maternidade de SP
- Chuvas e vendavais deixam 8 mortos no sul do país
- Sepultura é violada em ritual religioso no RS
- Ladrões instalam explosivo em empresa na BA
- Bandidos usam granada para roubar carro forte em PE
preciso postar os outros sites?
Acho que vou ali fazer uma oração, cara..
14 de novembro de 2009
Nina & Caio - Parte I
São questões assim que pretendo abordar em Nina & Caio, um conto que quero desenvolver com o tempo. Hoje quero postar a primeira parte dele. Boa leitura!
Nina & Caio
Eu já estava saindo da faculdade. Essa rotina de trabalhar durante o dia e cursar Jornalismo à noite era bastante cansativa. Se bem que não era bem trabalho. Era apenas meu estágio. Mas eu trabalho mais do que os funcionários efetivos daquele jornal, então o que eu faço durante o dia pode ser considerado trabalho. Quero dizer, eu acho.
- Quer uma carona para a república, Nina?
Era o Caio que me chamava. Ele é um amor mesmo. Mas eu acho que ele mal sabe que eu existo. Na verdade ele até sabe que eu existo. A diferença é que não do jeito que eu sei que ele existe. Nem que eu seja apaixonada por ele. Isso é patético. É só algo diferente.
- Você vai pra lá agora? Porque eu não quero te atrapalhar, você sabe.
- Deixa de bobeira, eu vou para Icaraí de qualquer jeito. Vamos logo, é perigoso você andando sozinha por aí.
Entrei no carro e agradeci. Logo em seguida ele me deu um beijo no lado esquerdo do rosto. Deve ser por isso que ele me vê como um amigo. Você não leu errado. Deve ser algum amigo homem, porque ele não se interessa por mim. Afinal, quem se interessaria por uma garota que vai ao Maracanã quase todo domingo ver qualquer jogo? Seja Vasco, Fluminense, Flamengo ou Botafogo, eu estou sempre lá. É o espetáculo do futebol. Além do fato de eu não usar maquiagem ou fazer escova. Mas se for para Caio se interessar um dia por mim, vai ter que ser do jeito que eu sou. Sem maquiagem e respeitando meu futebol, ele é sagrado. Ei, mas o que eu estou falando? Eu nem estou apaixonada por ele, não é mesmo? Pois é, porque eu não estou.
No meio do caminho, o celular dele tocou. E ele atendeu no trânsito. Isso é ilegal. Mas foi sexy. Meu Deus, o que eu sou? Uma vândala? Uma bandida? É, acho que é isso que eu sou. Ou estou me tornando.
- Tá, eu estou indo pra aí. – ele disse na linha. E depois voltando-se para mim. – Que droga!
- Que foi? – eu só quis manter a conversa, porque, bem, eu já tinha problema demais para saber o dos outros.
- Eu vou ter que voltar pro campus pra pegar uns papéis com o Gustavo. Mas fica tranqüila que eu te deixo em casa primeiro.
- Não precisa se preocupar comigo, eu posso me virar. Quero dizer, eu posso pegar um ônibus, você sabe que eu não quero te atrapalhar...
Foi aí que eu percebi que o carro parou. Em frente ao apartamento que eu estava dividindo com mais três amigas. O que não faz dali uma república, pelo menos ao meu ver. Mas a Ju, uma das meninas, se refere assim. E por conseqüência, o Caio, que é veterano em Direito, estuda com ela.E pegou esse hábito.
- Obrigada. – eu disse enquanto tirava o cinto de segurança. – Valeu mesmo, Caio.
Mas antes de eu sair do carro, ele olhou pra mim rindo e disse:
- O que você pretende fazer amanhã?
Vejamos, amanhã é sábado. Tenho que visitar a vovó que está no hospital devido a seu terceiro infarto. Depois tenho que passar no jornal pra ver se tem alguma coisa que eu possa fazer. E tenho que fazer um trabalho surreal para quarta-feira. Tipo, super tranqüilo, não?
- Eu? Não sei. Por quê?
- Quer sair comigo?
continua..
30 de dezembro de 2009
E lá se vai 2009 - Parte 3 - Pessoas
26 de dezembro de 2009
E lá se vai 2009 - Parte 2 - Meg Cabot
E por onde eu parei mesmo? Ah, sim, quando eu tava falando de livros, literatura e cheguei em Meg Cabot. Porque eu acho, que, tipo assim, a leitura foi feita pra divertir a gente. Se eu quiser ler algo difícil pra quebrar a cabeça eu leio um artigo científico. E é aí que a Meg entra. Porque os livros dela são super divertidos.
E pensar que no início do ano, lá pra primeira semana de janeiro, eu nunca tinha ouvido falar dela.
Então, como fã de alguém, acho que tenho o direito de contar a minha história sobre isso, certo?
Tudo começou quando na virada do ano eu quis ler Crepúsculo, porque tava todo mundo lendo e talz. O lance é que eu e minha teimosia levamos a coisa tão a sério que eu baixei os livros e deixei guardadinhos na pasta "Luma Beatriz" que tem no PC aqui de casa. Papai, mamãe e Teco - que é como chamo meu irmão - resolveram ir ver os fogos para Copacabana. Mas como eu não gosto de fogos mesmo, fiquei em casa. Sozinha. Ouvindo o especial da Claudia Leitte na Record e lendo Crepúsculo no PC. Não pense que eu sou emo, solitária ou doida. Bem, tem gente que diz que eu sou meio doida. Mas eu acho que não. Quando eu contei pras pessoas oq eu fiz no Ano Novo quase me apedrejaram. Mas eu fiquei muito mais feliz lendo Crepúsculo, ouvindo Claudia Leitte, sozinha de pijamas no meu quarto e comendo biscoitinhos amanteigados de chocolate da Bauducco do que eu ficaria se eu estivesse em Copacabana. Estou falando sério.
Bem, fiquei viciada na saga porque nunca tinha lido nada tão simples e divertido. E quis ver o preço do livro na internet. Foi nessa que entrei no submarino e digitei: "Crepúsculo". Nisso me aparece, além do livro da Stephenie, um outro, da série A Mediadora que eu nunca tinha ouvido falar. Mas li a sinopse e achei legal.
E foi aí que eu relacionei o nome da autora com a de "Tamanho 42 não é gorda" que eu tinha visto na Sisciliano - que agora é Saraiva - do Plaza shopping outro dia com Isabela. E tipo, eu teria comprado o livro se ele não custasse uns quarenta reais, considerando que meu manequim é 42 e eu vivo discutindo coma balança. (discutindo literalmente - eu a que tem no banheiro aqui de casa não nos comunicamos há mais de um ano por ela ter me ofendido das ultimas vezes)
Nisso eu baixo tudo e invento de ler nas férias. Pronto, virei fã da Meg. Talvez porque eu sou meio neurótica - tem gente que diz que eu sou totalmente neurótica, mas acho que não é pra tanto - e todas as personagens dela são. E quando você é uma neurótica e vê que tem gente que te entende, é superlegal.
Vou baixando um monte de livros dela, lendo tudo, vigiando a Saraiva e Submarino na internet todo dia procurando promoção dos livros dela. Entrando nas comunidades dela e de seus livros no orkut e conhecendo outras fãs neuróticas como eu.
Volto pra escola chateando todo mundo pra ler também. E descubro que ela vem pro Brasil. Pronto: o alarme fã maluca apitou.
Me preparei pra vê-la na Bienal do livro. Eu ia no domingo, dia 13, com a minha mãe, mas a escola inventa de fazer a excursão da bienal no dia 11, que ela também tava lá.Eu armei o plano de ir na sexta e no domingo.
Saio da escola na sexta preocupada com a fila, desesperada de não conseguir falar com ela.
Eu e Ana Carol encontramos a fila gigante pra caramba e corremos pra lá. São 11 da manhã. Conhecemos muita gente na fila. Meninas neuróticas viciadas em Meg Cabot. Cara, um dia nós dominaremos o mundo. Meninas como a Bruna e a Priscila, e claro, a Marcelle, que era da nossa escola e eu nem reconheci. Só quando ela falou de São Gonçalo. Aí eu viro: "Ah, eu te conheço de algum lugar." E ela solta: "Ah, é porque a gente é da mesma escola." Abafa o caso, meus caros.
E quando eu tô entrando na cabine pra ver minha ídola - existe ídola ou ídolo é um substantivo que não varia? - quase tenho um treco. Tô falando sério. As meninas da fila pensaram que eu ia morrer porque tremia sem parar. Até o segurança dela ficou preocupado comigo, tem noção?
E quando eu entro pra pegar autógrafo, tcharam! Eu começo a gritar. O engraçado é que eu começo a gritar em inglês. Meu, que criatura brasileira em sã consciência grita em inglês quando tá nervosa? Eu devia estar muito louca. Depois Yanae me disse que o pavilhão inteiro ouviu meus gritos. Dane-se, eu tava nervosa mesmo. E eu tava com uma baita duma sorte. Porque, se você pensar, quantas pessoas conhecem seus ídolos internacionais, abraçam e conversam com eles? Quantos, hein?
E como anda minha leitura de Meg cabot? Bem, digamos que li os seis livros da série A Mediadora, os quatorze livros da série o Diário da Princesa, os três livros da série Os mistérios de Heather Wells, Pegando Fogo, Sorte ou Azar?, Ídolo Teen, Airhead, Avalon High(fofo demais, eu tenho que arrumar a continuação) e daqui a pouco começo a ler Como ser Popular?.
Mamãe disse que eu sou meio doente, considerando que eu virei a noite de Natal lendo Avalon High, e que eu virei noites lendo toda a série de Mia Thermopolis sem parar. Mas acho que é porque mamãe não sabe o que é ser fã de alguém. Ou talvez soubesse, quando ela tinha 15 anos, na década de 80, e curtia os Menudos.
23 de dezembro de 2009
Nina & Caio, Parte VI - Final
Estou preparando uma nova novelinha-conto para janeiro, e pelo que eu estou bolando vai ser muito legal!!
Ah, espero que gostem do final!
19 de dezembro de 2009
E lá se vai 2009 - Parte 1
Quis listar algumas coisas que me aconteceram esse ano. às vezes me parece que ele não foi tão significativo, mas olhando bem, foram tantas coisas!
1 . Inventei de escrever. Passei as férias sem ter o que fazer, e comecei a ler muito. Como tudo isso começou? Uma longa história, mas vamos lá.
Em maio de 2008(é, ano passado), no aniversário de Bel, Amanda e Bruno começaram a falar de Harry Potter, e eu me senti boiando. Afinal, eu mal tinha assistido os filmes! Decidi então que ia ler Harry Potter pra nunca mais ficar boiando quando alguém tocasse nesse assunto.
Pedi emprestado a Amanda o primeiro livro da série, queria ler tudo na ordem. Ela me emprestou e em três dias eu li tudo. Hoje em dia, em três dias eu leio muito mais, mas naquela época, ler quase 300 páginas em três dias pra mim era um recorde.
Depois veio o problema, ninguém tinha o segundo pra me emprestar. Todo mundo que tinha lido o segundo, tinha sido emprestado com alguém que eu não conhecia.
Parei então no primeiro livro. Mas lá pra setembro(de 2008 ainda) abriu a biblioteca lá da escola, e eu inventei de ler de novo. Li muito Agatha Christie. Afinal, Isabela vivia falando de Agatha Christie isso, Agatha Christie aquilo. Na verdade, eu era tão por fora do assunto Agatha Christie, que eu imaginava que ela era uma escritora adolescente. Mas na verdade a mulher tinha vivido no começo do século, tinha morrido na década de 70, e escrevia mistérios do tipo "quem matou". É, nada a ver com o que eu imaginava.
Depois juntei uma grana, comprei outros Harry Potter. Quando chegou a febre Crepúsculo, eu inventei de baixar e-book da internet. Viciante.Li muita coisa made in net.
No início do ano, a nova professora de português mandou a gente escrever uma narração, e ela gostou do meu texto sobre uma pintura de Van Gogh. Nunca ninguém tinha elogiado uma redação minha. Quis progredir. Inventei de escrever também.
Nunca gostei muito de poesias, nem de nada com linguagem difícil. Acho que leitura é pra se divertir. Se eu quiser ler palavras difíceis, leio um artigo científico, poxa!
Comecei a escrever meu livro. Nada que eu não entendesse. Queria fazer um mistério, algo policial. Mas eu não entendo nada de polícia, meu livro iria ficar uma droga! Fiz um romance de linguagem simples, adolescente, algo que eu leria. Lembrei da Débora do curso de inglês, que uma vez disse que uma pessoa precisa plantar uma árvore, escrever um livro e ter um filho. Acho que eu já tinha começado a fazer a minha parte em relação ao livro.
Outra pessoa que me manda energia positiva pra escrever o livro é a tia Gleysa,mãe de Carol. Ela diz que eu pareço a Clarice Lispector, e mesmo eu tendo odiado " A hora da estrela", acho que isso é um elogio.
Minha grande inspiração, ídola e o que eu quero ser quando crescer é tipo a Meg Cabot. Ela mostra que escrever, é pra se divertir e divertir os outros. Mas aí, já é assunto pra outro post.
ps.: Tentei escrever isso apenas no meu diário comum, mas não consegui, acho que precisava dividir essas histórias com o mundo.
17 de dezembro de 2009
Nina & Caio, Parte V
15 de dezembro de 2009
ONHB - Unicamp
Foi a final da 1ª ONHB - Olimpíada Nacional de História do Brasil na Unicamp, em Campinas. Uma viagem fantástica e divertidíssima.
Quero listar aqui alguns momentos e observações importantes em meio a essa grande aventura:
1 - Larissa e sua vaca. Larissa queria muito comprar uma vaca no Colheita Feliz, tava juntando dinheiro há um tempão. Ela queria usar logo o computador pra comprar a vaca e jogar. Mas a professora Marisa disse que antes de parar na pousada, a gente iria no shopping. Larissa queria logo ir embora do shopping pra ir pra casa comprar a vaca. Quando a gente entra no shopping, Larissa fala bem alto: "Vamos rápido, que eu ainda tenho que compar uma vaca!"
2 - Eu, Vivi e o cartaz para o pessoal da Impacto 003, de Natal-RN. como eles não puderam ir, decidimos fazer um cartaz para tirar foto e mandar pra eles. O problema é que a gente chegou sexta a noitinha e não teve tempo de ir a lugar nenhum. No bairro de Barão Geraldo, em Campinas, só existe casas e restaurantes, nem sinal de papelaria. E olha que lá tem uma universidade! Eu e Vivi ficamos rondando o shopping atrás de papelaria, pra comprar uma cartolina branca, piloto preto e vermelho - algo super flamenguista, eca!
3 - Tomar milk shake. Podem me zoar, mas eu nunca tinha tomado milk shake na vida! E descobri que é muito gostoso!!
4 - A pizza de Campinas é o que há. Massa fininha, muito recheio e a muzzarela por cima. Aquela pizza me conquistou.
5 - Sotaque do interior paulista é o máximo. Aqueles "r" de caipira são muito comédia. toda vez que alguém falava eu tinha que segurar a risada. Po, aqui no Rio ninguém fala assim! O mais engraçado é ir pro shopping e ver aquele monte de patricinhas falando "porrrrta" rs
6 - A quantidade de emos é surpreendente. É emo demais! Deve ser a maior densidade demográfica de emos do país!! O lance da emotividade tava tão em alta que até o ônibus era emo. Ele tinha freio sensível - foi o que o motorista disse - e chorava!- na verdade era tipo uma goteira que tinha dentro do onibus por causa do ar condicionado.
7 - Jogar queimado na chuva não tem preço! A gente ficou jogando queimado no asfalto, em plena rua, em chuva torrencial. Lá as ruas são tão tranquilas que só apareceu um carro pra perturbar a gente!
8 - As frutas de Campinas são mutantes. Elas são muito bonitas, devem ter muito agrotóxico! As maças são muito vermelhas - que nem as que mamãe custa a achar aqui e que eu gosto muito - e as bananas são 100% amarelas, não têm nenhuma pintinha!!!
9 - Dênis e Davi me fizeram rir muito! Cantaram Nosso sonho, do Claudinho e Buchecha, durante as 60 horas de viagem, sem parar. Ninguém aguentava mais: "Gatinha, quero te encontrar..."
10 - O brigadeiro da Tayane. Muito bom, ela faz no ponto, o meu sempre cria bolinhas duras e queimadas.
11 - Quatro e meia da manhã, a gente há praticamente 48 horas sem dormir. Estávamos bêbados de sono. Parecíamos drogados, mas era só sono mesmo. Ríamos o tempo todo, sem motivo algum. Eu, Tayane e Larissa chegamos a rir rolando no chão da área de serviço só por rir. Talvez fosse a Sukita.
12 - Os livros da Meg Cabot na Fnac. Muito baratos! Adoro livros, adoro promoção, adoro Meg Cabot. Os três juntos? Amo muito.
13 - Conhecer o pessoal de outros lugares. Uma mistura de sotaques surpreendente!
14 - Jogar mímica e presidente na garagem em plena madrugada é bom demais. Ri muito!
15 - Quando se junta 20 adolescentes entre 15 e 17 anos, uma coisa é certa: Ninguém dorme! E ninguém dormiu!
16 - Lá tem refrigerante de 3,3litros. Superrrrrrlegal, né?
10 de dezembro de 2009
Texto de Teco
Leiam e saberão:
O relacionamento com a sociedade
O relacionamento dentro de casa pode influenciar na relação com a sociedade como por exemplo, se a criança for mal-tratada a tendência é que ela seja violenta na escola nas ruas, se revolta em casa pelo menos é o meu ponto de vista.
Mas tem gente que acha o seguinte que a criança pode ser mal-tratada em casa mas se ela é violenta fora de casa fala que a criança é um capeta que já nasceu ruim fala, que a criança é tudo de ruim.
Também tem gente que fala que a criança ou adolescente reflete nos pais se os pais são bons ou ruins e etc.
E eu concordo eu acho que devia existir mais amor e carinho entre pais e filhos.
Talvez eu não seja a única neurótica na família..
8 de dezembro de 2009
Nina & Caio, Parte IV
7 de dezembro de 2009
Falta pouco pro Natal!
As pessoas que trabalharam arduamente o ano todo pelo seu décimo terceiro já está gastando o que recebeu com dívidas acumuladas ao longo de 2009.
Os pobres frangões(tipo chester), perus e leitõezinhos estão no corredor da morte. E as pessoas querem emagrecer para a Noite Feliz, quando engordarão tudo outra vez.
Mas algumas coisas mudam.
A musiquinha "Já é Natal na Leader Magazine..." em ritmo natalino, que embalou a minha infância não existe mais. Agora os publicitários quiseram mudar o ritmo da musiquinha que embalou nossas vidas para uma espécie de "hip hop". A letra do "Já é Natal na Leader Magazine, ..." continua, mas sem aquele jeitinho de Natal não é a mesma coisa.
Papai me fez montar a árvore de Natal o mais rápido possível. A gente sempre monta em 26 de novembro, mas esse ano eu(que sou a responsável por esse trabalho), fiquei enrolando. Aí me vem papai dizer que "quando a família passa o Natal sem árvore montada algum membro dela morre". Então significa que se a gente monta a árvore é garantia de vida? Papai e suas supertições.
Ah, Natal também me lembra papai Noel, o símbolo de como o mundo é afetado pela publicidade. Na sexta série, eu fiz um trabalho sobre A História do Papai Noel, e descobri coisas muito interessantes. Como que, até a década de 1930, o papai Noel usava roupa azul. Mas a Coca-cola fez uma propaganda dele usando vermelho e a imagem ficou assim até hoje. Curioso, não?
Devido a isso, pobres velhinhos que fazem trabalho temporário em shoppings estão utilizando roupas quentes e pesadas, com uma barba que deve incomodar pra caramba, nesse verão carioca onde os termômetros giram por volta de 40ºC!
As famílias se juntam na noite feliz com várias razões. Pode ser para falar mal de quem não está perto, pode ser para beber, comer e chatear as pobres crianças. A partir daí surgiu a minha teoria. Os pais subornam as ingênuas crianças com presentes.
Fala sério, pergunte a uma criança o que é bom no Natal. Ela vai dizer "ganhar presente". Talvez brincar com os primos. Como os pais bebem até ficarem chatos e ignoram o universo infantil, a estratégia de dar presente serve como um "cala a boca e me deixa em paz!". Logo as crianças já aprendem desde cedo a serem adultos corruptos que se vendem facilmente. Até as comidas de Natal não satisfazem as crianças. Elas não gostam de peru, panetone, avelãs, etc. Alguém faz bolo de chocolate, brigadeiro, cachorro quente ou hambúrguer? Não, ninguém faz!
Eu tenho muita coisa sobre Natal para desabafar aqui, mas não vou postar agora senão o texto vai ficar grande demais.
Além disso tenho muita coisa pra fazer, como terminar de escrever Nina& Caio, arrumar meu quarto, terminar as leituras empacadas e ainda ir na casa lotérica para a mamãe.
P.S.: esse blog nunca que vai conseguir ser sério e decente, tsc tsc...
2 de dezembro de 2009
tive que postar
29 de novembro de 2009
Nina & Caio, Parte III
Entrei em casa cantando feito uma idiota. Só não me lembro agora qual era a música. Mas era uma música bem ridícula, não estou brincando.
Como entrei pela porta da cozinha, fui direto lavar as mãos na pia e depois pegar um copo de água na geladeira. Acho que pelo fato de ter me escutando entrar em casa e pior, cantando, Marina veio lá de dentro falar comigo.
- Posso saber o que aconteceu? – ela perguntou enquanto saía do corredor, chegando à cozinha.
- A melhor coisa do mundo, Mari! – respondi sorrindo.
- Oh, meu Deus, acabou a fome no mundo? Fidel Castro morreu? Acabou o talibã?
- Não, melhor!
Lavei o copo que bebi água, coloquei no porta-copo e fui andando em direção à sala. Marina veio atrás de mim:
- Me conta logo criatura!
- Amanhã eu vou sair com o Caio! – eu disse suspirando enquanto caía no grande pufe laranja que havia no canto, ao lado da televisão.
- NÃO ACREDITO! HÁ! – ela gritou.
- Eu que vou sair com o cara que eu amo e você que grita?- dei uma pausa. – Peraí, tem alguém em casa?
- Tem eu e você, Nina.
- Não, eu quis dizer além da gente, né?
- Não. Mas me conta como foi isso. Eu sabia que uma hora ele não iria resistir a ti, amiga!
Esse “ti” da Marina é tão fofo! Nessas horas eu queria ser gaúcha que nem ela, só pra falar “ti” desse jeito.
Me levantei e contei à Marina. Quero dizer, contei que eu tinha vindo de carona com ele e que depois ele me chamou pra sair e tal. O lance é que eu contei encenando.
- ... aí ele não acreditava, sabe? Ficava falando “quero dizer” toda hora, uma coisa tão meiga!
- Você tá parecendo uma menina de doze anos! – ela deu uma risada.- Mas e aí, você ficaram?
- É, não. – eu disse desanimada enquanto caía no sofá. – Ai, vai ver é isso, Mari!
- Isso o quê?
- Ele não me chamou pra sair, sair mesmo, quero dizer, do jeito que eu gostaria. Vai ver ele me chamou pra sair porque quer me mostrar algum lugar mesmo, mas sem romantismo, só como amigos, sabe?
- Não to entendendo, Nina.
- Como não? Ele não me chamou porque se interessa por mim. É isso, ele só me quer como amiga mesmo. Porque senão, vai ver ele teria ficado comigo, sabe como é.
- Você ta viajando.
- Não to nada. Mas pensa comigo, se...
Nessa hora fui interrompida pelo telefone que tocava. Marina se levantou e foi atender:
- Alô? – pausa – Ah, oi. – pausa – Não, ela já está dormindo. – É tia, a senhora sabe como é. Medicina é super cansativo, a Fernanda tem que dormir sempre que dá, coitada. – pausa. – Pode deixar que eu aviso a ela. – pausa – Uhum, não se preocupa, amanhã ela te liga. – pausa – Fica tranqüila, tia, não vou me esquecer. Ah, e manda um beijo pra mamãe. – pausa – Beijo, tchau.
Ela desligou o telefone.
- Onde que a Fê está afinal?
- Ah, hoje ela não dorme em casa. Saiu com o Miguel.
- Coitada da sua tia. Não entendo como vocês duas conseguem ser tão diferentes sendo da mesma família.
- Nem eu entendo, Nina.
- Ok, voltando ao assunto. – continuei falando enquanto fui à cozinha e voltei com uma maçã. – Isso não está certo. O comportamento do Caio, quero dizer. Ouve bem Mari, eu já tive cinco namorados, isso desde os 13. Sem contar o que não se tornou oficial. Eu tenho experiência nisso, sabe?
- Vai começar com neurose de novo?
- Não é neurose. É que você é muito nova. Acha que o mundo é um conto de fadas. – dei uma mordida na maçã e continuei falando de boca cheia – Ele é um homem, amiga. Tem 25 anos.
- Eu não sou nenhuma idiota. Não é porque eu tenho 17 e nunca tive um relacionamento duradouro que eu não entendo nada.
- Ah é, você vê novela.
- Não tem graça nenhuma, Nina. Vamos acabar com isso e ir dormir porque já são meia-noite e eu tenho um monte de coisas pra fazer amanhã.
- O que você vai fazer amanhã? – perguntei. Afinal, desde quando Marina têm algum programa nos fins de semana?
- Eu tenho que... que... visitar minha tia. Não a mãe da Fernanda. A minha tia por parte de pai.
- Eu não sabia que você tinha parentes no Rio.
- Tá vendo? E você acha que sabe de tudo. Minha tia mora na Tijuca.
- E você sabe chegar lá? – perguntei.
- Sei, eu me viro.
- Tá legal. Tá, vou tentar dormir né? Amanhã tenho que ver a vovó no hospital, adiantar um trabalho, marcar hora no salão, porque eu estou péssima.
- Ah, é você está péssima, ta mesmo. O que é isso? Ah, é você tem um fio de cabelo em pé, uhum. – Marina me disse com ironia e foi pro quarto dela.
Depois disso tomei meu banho e fui dormir. Fernanda não iria dormir em casa. E Juliana estava fora também, o que significava o meu quarto só pra mim! Eba!
P.S.: Sei que essa história está chata pelo fato de eu estar explicando muito a vida da Nina e com o Caio aparecendo pouco. Mas isso é importante para que entendam como é a rotina da Nina, como é a personalidade dela.
23 de novembro de 2009
Nina & Caio, Parte II
Gente, aí vai mais um pedacinho de Nina & Caio
- Quer sair comigo?
Parte II
- Hum, quê?Eu me fingi de desentendida e comecei a tirar o cinto de segurança. É porque vai que eu invento de sorrir e correr dizer um sim e ele tava zoando com a minha cara. Isso acontece em filmes adolescentes, eu já assisti.
- Eu tava pensando se você queria sair comigo amanhã, sabe?
Eu tentei juntar as idéias. Peraí, o Caio realmente estava me chamando para sair? Isso REALMENTE estava acontecendo? Acho que como eu fiquei parecendo uma idiota ele continuou, meio que se justificando:
- É que eu conheço um lugar que é a sua cara, Nina. A sua cara mesmo. E aí eu achei que seria legal você conhecer. Porque você gosta de lugares assim. – ele parecia nervoso. – Quero dizer, eu acho que gosta. Quero dizer, de lugares como esse que eu conheço. E, não precisa se preocupar, é como amigos, mesmo. Quero dizer, como amigos, sabe? E...
- Seria ótimo. – eu respondi sorrindo.
Ele estava nervoso. Por estar falando comigo! Isso não é fofo? E ele disse “quero dizer” várias vezes. Ótimo, isso significa que se eu quiser, eu posso ficar no controle da relação. É, eu é quem mando. Tá, isso soou maquiavélico. E não é porque O Príncipe, de Maquiavel é o meu livro preferido que eu sou maquiavélica. Eu sou uma pessoa sociável e de bom coração. Sou mesmo.
- Tá, que horas eu posso passar aqui pra te pegar então?
- Ah, não sei, que horas pode ser pra você?
- Às oito? – ele perguntou.
- Ótimo pra mim.
Me inclinei e dei um beijo no rosto dele:
- Te vejo amanhã. – e saí do carro.
Enquanto eu estava na portaria do prédio, dei uma olhada pro carro dele, que ainda estava parado na calçada. Ele sorriu pra mim pela janela aberta. Sorri de volta e entrei no prédio.
- Seu Pedro, não está uma linda noite? – cumprimentei o porteiro, um senhor de uns 60 anos, baixinho e bigodudo, porém simpático.
- Com certeza. Cheia de estrelas. – ele me respondeu.
Entrei no elevador e fui até o apartamento, sorrindo feito uma criança boba. Fala sério, EU NÃO SOU A PESSOA MAIS SORTUDA DA FACE DA TERRA?
21 de novembro de 2009
haapy birthday?
Sério, eu devo ser muito azarada mesmo!
O Globo online Brasil:
- Aluna é suspeita de envenenar água dos professores em MG
- Piloto de avião agrícola bate em fios e morre no RS
- Câmera flagra PM agredindo motociclista em SC
- Jovens descobrem que foram trocados em maternidade de SP
- Chuvas e vendavais deixam 8 mortos no sul do país
- Sepultura é violada em ritual religioso no RS
- Ladrões instalam explosivo em empresa na BA
- Bandidos usam granada para roubar carro forte em PE
preciso postar os outros sites?
Acho que vou ali fazer uma oração, cara..
14 de novembro de 2009
Nina & Caio - Parte I
São questões assim que pretendo abordar em Nina & Caio, um conto que quero desenvolver com o tempo. Hoje quero postar a primeira parte dele. Boa leitura!
Nina & Caio
Eu já estava saindo da faculdade. Essa rotina de trabalhar durante o dia e cursar Jornalismo à noite era bastante cansativa. Se bem que não era bem trabalho. Era apenas meu estágio. Mas eu trabalho mais do que os funcionários efetivos daquele jornal, então o que eu faço durante o dia pode ser considerado trabalho. Quero dizer, eu acho.
- Quer uma carona para a república, Nina?
Era o Caio que me chamava. Ele é um amor mesmo. Mas eu acho que ele mal sabe que eu existo. Na verdade ele até sabe que eu existo. A diferença é que não do jeito que eu sei que ele existe. Nem que eu seja apaixonada por ele. Isso é patético. É só algo diferente.
- Você vai pra lá agora? Porque eu não quero te atrapalhar, você sabe.
- Deixa de bobeira, eu vou para Icaraí de qualquer jeito. Vamos logo, é perigoso você andando sozinha por aí.
Entrei no carro e agradeci. Logo em seguida ele me deu um beijo no lado esquerdo do rosto. Deve ser por isso que ele me vê como um amigo. Você não leu errado. Deve ser algum amigo homem, porque ele não se interessa por mim. Afinal, quem se interessaria por uma garota que vai ao Maracanã quase todo domingo ver qualquer jogo? Seja Vasco, Fluminense, Flamengo ou Botafogo, eu estou sempre lá. É o espetáculo do futebol. Além do fato de eu não usar maquiagem ou fazer escova. Mas se for para Caio se interessar um dia por mim, vai ter que ser do jeito que eu sou. Sem maquiagem e respeitando meu futebol, ele é sagrado. Ei, mas o que eu estou falando? Eu nem estou apaixonada por ele, não é mesmo? Pois é, porque eu não estou.
No meio do caminho, o celular dele tocou. E ele atendeu no trânsito. Isso é ilegal. Mas foi sexy. Meu Deus, o que eu sou? Uma vândala? Uma bandida? É, acho que é isso que eu sou. Ou estou me tornando.
- Tá, eu estou indo pra aí. – ele disse na linha. E depois voltando-se para mim. – Que droga!
- Que foi? – eu só quis manter a conversa, porque, bem, eu já tinha problema demais para saber o dos outros.
- Eu vou ter que voltar pro campus pra pegar uns papéis com o Gustavo. Mas fica tranqüila que eu te deixo em casa primeiro.
- Não precisa se preocupar comigo, eu posso me virar. Quero dizer, eu posso pegar um ônibus, você sabe que eu não quero te atrapalhar...
Foi aí que eu percebi que o carro parou. Em frente ao apartamento que eu estava dividindo com mais três amigas. O que não faz dali uma república, pelo menos ao meu ver. Mas a Ju, uma das meninas, se refere assim. E por conseqüência, o Caio, que é veterano em Direito, estuda com ela.E pegou esse hábito.
- Obrigada. – eu disse enquanto tirava o cinto de segurança. – Valeu mesmo, Caio.
Mas antes de eu sair do carro, ele olhou pra mim rindo e disse:
- O que você pretende fazer amanhã?
Vejamos, amanhã é sábado. Tenho que visitar a vovó que está no hospital devido a seu terceiro infarto. Depois tenho que passar no jornal pra ver se tem alguma coisa que eu possa fazer. E tenho que fazer um trabalho surreal para quarta-feira. Tipo, super tranqüilo, não?
- Eu? Não sei. Por quê?
- Quer sair comigo?
continua..