22 de maio de 2010

...

Como diz Tonico, meu professor de química, quando a gente acha que não dá pra piorar, piora. Faltando cerca de 20 dias para o Exame de Qualificação da Uerj - no qual eu PRECISO tirar conceito A -, estou sob tensão.

E nem adianta alguém dizer que vestibular é 50% psicológico, porque eu sei que é. Mas como ficar tranquila se ser médica é meu sonho há anos? Como? Quero dizer, se eu quisesse fazer sei lá, Pedagogia (nada contra pedagogia, acho uma carreira linda, MESMO) eu não ia ter uma relação candidato/vaga de aproximadamente 46, contra criaturas realmente nerds matriculadas em cursinhos caríssimos, tipo o PH. Mas não, insisto em ser médica.

Ontem na aula comecei a me sentir mal. Tipo, mal mesmo. O lance é que eu NUNCA fico doente. Sabe o que é NUNCA? A última vez em que eu precisei matar aula por causa de uma virose foi em 2006 ou 2007. Sei lá, só lembro que eu Estudava no Educandário Jecsa ainda. E a última ves em que eu vomitei foi quando eu estava na 4ª série, sete anos atrás. Ou seja, eu acho que posso dizer que tenho saúde de ferro. Ou não.  Por exemplo, ano passado eu fiz uma cirurgia TENSA no quesito pós-operatório (retirei as amídalas - meu, isso dói muito!) e realmente fiquei mal. Mas eu não precisei matar aula porque foi nas férias. Deixa pra lá.

O lance é que cheguei em casa tão, mas tão mal que só tirei a mochila das costas, a sapatilha e caí na cama. Sorte que às sextas eu só estudo até às 14:30. Ou seja, chego em casa por volta das 16:00. Fiquei enrolada em dois edredons bem grossinhos, tentando me aquecer, sentindo dor de cabeça e calafrios. Ah, e dor na garganta. Eu tenho uma relação realmente séria com garganta. Eu posso ver alguém com o corpo massacrado, mas nada pra mim é pior que coisas que envolvam garganta. Ana Carol, que é espírita, acha que eu morri enforcada em outra vida. Pode ser.

Enquanto estava enroladinha na cama, ainda de uniforme (inclusive com meias brancas 3/4), ouvi meu irmão, que estava na sala, ligar pra mamãe. Eu jurava que ele ia falar algo do tipo: "Ah, Luma chegou mal da escola", mas Teco só falou "Mãe, traz uma Halls pra mim.". Se eu depender dso meu irmão, tô morta. Fato.

Mamãe chegou, mediu minha temperatura, constatou 39ºC de febre e me fez tomar Tylenol. Engraçado, eu gosto do sabor de Tylenol. Sim, sou doida. E claro, como sempre pode piorar, após sair do banho mamãe falou pra mim: "Vou fazer um suco de cenoura, laranja e beterraba pra você." Minha vontade foi falar algo do tipo "Tá de sacanagem, né?", ma meu lado irônico apitou e eu disse: "Que delícia, hein!".

Coloquei um pijama, voltei pra cama e tomei o tal do suco. E é aí que vem o curioso. O suco tava super gostoso. Sem zoação.

Acordei tonta e com dor de cabeça, mas fui pra escola assim mesmo. Eu precisava pedir uma declaração na secretaria para pedido de isenção para o vestibular da UFF, estudar física com Fav* e participar da reunião da Comissão de Formatura para a festa junina.

Custei a sair de casa (fiquei assistindoa uma reportagem sobre o CPII, minha escola, no Globo Educação), mas incrivelmente deu tempo de chegar na primeira aula. De qualquer forma, esqueci de passar na secretaria, Fav tinha um compromisso na igreja dela e a reunião da Comissão foi cancelada. Mas é claro que não foi aula perdida. Tive aula experimental de física (o professor tentou vários circuitos elétricos com a gente), aula de história (coronelismo e República Velha) e de sociologia (racismo). E as pessoas ainda matam aulas aos sábados. As aulas de sábado são realmente importantes.

Por falar nisso, estudando o texto de Sociologia ( 36 págs que me custaram R$3,60 e ainda vieram em folha A3, ou seja, não coube na minha pasta sanfonada), li coisas muito interessantes sobre cientistas do século XIX. Por exemplo, Godineau, embaixador da França no Brasil durante o 2º império e muito amigo de Pedro II, dizia que a população brasileira deixaria de existir em 270 anos devido à miscigenação, que, segundo ele
 era prejudicial, pois anos depois as pessoas seriam estéreis. Tenso, racista, doido e sem fundamento. Mas pra época dele, era realmente aceitável.

Hoje eu pretendo fazer o testo de história, responder o questionário de Sociologia, terminar de ler o texto de Sociologia e começar a estudar Biologia. Mas isso vai ser difícil, já que mamãe chegou com Diamante de Sangue (que Evelyn, sobrinha da vizinha trouxe - ela trabalha numa locadora) pra gente assistir.

De qualquer forma, soube que na segunda haverá greve dos funcionários das empresas de ônibus, o que implica em não haver aulas, as pessoas não irem trabalhar, e a cidade parar. Ótimo. Vou fazer mais uns simulados e estudar mais.

De qualquer forma, beijos.

P.S.: Desculpe-me pela ausência e sumiço. Tenho estudado tanto que posto pouco e visito pouco outros blogs.

* Fav é o apelido que nós demos a Jéssica. Dizem que tudo começou com uma foto em que ela aparecia com o maior jeitão de favelada. Apelidaram-na de Favela, que na linguagem coloquial do CPII virou Fav. Mas antes que alguém ache que é bullying, fica tranquilo. Ela não liga. De início eu só chamava ela de Jéssica, porque achava errado chamar alguém de Fav, mas ela é super adaptada. Tanto que o twitter dela é @jessica_fav.

Um comentário:

  1. nussa, eu não consegui ler tudo, mas o primeiro parágrafo começa com um assunto e vai terminar na greve de ônibus.......

    oh cabecinha!
    boa sorte! não se desespere, de nada vai te valer o nervosismo, só prejudica.

    ResponderExcluir


22 de maio de 2010

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Como diz Tonico, meu professor de química, quando a gente acha que não dá pra piorar, piora. Faltando cerca de 20 dias para o Exame de Qualificação da Uerj - no qual eu PRECISO tirar conceito A -, estou sob tensão.

E nem adianta alguém dizer que vestibular é 50% psicológico, porque eu sei que é. Mas como ficar tranquila se ser médica é meu sonho há anos? Como? Quero dizer, se eu quisesse fazer sei lá, Pedagogia (nada contra pedagogia, acho uma carreira linda, MESMO) eu não ia ter uma relação candidato/vaga de aproximadamente 46, contra criaturas realmente nerds matriculadas em cursinhos caríssimos, tipo o PH. Mas não, insisto em ser médica.

Ontem na aula comecei a me sentir mal. Tipo, mal mesmo. O lance é que eu NUNCA fico doente. Sabe o que é NUNCA? A última vez em que eu precisei matar aula por causa de uma virose foi em 2006 ou 2007. Sei lá, só lembro que eu Estudava no Educandário Jecsa ainda. E a última ves em que eu vomitei foi quando eu estava na 4ª série, sete anos atrás. Ou seja, eu acho que posso dizer que tenho saúde de ferro. Ou não.  Por exemplo, ano passado eu fiz uma cirurgia TENSA no quesito pós-operatório (retirei as amídalas - meu, isso dói muito!) e realmente fiquei mal. Mas eu não precisei matar aula porque foi nas férias. Deixa pra lá.

O lance é que cheguei em casa tão, mas tão mal que só tirei a mochila das costas, a sapatilha e caí na cama. Sorte que às sextas eu só estudo até às 14:30. Ou seja, chego em casa por volta das 16:00. Fiquei enrolada em dois edredons bem grossinhos, tentando me aquecer, sentindo dor de cabeça e calafrios. Ah, e dor na garganta. Eu tenho uma relação realmente séria com garganta. Eu posso ver alguém com o corpo massacrado, mas nada pra mim é pior que coisas que envolvam garganta. Ana Carol, que é espírita, acha que eu morri enforcada em outra vida. Pode ser.

Enquanto estava enroladinha na cama, ainda de uniforme (inclusive com meias brancas 3/4), ouvi meu irmão, que estava na sala, ligar pra mamãe. Eu jurava que ele ia falar algo do tipo: "Ah, Luma chegou mal da escola", mas Teco só falou "Mãe, traz uma Halls pra mim.". Se eu depender dso meu irmão, tô morta. Fato.

Mamãe chegou, mediu minha temperatura, constatou 39ºC de febre e me fez tomar Tylenol. Engraçado, eu gosto do sabor de Tylenol. Sim, sou doida. E claro, como sempre pode piorar, após sair do banho mamãe falou pra mim: "Vou fazer um suco de cenoura, laranja e beterraba pra você." Minha vontade foi falar algo do tipo "Tá de sacanagem, né?", ma meu lado irônico apitou e eu disse: "Que delícia, hein!".

Coloquei um pijama, voltei pra cama e tomei o tal do suco. E é aí que vem o curioso. O suco tava super gostoso. Sem zoação.

Acordei tonta e com dor de cabeça, mas fui pra escola assim mesmo. Eu precisava pedir uma declaração na secretaria para pedido de isenção para o vestibular da UFF, estudar física com Fav* e participar da reunião da Comissão de Formatura para a festa junina.

Custei a sair de casa (fiquei assistindoa uma reportagem sobre o CPII, minha escola, no Globo Educação), mas incrivelmente deu tempo de chegar na primeira aula. De qualquer forma, esqueci de passar na secretaria, Fav tinha um compromisso na igreja dela e a reunião da Comissão foi cancelada. Mas é claro que não foi aula perdida. Tive aula experimental de física (o professor tentou vários circuitos elétricos com a gente), aula de história (coronelismo e República Velha) e de sociologia (racismo). E as pessoas ainda matam aulas aos sábados. As aulas de sábado são realmente importantes.

Por falar nisso, estudando o texto de Sociologia ( 36 págs que me custaram R$3,60 e ainda vieram em folha A3, ou seja, não coube na minha pasta sanfonada), li coisas muito interessantes sobre cientistas do século XIX. Por exemplo, Godineau, embaixador da França no Brasil durante o 2º império e muito amigo de Pedro II, dizia que a população brasileira deixaria de existir em 270 anos devido à miscigenação, que, segundo ele
 era prejudicial, pois anos depois as pessoas seriam estéreis. Tenso, racista, doido e sem fundamento. Mas pra época dele, era realmente aceitável.

Hoje eu pretendo fazer o testo de história, responder o questionário de Sociologia, terminar de ler o texto de Sociologia e começar a estudar Biologia. Mas isso vai ser difícil, já que mamãe chegou com Diamante de Sangue (que Evelyn, sobrinha da vizinha trouxe - ela trabalha numa locadora) pra gente assistir.

De qualquer forma, soube que na segunda haverá greve dos funcionários das empresas de ônibus, o que implica em não haver aulas, as pessoas não irem trabalhar, e a cidade parar. Ótimo. Vou fazer mais uns simulados e estudar mais.

De qualquer forma, beijos.

P.S.: Desculpe-me pela ausência e sumiço. Tenho estudado tanto que posto pouco e visito pouco outros blogs.

* Fav é o apelido que nós demos a Jéssica. Dizem que tudo começou com uma foto em que ela aparecia com o maior jeitão de favelada. Apelidaram-na de Favela, que na linguagem coloquial do CPII virou Fav. Mas antes que alguém ache que é bullying, fica tranquilo. Ela não liga. De início eu só chamava ela de Jéssica, porque achava errado chamar alguém de Fav, mas ela é super adaptada. Tanto que o twitter dela é @jessica_fav.

Um comentário:

  1. nussa, eu não consegui ler tudo, mas o primeiro parágrafo começa com um assunto e vai terminar na greve de ônibus.......

    oh cabecinha!
    boa sorte! não se desespere, de nada vai te valer o nervosismo, só prejudica.

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