7 de junho de 2011

Desculpem-me a ausência mas uma força maior, chamada revolta com a vida + falta de assunto me atrapalharam.

Nada de tão importante tem acontecido em minha vida, mas hoje eu conheci alguém especial. Não, não foi o Harry, meu futuro maridinho.

Estava eu no ônibus, rumo a minha linda(não!) universidade, até que um senhor ao meu lado inventa de puxar assunto. Na maioria das vezes os velhinhos que inventam de nos contar sobre suas vidas são chatos, mas esse definitivamente não era.

Eram seis e vinte da manhã e, após vinte minutos na fila do ônibus, o mesmo partiu. Já na altura do segundo ponto, o senhor inventou de conversar comigo. Na verdade eu até estava com fone no ouvido, mas só no direito pois o esquerdo está cheio de sementinhas de uma sessão de auriculoterapia que eu fiz sábado ( e que estou cmeçando a achar que não teve muito efeito em mim). Eis o senhor estava a minha esquerda e nem percebeu o fone.

Então começou a contar sua vida. Entre idas e vindas me relatou que casou com a sua primeira namorada, com quem estava junto desde os 14 anos. Teve de esperar três anos pro casamento, sem poder nem sentar ao lado da menina. E por quê? Ah, o porque o sogrão era o delegado da cidadezinha no interior do ES onde viviam. o senhor me contou do quanto gostava dela e do quanto a respeitava, que não a traía e que sonhava com o casamento mais que a noiva, seis anos mais velha ( sim, no século passado acho que mulheres de 20 anos pegavam moleques de 14). Contou que dois anos após o casamento resolveram vir para o Rio e ele começou a trabalhar numa fábrica. Apesar de analfabeto, foi muito bem recebido na empresa, onde trabalhou por 41 anos, seu único emprego.
contou-me de seus filhos, da morte da esposa e da perda de um dos meninos ainda jovem, aos 23 anos, devido a uma doença renal. Ah, pobre senhor. Corajoso senhor.
Contou-me de seus netos, que estava indo pra casa da filha caçula naquele momento, e estava morrendo de saudade de seus três netos, Leonardo, Eduardo e Daiane, se não me engano. Contou-me sobre como seus filhos e netos são com um orgulho muito grande em seus grandes olhos verdes. Apesar de analfabeto e tão sofrido, não é isso que esse senhor demonstra. Ele nos mostra uma fé muito grande e um eterno amor pela esposa, vê-se que deseja reencontrá-la um dia.
Quando eu estava chegando no ponto em que troco de ônibus, ele virou-se pra mim e disse: " Desculpa se te chateei - o que definitivamente não aconteceu - mas a única coisa que posso deixar pro mundo é minha história. Meu nome é Geraldo Dias."
Desci do ônibus sentindo um carinho enorme pelo seu Geraldo, espero vê-lo novamente.

Obrigada Geraldo Dias e, espero que eu esteja cumprindo o seu pedido ao divulgar sua história.

Boa noite pessoal, = *

PS.: seguidores que têm blog, desculpem-me pela ausência, por raramente visitar e comentar. Minha vida está muito corrida e não consigo arrumar tempo pra isso, o que me deixa mal, pois é algo que gosto de fazer. Em breve, tentarei melhorar.

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7 de junho de 2011

Desculpem-me a ausência mas uma força maior, chamada revolta com a vida + falta de assunto me atrapalharam.

Nada de tão importante tem acontecido em minha vida, mas hoje eu conheci alguém especial. Não, não foi o Harry, meu futuro maridinho.

Estava eu no ônibus, rumo a minha linda(não!) universidade, até que um senhor ao meu lado inventa de puxar assunto. Na maioria das vezes os velhinhos que inventam de nos contar sobre suas vidas são chatos, mas esse definitivamente não era.

Eram seis e vinte da manhã e, após vinte minutos na fila do ônibus, o mesmo partiu. Já na altura do segundo ponto, o senhor inventou de conversar comigo. Na verdade eu até estava com fone no ouvido, mas só no direito pois o esquerdo está cheio de sementinhas de uma sessão de auriculoterapia que eu fiz sábado ( e que estou cmeçando a achar que não teve muito efeito em mim). Eis o senhor estava a minha esquerda e nem percebeu o fone.

Então começou a contar sua vida. Entre idas e vindas me relatou que casou com a sua primeira namorada, com quem estava junto desde os 14 anos. Teve de esperar três anos pro casamento, sem poder nem sentar ao lado da menina. E por quê? Ah, o porque o sogrão era o delegado da cidadezinha no interior do ES onde viviam. o senhor me contou do quanto gostava dela e do quanto a respeitava, que não a traía e que sonhava com o casamento mais que a noiva, seis anos mais velha ( sim, no século passado acho que mulheres de 20 anos pegavam moleques de 14). Contou que dois anos após o casamento resolveram vir para o Rio e ele começou a trabalhar numa fábrica. Apesar de analfabeto, foi muito bem recebido na empresa, onde trabalhou por 41 anos, seu único emprego.
contou-me de seus filhos, da morte da esposa e da perda de um dos meninos ainda jovem, aos 23 anos, devido a uma doença renal. Ah, pobre senhor. Corajoso senhor.
Contou-me de seus netos, que estava indo pra casa da filha caçula naquele momento, e estava morrendo de saudade de seus três netos, Leonardo, Eduardo e Daiane, se não me engano. Contou-me sobre como seus filhos e netos são com um orgulho muito grande em seus grandes olhos verdes. Apesar de analfabeto e tão sofrido, não é isso que esse senhor demonstra. Ele nos mostra uma fé muito grande e um eterno amor pela esposa, vê-se que deseja reencontrá-la um dia.
Quando eu estava chegando no ponto em que troco de ônibus, ele virou-se pra mim e disse: " Desculpa se te chateei - o que definitivamente não aconteceu - mas a única coisa que posso deixar pro mundo é minha história. Meu nome é Geraldo Dias."
Desci do ônibus sentindo um carinho enorme pelo seu Geraldo, espero vê-lo novamente.

Obrigada Geraldo Dias e, espero que eu esteja cumprindo o seu pedido ao divulgar sua história.

Boa noite pessoal, = *

PS.: seguidores que têm blog, desculpem-me pela ausência, por raramente visitar e comentar. Minha vida está muito corrida e não consigo arrumar tempo pra isso, o que me deixa mal, pois é algo que gosto de fazer. Em breve, tentarei melhorar.

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