É, hoje foi meu primeiro dia de aula.
O primeiro dia de aula escolar da minha vida.
Acordei cedo, tomei meu banho quente, coloquei meu uniforme. Estava tudo no meu cronograma:
05:00: acordar
05:12 hora limite pra sair do banho
05:20: hora limite para estar vestida
05:35: eu já tenho de estar tomando café
05:40: eu já tenho que estar no elevador do prédio
06:00: eu já tenho que estar no ônibus.
Bem, o lance é que quando deu 05:25 percebi que faltava um botão da minha camisa. Droga, deveria ter caído. Fui pegar um botão de outra camisa, para pregar às pressas. E não acho nenhum instrumento pra arrancar o botão da outra blusa. 05:30: eu não quero ter que chegar ao último recurso: pedir ajuda a São Longuinho. Se eu continuar pulando desse jeito vou ter um problema nas articulações do joelho.
Pego a tesoura de costura e "recorto" o botão. Pego uma agulha e uma linha para pregar o botão. 05:37: consigo finalmente pregar o botão.
Vou correndo tomar café da manhã, mas eu senti o cheiro do leite e fiquei enjoada. (Antes que alguém pense besteira, é biologicamente impossível eu estar grávida. A não ser que eu tenha sido escolhida como a Nossa Senhora do século XXI. ) Passei gloss e fui pra escola em jejum.
05:41: saio de casa correndo, sobre meu salto alto. É meio emocionante usar roupinha de colegial, aquelas meias e meu sapato de boneca que tem um saltão. Emocionante nada, é desconfortável mesmo. Preciso de uma sapatilha Moleca urgente!
05:45: estou atravessando a passarela que corta a rodovia para pegar o ônibus do outro lado. De lá vejo Bel e Mariane.
Ah, que emoção! Depois de um ano estudando em turno separados, e precisando ir sozinha, finalmente voltarei a ter minhas amiguinhas comigo. Para que juntas enfrentemos engarrafamentos de ônibus, fujamos das balas perdidas e dos pivetes. Para que juntas a gente possa correr para chegar a tempo na escola, quase ser atropelada. Para que fujamos de ratos e lacraias quando o Ciep inunda com uma chuva torrencial. Sabe como é, a vida maravilhosa de estudantes do Ensino Médio da rede pública. Mesmo que sejam estudantes de uma escola Federal, tradicionalíssima, onde só entra quem passa por um concurso um tanto tenso.
Pegamos o ônibus, e acredite: tinha lugar! É que nós pegamos o ônibuis mais caro, hehehehe. E antes que alguém diga: "Luma, mas você é pão dura!", eu digo: "Mas eu estava com o RioCard (cartão eletrônico de ônibus) que a escola dá.". E olha que legal. O engarrafamento quase não existia! Poucas vezes vi tão poucos carros nas ruas. O que houve? Estão com o IPVA atrasado? (hahahah - risada macabra). Ah, mas deu pra conversar bastante no ônibus. Sobre um monte de coisas. Que saudade de tudo isso!
A gente solta do ônibus, onde trocamos de veículo(veículo? que palavra ridícula! é que eu não queria escrever "ônibus" duas vezes na mesma frase). Chegamos na escola, escalamos algumas poças de água gigantes. (Vocês viram como que choveu no Rio esse fim de semana? Niterói e São Gonçalo inundaram, meu, passou até no Fantástico. Para saber o que aconteceu comigo clique aqui). Encontrei a todos.
Quando eu era caloura, eu via o pessoal se abraçando emocionado e achaava tudo estranho. Achava frescura mesmo. Hoje que sou veterana, vejo que isso é real. Eu sempre odiei primeiro dia de aula. No Colégio Pedro II, eu amo. Fomos ver como ficariam as organizações das turmas, todo mundo se abraçando, rindo, que nem propaganda de material escolar. A minha turma é composta d emetade da minha turma do ano passado, mais metade da turma de MAriane do ano passado. Eba, eu e Marie voltamos a estudar juntas!
Como nos velhos tempos, em qeu Mariane falava coisas engraçadas em hora que não podia rir e eu tinha que travar as bochechas, tempos em que conversávamos a aula inteira, até o professor fazer uma pergunta sobre a matéria pra acabar com a gente. E a gent eresponder na ponta da língua, perfeitamente, e eles ficarem todos sem graça. Que saudade!
Aula de química, dois tempos, com mesmo professor do 1º ano. Perfeito, eu entendo super bem o que ele explica. Um tempo de português com uma professora que eu só conhecia de vista. Acreditam que ela passou 45 minutos falando sobre a importância da língua portuguesa? Aposto que os professores de inglês não fazem isso nos EUA. E que os de espanhol não fazem isso na Argentina. MAs ela fez no Brasil. Detalhe para a garrafinhad e água dela, que parecia um vidro de perfume vermelho carmim. Sério. Começo a conversar com Dênis, Mariane e Vinícius pra fugir do tédio. A professora chama a minha atenção. Volto a conversar. Ela olha pra mim. Quando eu finalmente decido calar a boca, e a professora toma um pouco de água, Dênis vira pra mim e pergunta baixinho: "O que é isso? Ela tá tomando perfume?". "Deve ser a garrafinha de água dela", respondo aos sussurros. Mariane intervém: "Parece cachaça". Eu seguro as bochechas pra não rir e olho pra garrafinha. REalmente, muito igual aquela de Caninha da Roça. Só que era de um plástico vermelho. Muito vermelho.
A direção vem nos dar boas vindas. Olhem que notícias HORRENDAS eu recebi. Pela primeira vez depois de muitos anos, a filosofia e o desenho geométrico(matérias que eu mais odeio na vida. Me mande fazer 86464155152115 lições de química inorgânica, mas não me mande estudar filosofia. Nem desenho) foram adicionadas a grade curricular do 3ºano. O quê?
Eu me dediquei a essas disciplinas trágicas durante os últimos dois anos da minha vida, iluidida porque ela não existia no último ano. Não existia, agora existe.Raiva. Muita raiva.
Aula de espanhol. O professor passa de novo uma música um tanto "caliente". Cara, esse professor só passa coisa indecente. Mas a gente não pode reclamar muito, são todos pra maiors de 16 anos. Todos temos mais que 16 anos. Embora um poema com versos como "Tu frente en mi frente y tu boca en mi boca" me pertubam um pouco. Quero dizer, eu senti vergonha alheia pelo cantor. Mesmo que "frente" signifique testa.
Recreio. Muita gente que eu revejo, converso com muita gente, me divirto pra caramba. Depois aula de trigonometria com professor ditador. Na volta pra casa, a brilhante idéia de Bel. Ir andando uma parte do caminho. Meus pés, presos no salto alto, foram estraçalhados.
Cheguei em casa, tirei os sapatos, tomei banho e fiquei um bom tempo sem por os pés no chão. Fiquei na internet, criei um e-mail para a turma, fiz meus dever de casa(12 lições de química orgânica e 18 de trigonometria. Com direito a itens a,b,c,d,...). Estou aqui agora. Preciso dormir. Amanhã, é tudo de novo.
Eba. Por enquanto.
P.S. Hoje é dia de nós, mulheres! Mas, alguém me diga, quando é dia dos homens?Vou querer dar parabéns a eles também! Afinal, o que seria de nós sem eles? E deles sem a gente? hahaha
beeeijos
8 de março de 2010
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8 de março de 2010
First day. Last year.
É, hoje foi meu primeiro dia de aula.
O primeiro dia de aula escolar da minha vida.
Acordei cedo, tomei meu banho quente, coloquei meu uniforme. Estava tudo no meu cronograma:
05:00: acordar
05:12 hora limite pra sair do banho
05:20: hora limite para estar vestida
05:35: eu já tenho de estar tomando café
05:40: eu já tenho que estar no elevador do prédio
06:00: eu já tenho que estar no ônibus.
Bem, o lance é que quando deu 05:25 percebi que faltava um botão da minha camisa. Droga, deveria ter caído. Fui pegar um botão de outra camisa, para pregar às pressas. E não acho nenhum instrumento pra arrancar o botão da outra blusa. 05:30: eu não quero ter que chegar ao último recurso: pedir ajuda a São Longuinho. Se eu continuar pulando desse jeito vou ter um problema nas articulações do joelho.
Pego a tesoura de costura e "recorto" o botão. Pego uma agulha e uma linha para pregar o botão. 05:37: consigo finalmente pregar o botão.
Vou correndo tomar café da manhã, mas eu senti o cheiro do leite e fiquei enjoada. (Antes que alguém pense besteira, é biologicamente impossível eu estar grávida. A não ser que eu tenha sido escolhida como a Nossa Senhora do século XXI. ) Passei gloss e fui pra escola em jejum.
05:41: saio de casa correndo, sobre meu salto alto. É meio emocionante usar roupinha de colegial, aquelas meias e meu sapato de boneca que tem um saltão. Emocionante nada, é desconfortável mesmo. Preciso de uma sapatilha Moleca urgente!
05:45: estou atravessando a passarela que corta a rodovia para pegar o ônibus do outro lado. De lá vejo Bel e Mariane.
Ah, que emoção! Depois de um ano estudando em turno separados, e precisando ir sozinha, finalmente voltarei a ter minhas amiguinhas comigo. Para que juntas enfrentemos engarrafamentos de ônibus, fujamos das balas perdidas e dos pivetes. Para que juntas a gente possa correr para chegar a tempo na escola, quase ser atropelada. Para que fujamos de ratos e lacraias quando o Ciep inunda com uma chuva torrencial. Sabe como é, a vida maravilhosa de estudantes do Ensino Médio da rede pública. Mesmo que sejam estudantes de uma escola Federal, tradicionalíssima, onde só entra quem passa por um concurso um tanto tenso.
Pegamos o ônibus, e acredite: tinha lugar! É que nós pegamos o ônibuis mais caro, hehehehe. E antes que alguém diga: "Luma, mas você é pão dura!", eu digo: "Mas eu estava com o RioCard (cartão eletrônico de ônibus) que a escola dá.". E olha que legal. O engarrafamento quase não existia! Poucas vezes vi tão poucos carros nas ruas. O que houve? Estão com o IPVA atrasado? (hahahah - risada macabra). Ah, mas deu pra conversar bastante no ônibus. Sobre um monte de coisas. Que saudade de tudo isso!
A gente solta do ônibus, onde trocamos de veículo(veículo? que palavra ridícula! é que eu não queria escrever "ônibus" duas vezes na mesma frase). Chegamos na escola, escalamos algumas poças de água gigantes. (Vocês viram como que choveu no Rio esse fim de semana? Niterói e São Gonçalo inundaram, meu, passou até no Fantástico. Para saber o que aconteceu comigo clique aqui). Encontrei a todos.
Quando eu era caloura, eu via o pessoal se abraçando emocionado e achaava tudo estranho. Achava frescura mesmo. Hoje que sou veterana, vejo que isso é real. Eu sempre odiei primeiro dia de aula. No Colégio Pedro II, eu amo. Fomos ver como ficariam as organizações das turmas, todo mundo se abraçando, rindo, que nem propaganda de material escolar. A minha turma é composta d emetade da minha turma do ano passado, mais metade da turma de MAriane do ano passado. Eba, eu e Marie voltamos a estudar juntas!
Como nos velhos tempos, em qeu Mariane falava coisas engraçadas em hora que não podia rir e eu tinha que travar as bochechas, tempos em que conversávamos a aula inteira, até o professor fazer uma pergunta sobre a matéria pra acabar com a gente. E a gent eresponder na ponta da língua, perfeitamente, e eles ficarem todos sem graça. Que saudade!
Aula de química, dois tempos, com mesmo professor do 1º ano. Perfeito, eu entendo super bem o que ele explica. Um tempo de português com uma professora que eu só conhecia de vista. Acreditam que ela passou 45 minutos falando sobre a importância da língua portuguesa? Aposto que os professores de inglês não fazem isso nos EUA. E que os de espanhol não fazem isso na Argentina. MAs ela fez no Brasil. Detalhe para a garrafinhad e água dela, que parecia um vidro de perfume vermelho carmim. Sério. Começo a conversar com Dênis, Mariane e Vinícius pra fugir do tédio. A professora chama a minha atenção. Volto a conversar. Ela olha pra mim. Quando eu finalmente decido calar a boca, e a professora toma um pouco de água, Dênis vira pra mim e pergunta baixinho: "O que é isso? Ela tá tomando perfume?". "Deve ser a garrafinha de água dela", respondo aos sussurros. Mariane intervém: "Parece cachaça". Eu seguro as bochechas pra não rir e olho pra garrafinha. REalmente, muito igual aquela de Caninha da Roça. Só que era de um plástico vermelho. Muito vermelho.
A direção vem nos dar boas vindas. Olhem que notícias HORRENDAS eu recebi. Pela primeira vez depois de muitos anos, a filosofia e o desenho geométrico(matérias que eu mais odeio na vida. Me mande fazer 86464155152115 lições de química inorgânica, mas não me mande estudar filosofia. Nem desenho) foram adicionadas a grade curricular do 3ºano. O quê?
Eu me dediquei a essas disciplinas trágicas durante os últimos dois anos da minha vida, iluidida porque ela não existia no último ano. Não existia, agora existe.Raiva. Muita raiva.
Aula de espanhol. O professor passa de novo uma música um tanto "caliente". Cara, esse professor só passa coisa indecente. Mas a gente não pode reclamar muito, são todos pra maiors de 16 anos. Todos temos mais que 16 anos. Embora um poema com versos como "Tu frente en mi frente y tu boca en mi boca" me pertubam um pouco. Quero dizer, eu senti vergonha alheia pelo cantor. Mesmo que "frente" signifique testa.
Recreio. Muita gente que eu revejo, converso com muita gente, me divirto pra caramba. Depois aula de trigonometria com professor ditador. Na volta pra casa, a brilhante idéia de Bel. Ir andando uma parte do caminho. Meus pés, presos no salto alto, foram estraçalhados.
Cheguei em casa, tirei os sapatos, tomei banho e fiquei um bom tempo sem por os pés no chão. Fiquei na internet, criei um e-mail para a turma, fiz meus dever de casa(12 lições de química orgânica e 18 de trigonometria. Com direito a itens a,b,c,d,...). Estou aqui agora. Preciso dormir. Amanhã, é tudo de novo.
Eba. Por enquanto.
P.S. Hoje é dia de nós, mulheres! Mas, alguém me diga, quando é dia dos homens?Vou querer dar parabéns a eles também! Afinal, o que seria de nós sem eles? E deles sem a gente? hahaha
beeeijos
O primeiro dia de aula escolar da minha vida.
Acordei cedo, tomei meu banho quente, coloquei meu uniforme. Estava tudo no meu cronograma:
05:00: acordar
05:12 hora limite pra sair do banho
05:20: hora limite para estar vestida
05:35: eu já tenho de estar tomando café
05:40: eu já tenho que estar no elevador do prédio
06:00: eu já tenho que estar no ônibus.
Bem, o lance é que quando deu 05:25 percebi que faltava um botão da minha camisa. Droga, deveria ter caído. Fui pegar um botão de outra camisa, para pregar às pressas. E não acho nenhum instrumento pra arrancar o botão da outra blusa. 05:30: eu não quero ter que chegar ao último recurso: pedir ajuda a São Longuinho. Se eu continuar pulando desse jeito vou ter um problema nas articulações do joelho.
Pego a tesoura de costura e "recorto" o botão. Pego uma agulha e uma linha para pregar o botão. 05:37: consigo finalmente pregar o botão.
Vou correndo tomar café da manhã, mas eu senti o cheiro do leite e fiquei enjoada. (Antes que alguém pense besteira, é biologicamente impossível eu estar grávida. A não ser que eu tenha sido escolhida como a Nossa Senhora do século XXI. ) Passei gloss e fui pra escola em jejum.
05:41: saio de casa correndo, sobre meu salto alto. É meio emocionante usar roupinha de colegial, aquelas meias e meu sapato de boneca que tem um saltão. Emocionante nada, é desconfortável mesmo. Preciso de uma sapatilha Moleca urgente!
05:45: estou atravessando a passarela que corta a rodovia para pegar o ônibus do outro lado. De lá vejo Bel e Mariane.
Ah, que emoção! Depois de um ano estudando em turno separados, e precisando ir sozinha, finalmente voltarei a ter minhas amiguinhas comigo. Para que juntas enfrentemos engarrafamentos de ônibus, fujamos das balas perdidas e dos pivetes. Para que juntas a gente possa correr para chegar a tempo na escola, quase ser atropelada. Para que fujamos de ratos e lacraias quando o Ciep inunda com uma chuva torrencial. Sabe como é, a vida maravilhosa de estudantes do Ensino Médio da rede pública. Mesmo que sejam estudantes de uma escola Federal, tradicionalíssima, onde só entra quem passa por um concurso um tanto tenso.
Pegamos o ônibus, e acredite: tinha lugar! É que nós pegamos o ônibuis mais caro, hehehehe. E antes que alguém diga: "Luma, mas você é pão dura!", eu digo: "Mas eu estava com o RioCard (cartão eletrônico de ônibus) que a escola dá.". E olha que legal. O engarrafamento quase não existia! Poucas vezes vi tão poucos carros nas ruas. O que houve? Estão com o IPVA atrasado? (hahahah - risada macabra). Ah, mas deu pra conversar bastante no ônibus. Sobre um monte de coisas. Que saudade de tudo isso!
A gente solta do ônibus, onde trocamos de veículo(veículo? que palavra ridícula! é que eu não queria escrever "ônibus" duas vezes na mesma frase). Chegamos na escola, escalamos algumas poças de água gigantes. (Vocês viram como que choveu no Rio esse fim de semana? Niterói e São Gonçalo inundaram, meu, passou até no Fantástico. Para saber o que aconteceu comigo clique aqui). Encontrei a todos.
Quando eu era caloura, eu via o pessoal se abraçando emocionado e achaava tudo estranho. Achava frescura mesmo. Hoje que sou veterana, vejo que isso é real. Eu sempre odiei primeiro dia de aula. No Colégio Pedro II, eu amo. Fomos ver como ficariam as organizações das turmas, todo mundo se abraçando, rindo, que nem propaganda de material escolar. A minha turma é composta d emetade da minha turma do ano passado, mais metade da turma de MAriane do ano passado. Eba, eu e Marie voltamos a estudar juntas!
Como nos velhos tempos, em qeu Mariane falava coisas engraçadas em hora que não podia rir e eu tinha que travar as bochechas, tempos em que conversávamos a aula inteira, até o professor fazer uma pergunta sobre a matéria pra acabar com a gente. E a gent eresponder na ponta da língua, perfeitamente, e eles ficarem todos sem graça. Que saudade!
Aula de química, dois tempos, com mesmo professor do 1º ano. Perfeito, eu entendo super bem o que ele explica. Um tempo de português com uma professora que eu só conhecia de vista. Acreditam que ela passou 45 minutos falando sobre a importância da língua portuguesa? Aposto que os professores de inglês não fazem isso nos EUA. E que os de espanhol não fazem isso na Argentina. MAs ela fez no Brasil. Detalhe para a garrafinhad e água dela, que parecia um vidro de perfume vermelho carmim. Sério. Começo a conversar com Dênis, Mariane e Vinícius pra fugir do tédio. A professora chama a minha atenção. Volto a conversar. Ela olha pra mim. Quando eu finalmente decido calar a boca, e a professora toma um pouco de água, Dênis vira pra mim e pergunta baixinho: "O que é isso? Ela tá tomando perfume?". "Deve ser a garrafinha de água dela", respondo aos sussurros. Mariane intervém: "Parece cachaça". Eu seguro as bochechas pra não rir e olho pra garrafinha. REalmente, muito igual aquela de Caninha da Roça. Só que era de um plástico vermelho. Muito vermelho.
A direção vem nos dar boas vindas. Olhem que notícias HORRENDAS eu recebi. Pela primeira vez depois de muitos anos, a filosofia e o desenho geométrico(matérias que eu mais odeio na vida. Me mande fazer 86464155152115 lições de química inorgânica, mas não me mande estudar filosofia. Nem desenho) foram adicionadas a grade curricular do 3ºano. O quê?
Eu me dediquei a essas disciplinas trágicas durante os últimos dois anos da minha vida, iluidida porque ela não existia no último ano. Não existia, agora existe.Raiva. Muita raiva.
Aula de espanhol. O professor passa de novo uma música um tanto "caliente". Cara, esse professor só passa coisa indecente. Mas a gente não pode reclamar muito, são todos pra maiors de 16 anos. Todos temos mais que 16 anos. Embora um poema com versos como "Tu frente en mi frente y tu boca en mi boca" me pertubam um pouco. Quero dizer, eu senti vergonha alheia pelo cantor. Mesmo que "frente" signifique testa.
Recreio. Muita gente que eu revejo, converso com muita gente, me divirto pra caramba. Depois aula de trigonometria com professor ditador. Na volta pra casa, a brilhante idéia de Bel. Ir andando uma parte do caminho. Meus pés, presos no salto alto, foram estraçalhados.
Cheguei em casa, tirei os sapatos, tomei banho e fiquei um bom tempo sem por os pés no chão. Fiquei na internet, criei um e-mail para a turma, fiz meus dever de casa(12 lições de química orgânica e 18 de trigonometria. Com direito a itens a,b,c,d,...). Estou aqui agora. Preciso dormir. Amanhã, é tudo de novo.
Eba. Por enquanto.
P.S. Hoje é dia de nós, mulheres! Mas, alguém me diga, quando é dia dos homens?Vou querer dar parabéns a eles também! Afinal, o que seria de nós sem eles? E deles sem a gente? hahaha
beeeijos
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eu ri, na parte do cantor
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