8 de janeiro de 2010

Quando eu quis parar de comer carne

Gente, já repararam o quanto a nossa vida tem história? A gente fica lendo livros, contos, assistindo filmes... Mas é tanta história no nosso dia-a-dia né? Tem história engraçada, história de amor, história de suspense.
E hoje eu tava super sem paciência de postar algo. Ia até escrever um capítulo do Diário de Patrícia, mas tava tão sem paciência...


Pois bem, estava eu lá, jogando o meu Colheita Feliz do Orkut, e vendi o burro que eu estava alimentando há um tempão. Só que na hora de vender o burro, ele vira um monte de carne. Sério, o desenho do burro vendido é um monte de carne vermelha. Quem já vendeu um burro no Colheita Feliz sabe do que estou falando. E foi essa carne de burro que me fez lembrar uma história que aconteceu comigo seis anos atrás.

Aos onze anos, quando eu estava na quinta série, em 2004, estudava pela manhã e voltava da escola de bicicleta.
Certo dia - mais precisamente uma segunda feira - eu cheguei da escola, tomei banho e fui almoçar. Mamãe tinha feito ensopado de carne com batata, lembro nitidamente.
Estava eu lá, toda feliz, matando minha fome que equivalia a de uns quarenta mendigos, quando papai, da sala, grita pra mim e mamãe, que estávamos na cozinha. "Luciana - esse é o nome de mamãe - olha o que eu achei no jornal!"
Nisso, papai entra na cozinha com o jornal do dia nas mãos. "Carne de jegue traz lucros a produtores cearenses" * , foi o que papai disse enquanto lia a manchete.


"Marcos - esse é o nome de papai - você só pode estar brincando! Não é possível!"
"Ah, não?", papai desafiou mamãe e passou o jornal pra ela. Quando mamãe pegou o jornal eu vi a foto de um jegue, burro, jumento, ou sei lá o que era aquilo. Imediatamente eu cuspi a carne que estava na minha boca.
Mamãe ficou lendo em voz alta a matéria sobre carne de jegue. Dizia que produtores do Ceará estavam criando jegues para vender a carne para o exterior, onde eles eram consumidos como comida exótica.
Eu fiquei horrorizada. Peguei o jornal de mamãe e eu mesma li a matéria. Depois, larguei a comida, escovei os dentes umas quinhentas vezes e enchi a boca de Listerine.
Chocada como eu estava, não aguentava mais ver carne vermelha. Eu lembrava do jegue. Sei lá, comer carne de jegue parecia tão...nojento! Anunciei aos meus pais que eu não ia mais comer carne vermelha. Só frango e peixe a partir de agora.
No dia seguinte, eu estava almoçando frango grelhado. Mamãe vira pra mim e fala: "Não sei que bobeira é essa. Esse frango poderia ser carne de pombo. Ou um daqueles patos imundos do Campo de São Bento**"


Claro que eu cuspi o frango, escovei os dentes e usei listerine depois disso. " Vou comer só peixe", eu anunciei ao voltar a cozinha. Mamãe rebateu: "Quero ver se for na verdade carne de tubarão***"
Eu fiquei então sem comer nenhum tipo de carne durante a semana. Nem ovo. Porque minha mãe tinha mania de falar que ovo era "feto" só pra me irritar.
E como eu não aguentava comer só arroz, feijão e salada, acabava almoçando biscoito. Mas no sábado, depois de tanta fome de comida de verdade, não aguentei e caí de boca na carne assada. Nem lembrei do jegue do jornal.
E é assim que até hoje eu como carne.

Legenda:


*"Carne de jegue traz lucros a produtores cearenses"  - não lembro se foi exatamente essa a manchete, mas era algo parecido. E não, eu não lembro o jornal. Pode ter sido O Fluminense(jornal de Niterói) - mas eu acho que não foi esse, não é o tipo de matéria que O Fluminense publica - , O Globo, ou Extra.

**Campo de São Bento - é um parque localizado em Icaraí, zona sul de Niterói. Mesmo sendo cortado por um valão, tendo muitos pombos e patos de péssimo aspecto, é um lugar amado pelos niteroienses. Afinal, lá tem parquinhos para as crianças, carrinho bate-bate(eu amava aquilo - acho que ainda amo), uma feirinha de artesanato com produtos superfaturados(mas que todo mundo acha lindo), chafariz grandão e muitas árvores, o que torna o ambiente ideal para velhinhos e velhinhas aposentados e pensionistas do INSS (kkk) fazerem suas caminhadas.
Foto de lago do Campo de São Bento:


Foto das aves nojentas que existem lá:


Importante: essas fotos do Campo de São Bento e de outros pontos de Niterói estão disponíveis nesse blog que achei: http://fotosdeamorim.blogspot.com/. Visitem e conheçam minha cidade!


***Tubarão - eu sei que tubarão é peixe, antes que algum engraçadinho diga isso. E sei que muita gente come tubarão. Mas eu acho estranho e nojento porque ele tem cartilagem, que nem nossa orelha.



beijinhos!!!

p.s.1: Sim, eu faço marketing da cidade em que nasci, estudo e não moro. Amo Niterói e nada vai impedir esse amor. 


p.s.2 : Minhas histórias se passam em Niterói  pelo motivo acima. O Diário de Patrícia se passa em Maricá, mas é porque é município vizinho.


p.s. 3: aproveitando que eu tô falando de Niterói, vocês podem procurar por ele na wikipédia. Alguém foi lá e digitou que a minha escola(Colégio Pedro II - UNED Niterói) é a melhor escola pública da região, o que é a verdade. É a única escola secundária federal do município. Bem, de qualquer forma, pra quem puder ver: http://pt.wikipedia.org/wiki/Niterói . Niterói é uma cidade linda que encanta a todos.


p.s.4 : sei que desviei completamente o foco do post.

3 comentários:

  1. Mentira que a melhor escola pública de Niterói é o Henrique Lage, da FAETEC!

    Nós ficamos em 1º lugar no ENEM entre as públicas, e vcs em segundo. =D

    ResponderExcluir
  2. Você ficaram no ano em que o Pedro II Niteroi não foi avaliado, porque naum tinha turma de terceiro ano ainda..

    Na última avaliação, a do Enem 2008, o Pedro II niteroi ficou em sétimo lugar de niterói e foi a unica publica entre os trinta primeiros colocados.

    De qualquer forma, reconheço o Henrique Lage como uma boa escola..

    ResponderExcluir
  3. FAETEC em 1º lugar? HAHAHAHAHA
    Quando isso? Em 1998? hahaha ;P

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8 de janeiro de 2010

Quando eu quis parar de comer carne

Gente, já repararam o quanto a nossa vida tem história? A gente fica lendo livros, contos, assistindo filmes... Mas é tanta história no nosso dia-a-dia né? Tem história engraçada, história de amor, história de suspense.
E hoje eu tava super sem paciência de postar algo. Ia até escrever um capítulo do Diário de Patrícia, mas tava tão sem paciência...


Pois bem, estava eu lá, jogando o meu Colheita Feliz do Orkut, e vendi o burro que eu estava alimentando há um tempão. Só que na hora de vender o burro, ele vira um monte de carne. Sério, o desenho do burro vendido é um monte de carne vermelha. Quem já vendeu um burro no Colheita Feliz sabe do que estou falando. E foi essa carne de burro que me fez lembrar uma história que aconteceu comigo seis anos atrás.

Aos onze anos, quando eu estava na quinta série, em 2004, estudava pela manhã e voltava da escola de bicicleta.
Certo dia - mais precisamente uma segunda feira - eu cheguei da escola, tomei banho e fui almoçar. Mamãe tinha feito ensopado de carne com batata, lembro nitidamente.
Estava eu lá, toda feliz, matando minha fome que equivalia a de uns quarenta mendigos, quando papai, da sala, grita pra mim e mamãe, que estávamos na cozinha. "Luciana - esse é o nome de mamãe - olha o que eu achei no jornal!"
Nisso, papai entra na cozinha com o jornal do dia nas mãos. "Carne de jegue traz lucros a produtores cearenses" * , foi o que papai disse enquanto lia a manchete.


"Marcos - esse é o nome de papai - você só pode estar brincando! Não é possível!"
"Ah, não?", papai desafiou mamãe e passou o jornal pra ela. Quando mamãe pegou o jornal eu vi a foto de um jegue, burro, jumento, ou sei lá o que era aquilo. Imediatamente eu cuspi a carne que estava na minha boca.
Mamãe ficou lendo em voz alta a matéria sobre carne de jegue. Dizia que produtores do Ceará estavam criando jegues para vender a carne para o exterior, onde eles eram consumidos como comida exótica.
Eu fiquei horrorizada. Peguei o jornal de mamãe e eu mesma li a matéria. Depois, larguei a comida, escovei os dentes umas quinhentas vezes e enchi a boca de Listerine.
Chocada como eu estava, não aguentava mais ver carne vermelha. Eu lembrava do jegue. Sei lá, comer carne de jegue parecia tão...nojento! Anunciei aos meus pais que eu não ia mais comer carne vermelha. Só frango e peixe a partir de agora.
No dia seguinte, eu estava almoçando frango grelhado. Mamãe vira pra mim e fala: "Não sei que bobeira é essa. Esse frango poderia ser carne de pombo. Ou um daqueles patos imundos do Campo de São Bento**"


Claro que eu cuspi o frango, escovei os dentes e usei listerine depois disso. " Vou comer só peixe", eu anunciei ao voltar a cozinha. Mamãe rebateu: "Quero ver se for na verdade carne de tubarão***"
Eu fiquei então sem comer nenhum tipo de carne durante a semana. Nem ovo. Porque minha mãe tinha mania de falar que ovo era "feto" só pra me irritar.
E como eu não aguentava comer só arroz, feijão e salada, acabava almoçando biscoito. Mas no sábado, depois de tanta fome de comida de verdade, não aguentei e caí de boca na carne assada. Nem lembrei do jegue do jornal.
E é assim que até hoje eu como carne.

Legenda:


*"Carne de jegue traz lucros a produtores cearenses"  - não lembro se foi exatamente essa a manchete, mas era algo parecido. E não, eu não lembro o jornal. Pode ter sido O Fluminense(jornal de Niterói) - mas eu acho que não foi esse, não é o tipo de matéria que O Fluminense publica - , O Globo, ou Extra.

**Campo de São Bento - é um parque localizado em Icaraí, zona sul de Niterói. Mesmo sendo cortado por um valão, tendo muitos pombos e patos de péssimo aspecto, é um lugar amado pelos niteroienses. Afinal, lá tem parquinhos para as crianças, carrinho bate-bate(eu amava aquilo - acho que ainda amo), uma feirinha de artesanato com produtos superfaturados(mas que todo mundo acha lindo), chafariz grandão e muitas árvores, o que torna o ambiente ideal para velhinhos e velhinhas aposentados e pensionistas do INSS (kkk) fazerem suas caminhadas.
Foto de lago do Campo de São Bento:


Foto das aves nojentas que existem lá:


Importante: essas fotos do Campo de São Bento e de outros pontos de Niterói estão disponíveis nesse blog que achei: http://fotosdeamorim.blogspot.com/. Visitem e conheçam minha cidade!


***Tubarão - eu sei que tubarão é peixe, antes que algum engraçadinho diga isso. E sei que muita gente come tubarão. Mas eu acho estranho e nojento porque ele tem cartilagem, que nem nossa orelha.



beijinhos!!!

p.s.1: Sim, eu faço marketing da cidade em que nasci, estudo e não moro. Amo Niterói e nada vai impedir esse amor. 


p.s.2 : Minhas histórias se passam em Niterói  pelo motivo acima. O Diário de Patrícia se passa em Maricá, mas é porque é município vizinho.


p.s. 3: aproveitando que eu tô falando de Niterói, vocês podem procurar por ele na wikipédia. Alguém foi lá e digitou que a minha escola(Colégio Pedro II - UNED Niterói) é a melhor escola pública da região, o que é a verdade. É a única escola secundária federal do município. Bem, de qualquer forma, pra quem puder ver: http://pt.wikipedia.org/wiki/Niterói . Niterói é uma cidade linda que encanta a todos.


p.s.4 : sei que desviei completamente o foco do post.

3 comentários:

  1. Mentira que a melhor escola pública de Niterói é o Henrique Lage, da FAETEC!

    Nós ficamos em 1º lugar no ENEM entre as públicas, e vcs em segundo. =D

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  2. Você ficaram no ano em que o Pedro II Niteroi não foi avaliado, porque naum tinha turma de terceiro ano ainda..

    Na última avaliação, a do Enem 2008, o Pedro II niteroi ficou em sétimo lugar de niterói e foi a unica publica entre os trinta primeiros colocados.

    De qualquer forma, reconheço o Henrique Lage como uma boa escola..

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  3. FAETEC em 1º lugar? HAHAHAHAHA
    Quando isso? Em 1998? hahaha ;P

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